À procura da Verdade nas Cartas de Paulo
Depois, repete Jesus Cristo, a propósito do
Dia da Vinda do Filho do Homem, e explica: “Nós, que ainda estaremos vivos, por
ocasião da vinda do Senhor, não teremos nenhuma vantagem sobre aqueles que já
tiverem morrido. De facto, à ordem da voz do Arcanjo e ao som da trombeta
divina, o próprio Senhor descerá do Céu. Então, os mortos em Cristo
ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, que estivermos ainda na Terra,
seremos arrebatados com eles para as nuvens, ao encontro do Senhor nos ares. E
então, estaremos para sempre com o Senhor.” (1Ts 4,15-17)
–
Quem terá acreditado em Paulo? Com que autoridade afirma tais coisas? Terá ele
percebido bem o que Cristo disse?
É que Cristo falou por metáforas ou
símbolos, e Paulo, aqui, interpreta tudo à letra! E, como morreu cedo, não pôde
constatar que, afinal, não ouve qualquer ordem de qualquer arcanjo, nem se fez
ouvir nenhuma trombeta, nem ninguém foi ter com o Senhor ao meio das nuvens…
Então, em que ficamos? Merece ou não merece
Paulo credibilidade? E se aqui é óbvio que não a pode merecer, porque há-de
merecê-la noutras afirmações?
Mais uma vez, constatamos que Paulo não tem
credibilidade para ser doutor da Igreja e ser pedra basilar dos seus
fundamentos e ensinamentos. É uma completa paranoia aquilo que ele afirma, sem
qualquer assento na realidade quer religiosa quer científica, continuando a
acreditar que o Céu é lá em cima – “por cima das nuvens”! – onde habitaria Deus
com todo o seu séquito de anjos e santos e o seu filho Jesus Cristo que para lá
subira após a ressurreição… Já não falando na “aterradora” confusão de mortos e
vivos aquando da suposta vinda iminente de Deus à Terra…
Aliás, revela uma total ignorância acerca
do que naquele tempo já se sabia sobre a Terra e o Universo. De qualquer modo,
a Igreja, em tempos modernos em que se sabe que não há lá em cima nenhum, nem
nenhum Céu, nem nenhum Inferno lá em baixo, continua, entre outras barbaridades
à luz da Ciência, a dizer no Credo que Jesus Cristo, depois de ter nascido de
uma Virgem – como os deuses antigos – morreu, ressuscitou, desceu aos Infernos
e subiu ao Céu, onde está sentado à direita de Deus-Pai…” Parece-nos
inadmissível tal comportamento e que haja tantos “doutores” da Igreja que
assinem por baixo ou… se calem!
–
Pela simpatia da frase, sem comentários, damos-lhe luz de texto: “Irmãos, já há
algum tempo que estamos separados de vós, longe dos olhos mas não do coração.”
(1Ts 2,17)
E
assim nos despedimos desta carta de um simpático mas ignorante Paulo…
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