À procura da VERDADE no APOCALIPSE
Aqui, no Apocalipse, o cenário é… sublime!
Produto de uma prodigiosa imaginação… E, com tanta imaginação, ficamos
literalmente sem saber se há algo de real em toda a cena, se tudo é simbólico,
se não é uma efabulação fantástica do velho João, imitando o A. T., na sua
invenção de um Javé-Deus, com um trono de safiras, servido por miríades de
anjos, querubins e serafins…
Bem se esforçam comentadores e exegetas por
dar sentido a toda esta efabulação, dizendo tratar-se de artifício utilizado
por João, devido às condições de perseguição em que os cristãos se encontravam,
por parte de Roma e dos seus imperadores sanguinários.
Louvamos o esforço! Às vezes, até parece
conseguido. Outras, bem parece não passar de… esforço, havendo afirmações que, embora
categóricas, não nos incutem qualquer confiança! Mas a mistificação das
realidades é tanta!… A falta de clareza e de certezas tão aflitiva!… Pois, quem
poderá realmente dizer o que é simbólico e o que é real, no meio de tanta
fantasmagoria?
Assim, somos forçados a perguntar
novamente: “Que Deus é este que nos é apresentado como querendo salvar-nos mas
que nos dá a beber e a comer o veneno da dúvida e, consequentemente, da morte?”
E a quem disser que estamos blasfemando, desafiamos, mais uma vez, a que nos dê
certezas de que uma vida eterna existe, de que um qualquer Céu existe! Dêem-nos
estas certezas e festejaremos tal dia, noite e dia, até ser dia, até sermos
mortos para esta vida terrena que, então, sim, nada nos interessará, pois melhor
mesmo é ir para a eterna e o mais brevemente possível!… Que bom que seria! Mas…
infelizmente… não acreditamos que haja alguém que nos retire de tal angústia!
Só mesmo Deus! Só Deus!… Mas… Deus –
melhor, o Deus da Bíblia – é exactamente o “culpado” de toda esta nossa
perplexidade. Então…, então, não sabemos se conseguimos acreditar...
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