domingo, 24 de novembro de 2024

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 414/?

 

 À procura da Verdade nas Cartas de Paulo 

 1ª Carta aos TESSALONICENSES – 1/1

 – Volta a repetir-se Paulo: “Deus não nos chamou para a imoralidade mas para a santidade (…) e vós já aprendestes a amar-vos uns aos outros.” (1Ts 4,7-9)

    Depois, repete Jesus Cristo, a propósito do Dia da Vinda do Filho do Homem, e explica: “Nós, que ainda estaremos vivos, por ocasião da vinda do Senhor, não teremos nenhuma vantagem sobre aqueles que já tiverem morrido. De facto, à ordem da voz do Arcanjo e ao som da trombeta divina, o próprio Senhor descerá do Céu. Então, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, que estivermos ainda na Terra, seremos arrebatados com eles para as nuvens, ao encontro do Senhor nos ares. E então, estaremos para sempre com o Senhor.” (1Ts 4,15-17)

– Quem terá acreditado em Paulo? Com que autoridade afirma tais coisas? Terá ele percebido bem o que Cristo disse?

    É que Cristo falou por metáforas ou símbolos, e Paulo, aqui, interpreta tudo à letra! E, como morreu cedo, não pôde constatar que, afinal, não ouve qualquer ordem de qualquer arcanjo, nem se fez ouvir nenhuma trombeta, nem ninguém foi ter com o Senhor ao meio das nuvens…

    Então, em que ficamos? Merece ou não merece Paulo credibilidade? E se aqui é óbvio que não a pode merecer, porque há-de merecê-la noutras afirmações?

    Mais uma vez, constatamos que Paulo não tem credibilidade para ser doutor da Igreja e ser pedra basilar dos seus fundamentos e ensinamentos. É uma completa paranoia aquilo que ele afirma, sem qualquer assento na realidade quer religiosa quer científica, continuando a acreditar que o Céu é lá em cima – “por cima das nuvens”! – onde habitaria Deus com todo o seu séquito de anjos e santos e o seu filho Jesus Cristo que para lá subira após a ressurreição… Já não falando na “aterradora” confusão de mortos e vivos aquando da suposta vinda iminente de Deus à Terra…

    Aliás, revela uma total ignorância acerca do que naquele tempo já se sabia sobre a Terra e o Universo. De qualquer modo, a Igreja, em tempos modernos em que se sabe que não há lá em cima nenhum, nem nenhum Céu, nem nenhum Inferno lá em baixo, continua, entre outras barbaridades à luz da Ciência, a dizer no Credo que Jesus Cristo, depois de ter nascido de uma Virgem – como os deuses antigos – morreu, ressuscitou, desceu aos Infernos e subiu ao Céu, onde está sentado à direita de Deus-Pai…” Parece-nos inadmissível tal comportamento e que haja tantos “doutores” da Igreja que assinem por baixo ou… se calem!

– Pela simpatia da frase, sem comentários, damos-lhe luz de texto: “Irmãos, já há algum tempo que estamos separados de vós, longe dos olhos mas não do coração.” (1Ts 2,17)

E assim nos despedimos desta carta de um simpático mas ignorante Paulo…

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