À procura
da Verdade nas Cartas de Paulo – 412/?
Carta
aos Filipenses - 2
–
“Quero conhecer a Cristo, o poder da sua ressurreição, para me tornar
semelhante a Ele na sua morte, a fim de alcançar, se possível, a ressurreição
dos mortos. (…) Ele vai transformar o nosso corpo miserável, tornando-o
semelhante ao seu corpo glorioso, graças ao poder que Ele possui de submeter a
Si todas as coisas. (…) Não vos inquieteis com coisa alguma, pois a vinda do
Senhor está próxima.” (Fl 3,10 e 21; 4,5-6)
–
Aquele “se possível” revela alguma falta de fé de Paulo na sua própria
ressurreição. Humildade ou… incerteza que também nós partilhamos?
E voltamos ao Dia do Senhor! Crença de que
estaria ali para acontecer, talvez levado pela afirmação do próprio Jesus que
afirmou: “Não passará esta geração sem que tudo o que vos anuncio tenha
acontecido.” (Mt 10,1-8;10,23;16,28)? Mas… afinal… nada veio! Nada a não ser a
morte para todos os que nasceram - que a Suprema Lei da Vida a tanto obriga!…
De vinda de Cristo… do Dia da Ira… do Julgamento Final… NADA!
É! Um grandíssimo NADA!…
Então, que valor dar a tais palavras quer
de Paulo quer do próprio Jesus Cristo? E se são simbólicas, são símbolo de quê?
Aliás, já todos sabemos – embora os crentes continuem a dizer que acreditam! –
que não houve ressurreição nenhuma das narradas na Bíblia – e são uma boa
dezena! – nem tão pouco a de Cristo. Tudo invenções cujos fundamentos não são
mais que falácias para enganar os incautos, melhor, os que não querem pensar
criticamente os textos que tais supostos factos relatam.
Enfim, e para nos despedirmos desta Carta,
perguntemos, repetindo-nos: “Se Paulo pregava a Boa Nova, que Boa Nova é aquela
que muito pouca gente queria aceitar, metendo Paulo na cadeia, não uma, por
qualquer equívoco, mas muitas vezes? E o açoitaram, flagelaram, perseguiram,
maltrataram, também não poucas vezes?”
É, pelo menos, estranho! É uma espécie de
mundo às avessas! O “mundo” de então não recebeu Cristo… não recebeu a sua
mensagem… não recebeu os seus enviados, matando-os, torturando-os…, quando a
mensagem era de… amor… de paz… de salvação eterna! Quem entenderá tal paradoxo,
tal nonsense?
Haverá uma explicação, talvez óbvia: “O que
eles pregavam – a ressurreição dos mortos – era de tal modo absurda e aberrante
e contra todas as evidências e leis da Natureza que não era possível admitir
tais pregadores numa sociedade já ela cheia de contradições e guerras religiosas.