sábado, 31 de maio de 2025

Os gritos da Terra para salvar a espécie humana

 A sensação que temos é que o Homem atual não quer saber...

A Terra "queixa-se" sobretudo de todas as formas de poluição que a impedem de oferecer às espécies vivas que a povoam o melhor dos mundos.

Se a Terra é vítima dos caprichos do seu "senhor", o Sol, Sol que, de vez em quando se "lembra" de lançar ventos solares por esse céu fora, atingindo quem está à sua volta, os planetas que aí giram, havendo neles forçosamente alterações climáticas - alterações que se têm sucedido com intervalos de milénios, donde, por exemplo, as épocas glaciares - aconteceu-lhe,  dentro da saga da VIDA que nela brotou há cerca de 3.5 mil milhões de anos, ter aparecido uma espécie, os hominídeos que, dotados de inteligência e emoções, não consegue que aquela domine estas, levando a que toda a governação se mova por emoções e não pela razão/inteligência.

Pior: o Homem põe a sua inteligência ao serviço das emoções em todos os aspectos da vida, quer privada, quer social, quer em si próprio, na família, no país, no mundo.

Resultado: uma mistura de sucessos e retrocessos, de avanços e recuos, de descobertas e fracassos, de criação de paraísos e de infernos. Talvez, olhando a sua curtíssima História de cerca de 6 milhões de anos, muito mais de infernos do que paraísos.

Neste momento, tornou-se espécie infestante, multiplicando-se desreguladamente, ocupando, sem qualquer preocupação que não seja o seu bem-estar e prazer, o habitat de milhões de outras espécies que fazem parte da VIDA. E não se apercebe de que, destruindo o habitat das outras espécies, destrói o seu próprio habitat, acabando por se extinguir. É que a Terra, neste momento, já não tem recursos para alimentar e suportar tanto hominídeo. Mais de 8 mil milhões!...

A Terra "sorri" perante tamanha estupidez de alguém que se arvora de inteligente. Aliás, faça o Homem o que fizer, inverta ou não a armadilha em que voluntariamente está caindo, tudo leva a crer que a Terra continuará impávida e serena a girar à volta do Sol por mais os 4.5 mil milhões de anos que ainda tem de existência, e, se este tipo de VIDA como o conhecemos se extinguir, seja por que motivo for, outro brotará, talvez com espécies humanas muito mais inteligentes e equilibradas do que a actual se revela.

A quem se debruça sobre estes temas, causa tanta pena olhar o mundo e ver tanta desgraça que nele se passa, tudo ou quase tudo por causa do Homem que insiste em criar infernos para os seus semelhantes, logo que tenha o poder para o fazer! Que pena! Que pena que esses mesmos senhores do poder não sintam, não se apercebam que são meras centelhas de vida que passam pela Terra e logo ali se apagarão - e para sempre! - levando tal percepção a usarem todo o seu poder para construir o Paraíso possível para todos os humanos na Terra! 

Que pena!

Talvez um dia!

quinta-feira, 22 de maio de 2025

A realidade que percepcionamos

 O que o nosso cérebro consegue alcançar

     Embora as nossas capacidades intelectuais sejam muito limitadas, mesmo com os milhares de milhões de neurónios em actividade, podemos “olhar” para a realidade em que nos movemos - a realidade que percepcionamos através dos nossos sentidos - e fazer alguns raciocínios lógico-dedutivos. Isto, quer partamos do átomo para o Universo, quer invertamos a situação e formos do macro para o micro.

    Do muito pouco que já conhecemos da Terra e, sobretudo, do Universo visível, podemos afirmar, embora sem qualquer suporte científico, que:

1 – O Espaço é eterno e infinito

2 – Este Universo visível – embora na sua grandíssimaa parte invisível já que feito de matéria escura, 95% – será apenas um “peão de matéria e energia” no Espaço Infinito, desconhecendo nós totalmente quantos universos povoam esse mesmo Espaço onde todo o existente se situa e evolui. Atentemos por momentos na colossal grandeza deste Universo: os milhares de milhões de estrelas, os milhares de milhões de galáxias e todos os astros que já conseguimos “ver” no CÉU, representam apenas 5%. É de fazer perder a cabeça a qualquer cientista…

3 – Tudo o que é matéria-energia será eterno, embora não infinito, porque tem princípio e fim nalgum lugar desse Espaço, qualquer que seja a sua forma ou conteúdo ou grandeza.

