segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Madre Teresa de Calcutá, uma santa! (1/2)

Falemos ainda de santos e milagres!
Que Madre Teresa é uma santa, toda a gente concordará, olhando a sua vida e a sua obra. Toda a gente? – Não! A Igreja não concorda! É que qualquer ser humano, mesmo que se tenha destacado pela sua solidariedade social, tentando criar a verdadeira fraternidade entre os Homens – sendo, portanto, santo, pois seguiu a mensagem genuína de Jesus Cristo! – tem de passar pelo crivo dos milagres exigidos pela Igreja, milagres que comprovem “sem qualquer sombra de dúvida” que esse ser humano está no Céu, face a face com Deus do qual obtém as graças pedidas pelos devotos: normalmente, curas ditas “impossíveis, incríveis ou inexplicáveis”. E são necessários milagres para a beatificação e novamente milagres para a canonização. Sem isso, não há santo nenhum! Ora, para Madre Teresa, já se encontrou um: uma indiana que, tendo invocado a “santa”, ficou curada inexplicavelmente de um tumor no estômago. Este “milagre” deu-lhe direito à beatificação em 19 de Outubro de 2003. Para a canonização, certamente encontrar-se-ão rapidamente mais milagres do mesmo jaez, pois curas ainda não explicáveis há muitas, estando a Ciência em contínuo processo de descoberta. Mas..., quando é que a Igreja deixa de se agarrar a esta farsa que são os milagres para valorizar a pessoa humana? Quando é que deixa de apregoar, de forma totalmente desonesta, para não dizer hipócrita, que um facto por ser ainda inexplicável tem de ser de origem divina? Não lhe bastam as vezes em que a Ciência já desmentiu “verdades inquestionáveis” como, por exemplo, a teoria geocêntrica? Que fraude, Santo Deus, que fraude! E é uma fraude que todos os fiéis pagam, submissamente, ao contribuírem, quantas vezes tirando do que lhes faz falta, para alimentar o rico Vaticano onde todas as normas a utilizar na “Causa dos Santos” são inteligentemente "cozinhadas"...

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