sábado, 27 de setembro de 2025

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 432/?

 

À procura da VERDADE no APOCALIPSE 

 Capítulo 2

    Difícil é escolher entre as inúmeras efabulações do Apocalipse que mereciam a nossa atenção. Melhor mesmo seria nada dizer e… ler. O texto é - não sei se diabolicamente, se divinamente - belo!… Debrucemo-nos, no entanto, sobre alguns significativos excertos.

    Mas, encaminhando-nos para o fim desta análise crítica da Bíblia, só nos resta perguntar, repetindo-nos: “Como é possível um Deus - DEUS! - limitar-se ou limitar a sua actuação a uma pequeníssima Terra com uns milhares de milhões de seres que, por acaso, até pensam?… Que é feito dos outros mais que prováveis seres existentes por esse imensíssimo Universo? Ou esses inúmeros Universos? Como tomarão parte no dito e apregoado Reino de Deus?”

    O mistério é mais uma vez a única resposta…

– Visões… muitas visões! Tudo visões! E vozes… Vozes de anjos, de anciãos, de mártires, do Cordeiro que tem um trono e do… Diabo - que também tem um!…

   “Ouvi uma voz forte como trombeta… Vi sete… Tive uma visão… Havia no Céu um trono. Aquele que estava sentado parecia uma pedra de jaspe e cornalina; um arco-íris envolvia o trono com reflexos de esmeralda. Ao redor desse trono, havia outros vinte e quatro; e neles, vinte e quatro Anciãos estavam sentados, todos eles vestidos de branco e com uma coroa de ouro na cabeça. Do trono, saíam relâmpagos, vozes e trovões. Diante do trono, estavam acesas sete lâmpadas de fogo que são os sete Espíritos de Deus. Na frente do trono, havia como que um mar de vidro, como cristal. No meio do trono e ao redor, estavam quatro Seres vivos, cheios de olhos pela frente e por detrás. O primeiro ser vivo parece um leão; o segundo parece um touro; o terceiro tem rosto de homem; o quarto parece uma águia em pleno voo. Cada um dos quatro Seres vivos tem seis asas e são cheios de olhos ao redor e por dentro. Dia e noite, sem parar, eles proclamam: «Santo! Santo! Santo! Senhor Deus todo-poderoso! Aquele que é, que era e que há-de vir!» Os Seres vivos dão glória, honra e acção de graças ao que está sentado no trono e que vive para sempre. E todas as vezes que os Seres vivos fazem isso, os vinte e quatro Anciãos ajoelham-se diante daquele que está sentado no trono, para adorar Aquele que vive para sempre.” (Ap 4,2-10)

– Ó meu Deus, que teria passado pela mente do velho João para fantasiar tal cenário dantesco? O que é certo é que - aceitando todas as simbologias que se queiram – não fugimos à certeza de ser um cenário criado da Terra para o Céu e não do Céu para a Terra…

    Depois, se os Seres vivos não param de proclamar «Santo! Santo! Santo!» e todas as vezes que o fazem, os Anciãos se ajoelham, então estes anciãos muita ginástica hão-de fazer, num contínuo ajoelha-levanta, ajoelha-levanta!…

    Lamentamos dizer que dá vontade de rir ou… de sorrir. O “palco” assim encenado só poderia ser para teatro e teatro de comédia…

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 431/?

 

À procura da VERDADE no APOCALIPSE 

 Capítulo 1

 – Talvez para toda a Bíblia, mas especialmente para o Apocalipse, poderíamos dizer que tantas vezes se diz existir uma coisa, ser ou pessoa, que essa coisa, ser ou pessoa passam a existir, senão no real, pelo menos no imaginário das pessoas, tendo os mesmos efeitos de como se realmente existissem… Assim, para os crentes, a existência do Deus da Bíblia. Assim, Jesus Cristo, como Filho de Deus e como Messias… Assim O Pai de Jesus Cristo… Assim o Céu… o inferno… a vida eterna… o Diabo!

    Aqui, no Apocalipse, o cenário é… sublime! Produto de uma prodigiosa imaginação… E, com tanta imaginação, ficamos literalmente sem saber se há algo de real em toda a cena, se tudo é simbólico, se não é uma efabulação fantástica do velho João, imitando o A. T., na sua invenção de um Javé-Deus, com um trono de safiras, servido por miríades de anjos, querubins e serafins…

    Bem se esforçam comentadores e exegetas por dar sentido a toda esta efabulação, dizendo tratar-se de artifício utilizado por João, devido às condições de perseguição em que os cristãos se encontravam, por parte de Roma e dos seus imperadores sanguinários.

    Louvamos o esforço! Às vezes, até parece conseguido. Outras, bem parece não passar de… esforço, havendo afirmações que, embora categóricas, não nos incutem qualquer confiança! Mas a mistificação das realidades é tanta!… A falta de clareza e de certezas tão aflitiva!… Pois, quem poderá realmente dizer o que é simbólico e o que é real, no meio de tanta fantasmagoria?

    Assim, somos forçados a perguntar novamente: “Que Deus é este que nos é apresentado como querendo salvar-nos mas que nos dá a beber e a comer o veneno da dúvida e, consequentemente, da morte?” E a quem disser que estamos blasfemando, desafiamos, mais uma vez, a que nos dê certezas de que uma vida eterna existe, de que um qualquer Céu existe! Dêem-nos estas certezas e festejaremos tal dia, noite e dia, até ser dia, até sermos mortos para esta vida terrena que, então, sim, nada nos interessará, pois melhor mesmo é ir para a eterna e o mais brevemente possível!… Que bom que seria! Mas… infelizmente… não acreditamos que haja alguém que nos retire de tal angústia!

    Só mesmo Deus! Só Deus!… Mas… Deus – melhor, o Deus da Bíblia – é exactamente o “culpado” de toda esta nossa perplexidade. Então…, então, não sabemos se conseguimos acreditar...