4 – Como se constata que NADA está parado e que tudo está em transformação, deduz-se facilmente que o movimento é próprio da matéria-energia, presumindo-se que seja eterno como eterna é a mesma matéria-energia, não tendo começado porque sempre existiu.

5 – O Tempo é uma categoria inerente ao próprio movimento da mutação contínua em que se encontra a matéria-energia: há tempo porque as transformações começam e acabam, criando a todo o momento novas formas, mesmo que sejam apenas diferentes do segundo anterior, em micropartículas.

Escolhamos o Homem como exemplo: é concebido, nasce, cresce, vive e morre. Neste preciso momento, eu sou A e no momento seguinte já serei B, sejam embora imperceptíveis as mudanças alteradas. Mas sempre caminhando de um ponto X (concepção e nascimento) para um ponto Y (fim e morte), retornando, então, aos átomos e moléculas primitivos ou iniciais, átomos e moléculas que irão integrar um novo ser, seja animado ou inanimado.

    De qualquer objecto ou ser perceptível aos nossos sentidos se poderá dizer o mesmo: sempre em movimento, sempre em transformação, indo de um ponto para outro. E a isso chamamos o “seu tempo”. E isto, do átomo às estrelas – que também têm o seu tempo, pois começam e acabam – a este Universo visível e de que viemos a fazer parte, vindo à VIDA, aos incontáveis Universos que povoarão o Espaço Infinito, constituídos de uma matéria-energia eterna mas que, desde sempre e para sempre, estará em perpétuo movimento ou transformação.

    O que Lavoisier dizia em relação aos elementos da Terra: “Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”, dir-se-á com igual propriedade a tudo o existente por esse Espaço que é Infinito (não tem princípio nem fim) e eterno (existiu desde sempre e existirá para sempre)

    Esta a nossa visão da REALIDADE de que fazemos parte, nós que somos apenas uma faísca de luz que apareceu no Tempo e que irá desaparecer sem deixar qualquer rasto neste querido, fantástico, misterioso Universo que nos deu VIDA, quando o “nosso tempo” se acabar… 

Para sempre! For ever! Ad aeternum!

sexta-feira, 16 de maio de 2025

O Conclave-Show ou a eleição de um Papa

 O Espírito Santo e o seu papel no Conclave

     Morre um papa, pois, como diz o povo, “À morte ninguém escapa, nem o rei nem o papa!”. E todo o mundo espera pelo fumo branco saído da Capela Sistina onde estão reunidos os cardeais elegíveis para que um deles seja eleito pelos seus pares, o sucessor do falecido.

    Tudo normal se não houvesse uma anormalidade intelectualmente intolerável: A Igreja católica quer fazer crêr ao mundo dos crentes, neste caso, os católicos – os outros cristãos (ortodoxos e protestantes e suas seitas) têm lá os seus papas que são eleitos muito mais discretamente – que não são propriamente os cardeais que elegem o sucessor do falecido mas o Espírito Santo, através deles, esta Terceira Pessoa da Divindade que já iluminara os Apóstolos quando, depois da morte de Jesus, estavam reunidos no Cenáculo em Jerusalém, discutindo o que iriam fazer a seguir, já não tendo o mestre a guiá-los.

    Ora, tal “imposição de Fé” é “interessante” por várias razões:

1 – Até ao séc. XIII, os papas da Igreja católica eram eleitos mais ou menos como os políticos de hoje. Havia candidatos e o povo ou os nobres de Roma escolhiam este ou aquele. Como esta situação gerava muitos problemas – mas foram precisos mais de mil anos, para se constatar o facto!!! – a partir do séc. XIII, com o papa Gregório X, organizou-se um colégio de cardeais que mais não eram do que bispos eleitores, para o efeito.

2 – Portanto, o Espírito Santo inspirador da escolha do novo papa só a partir daquela época começou a actuar e a influenciar essa escolha. Pode dizer-se – com alguma ironia, claro! – que Deus levou mais de mil anos para se decidir enviar o seu Espírito inspirador nestas importantes ocasiões. Embora se diga que para Deus, mil anos é como o dia de ontem que já passou, aos olhos dos humanos para quem Ele “trabalha”, é realmente muito e descredibiliza-Se completamente no seio da Sua Igreja.

3 – Ora, o que realmente se passou neste Conclave de Maio de 2025 foi: os cardeais não se conheceriam uns aos outros, na sua maioria. E, antes de serem enclausurados na Capela Sistina para lá votarem secretamente no seu preferido, andaram uns com os outros durante cerca de dez dias, exactamente para se conhecerem, trocarem impressões sobre, obviamente, quem gostariam de ver como papa, etc., etc., pois era para isso que eles ali estavam e tinham vindo de todo o mundo.

4 – Chegados à Capela Sistina, cada um sabia, com elevado grau de probabilidade, em quem votar e quem tinha mais possibilidades de reunir consenso. E não foi preciso nenhum Espírito Santo, podendo nós afirmar – ironicamente, está claro – que Deus pôde descansar e não se preocupar com enviar o seu Espírito para dentro da Capela para inspirar a votação…

5 – Enfim, caros leitores e analistas críticos destas “histórias” dos pregadores das religiões, neste caso a católica, a VERDADE é que não há Espírito Santo nenhum, nem aquela bizarra invenção medieval da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, sendo um só Deus Uno e Trino ao mesmo tempo, tendo cada uma dessas pessoas a sua função específica. Um absurdo e uma invenção maquiavélica que obrigou os teólogos exegetas às mais extravagantes explicações sobre a unidade na Trindade.

    Mas, mais uma vez, Habemus papam!”. E o fumo branco – tradição que tem pouco mais de um século – saiu glorioso pela chaminé montada temporariamente na Capela Sistina, fazendo ecoar pela Praça de S. Pedro um grito de alegria saído do coração dos milhares de fiéis/crentes que ali se acumularam durante dias à espera da Boa Nova!

    E… viva o Papa!

domingo, 11 de maio de 2025

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 427/?

 

 À procura da Verdade nas Cartas – 428/?

 2ª Carta de S. PEDRO 2/2

 – E terminamos com esta “deliciosa” referência de Pedro a Paulo: “É verdade que há nas suas cartas alguns pontos difíceis de entender que os ignorantes e vacilantes distorcem como fazem com as outras Escrituras, para a sua própria perdição.” (2Pd 3,16)

– Não! Desculpa, Pedro, - e oxalá que realmente te encontres no lugar para onde acreditaste que irias após esta vida que é efémera para todo o ser vivo… Oxalá, porque mereces pela rectidão do teu pensar, assim o cremos…

… Só é pena que - como já dissemos a Paulo - não venhas cá dizer-no-lo para que, vendo, acreditemos pois somos muito mais como Tomé do que como todos os outros crentes que acreditam no que lhes é pregado sem quaisquer provas dessa pregação!…

   Depois, não somos assim tão ignorantes, nem tão vacilantes… Nem estamos aqui a distorcer nem as Escrituras do A.T., nem as de Paulo, nem as tuas. Estamos aqui, simplesmente - como já o confessámos a Jesus Cristo e como o confessamos continuamente a Deus! - estamos aqui à procura da VERDADE. E se tu possuíste a Verdade, de certeza que não foste capaz de no-la revelar para que pudéssemos crer sem hesitações… Mas de tal incapacidade já nos queixámos a Jesus Cristo e Ele também nada nos disse. Melhor e mais justo e correcto: Ele também não conseguiu dizer-nos nada com provas. Nem do seu Pai, nem do seu Céu e seus anjos, nem do Inferno e o seu Diabo…, nem da sua vida eterna. Por isso… estás desculpado! Adeus e até ao… Céu!

    Enfim, a incapacidade de entender Paulo não está em nós mas no próprio Paulo que não teve pejo de afirmar o que não sabia, mas aquilo que lhe convinha dizer/afirmar para defender a tese de que o judeu Jesus, a quem vocês chamaram de Cristo, era/foi realmente Filho de Deus. Como já o provámos, ao longo destas quase 500 páginas, tal afirmação é totalmente falsa por totalmente infundada e improvada e física e metafisicamente inconsistente.

   E oxalá que o “Adeus e até ao Céu!” seja para nós que aqui falamos com Pedro mas também para todos os Homens antes e depois de Cristo, de todos os credos e religiões e mesmo os sem credo nenhum e todos os seres pensantes do Universo. Neste ou noutro qualquer tempo, se é que este ou qualquer outro tempo não são apenas momentos da… ETERNIDADE!

   

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 427/?

 

 À procura da Verdade nas Cartas – 427/?

2ª Carta de S. PEDRO 1/2

 – “Sabei que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação particular, pois a profecia jamais veio por vontade humana. Impelidos pelo Espírito Santo, os Homens falaram como porta-vozes de Deus.”(2Pd 1,20-21)

– Diz-se em comentário: “Os profetas do Antigo Testamento, que anunciavam a glória do Messias, não se fundamentavam numa visão pessoal e subjectiva; o seu testemunho era expressão do que Deus queria comunicar aos Homens através do Espírito. A Bíblia inteira é inspirada pelo Espírito Santo, o qual não ditou os livros ou fez revelação particular aos seus autores. Estes apenas escreveram movidos pelo Espírito e fizeram-no com o seu estilo próprio e conforme a cultura do seu tempo. Tinham consciência de expressar a fé genuína do seu povo, mas não necessariamente se davam conta de que estivessem a obedecer ao Espírito Santo.” (ibidem)

– E nós perguntamos: Que credibilidade merecem tais afirmações quer de Pedro quer do exegeta? Onde as provas?… É tão fácil afirmar sem nada ter de provar!…

    Aliás, se dissermos exactamente o contrário, como nada temos de provar, não merecerá tal contrário a mesma credibilidade? Assim, fica-se logo no domínio da Fé. E acredita quem quiser. Mas… se toda a Bíblia é inspirada pelo Espírito Santo, que resposta nos dá Ele a todas as críticas que fizemos ao longo destes 426 textos de análise crítica dessa mesma Bíblia? Nenhuma! E há tanto de sanguinário e de partidário ao longo da Bíblia que não sabemos onde está a santidade de um tal Espírito.

– “Cada um é escravo daquele que o vence.” (2Pd 2,19)

– A frase é bonita e… real! Se for o vício o vencedor é pena… Mas se for o amor… Claro que, humanamente, é inaceitável que se seja escravo seja do que for. A liberdade é um dom inalienável. Embora todo o Homem, ao exercê-la, se tenha de lembrar da máxima: “A minha liberdade acaba onde a tua começa.”

– “Deus usa de paciência para convosco porque não quer que ninguém se perca, mas que todos cheguem a converter-se. O dia do Senhor chegará como um ladrão e então os céus dissolver-se-ão com estrondo…” (2Pd 3,9-10)

– Que Deus não queira que ninguém se perca é de elementar justiça! No entanto, deixou-nos cheios de dúvidas quanto ao Céu, à vida eterna, ao meio de lá chegar, ao próprio Jesus Cristo, sobre Ele mesmo! Então, que Deus é este que, querendo salvar-nos, nos condena à dúvida perene ou – pior! – a termos uma Fé sem lógica nem humana nem divina? De certeza que não é DEUS, o DEUS VERDADEIRO. Este é o Deus inventado pelos Homens, um Deus que, aliás, já vem da Bíblia e que pouco ou nada tem de divino.

    E não são virtuais aquela paciência e aquele querer de… Deus? Pedro e o Espírito que o inspirava enganaram-se quanto à dissolução dos céus. Não houve nem haverá nenhuma dissolução. É elementar conhecimento astrofísico.

 Assim é a Fé dos Homens, seja ela qual for… Um pouco como se um humano dissesse a outro humano faminto:

“Toma lá esta imagem de pão e come-o em imaginação e ficarás saciado!”…