Relevante ou irrelevante?
Que vamos partir quando chegar a nossa hora, não há qualquer dúvida. Inexoravelmente, também ninguém duvida.
E
para sempre? – Aqui, intrometem-se as religiões e os seus apaniguados, afirmando
crenças que, por demasiado apelativas que sejam, não passam de fantasias e
ingénuas invenções de Céus lindos, infernos monstruosos, numa eternidade pelo
Homem inexplicavelmente sempre desejada, após a inexorável partida, mas nunca
provada como existente ou possível. Os humanos racionais só acreditarão que a
eternidade com Céus e Infernos existe quando pelo menos um que morrer venha cá
dizer ao mundo que ele está vivo. Mas não a um par de amigos, como dizem que
fez Jesus a quem chamaram de Cristo. Sim, nas televisões de todo o mundo ou nas
redes sociais de todo o mundo. Aliás, esse foi o grande erro de Jesus: não se
apresentar ao mundo de então como ressuscitado. É que não foi erro. A VERDADE é
que ele não poderia fazer tal manifesto simplesmente porque não (NÃO!) ressuscitou!!!
Ora,
olhando o que se passa com próximos que desaparecem ou com os nossos familiares
se já partiram, pais ou avós, constata-se o mesmo: a tendência, por muito
dolorosa que seja a dor da partida, é a mesma: o Tempo tudo apaga, tudo faz
esquecer, pois a Vida continua para os que cá ficam e as lágrimas não podem ser
o que reste dessa vida.
Portanto,
o vazio por nós deixado rapidamente será colmatado, se não física pelo menos
psicologicamente. Irrelevante, pois!
E,
na hora da partida (para não empregar a palavra-tabu “morte”), estaremos
completamente sós face ao nosso fim e ao nosso dizer adeus à vida. Aliás, nesse
momento final, só nos resta deixar-nos levar, oxalá sem dor, pois nada adianta
nem ao Céu – que não existe – nem à Terra que já nos alimentou durante toda a
vida, qualquer sofrimento, caso ainda tenhamos cérebro para o vivenciar, activo
que esteja o sistema nervoso central.
Então,
voltamos à pergunta que, desde o início da nossa existência consciente nunca
nos deixou de azucrinar os neurónios: “Afinal, para quê existimos?”
–
Já demos várias vezes resposta a tão tremenda pergunta. Contudo, não sabemos
porque é que a resposta, por muito elucidativa que seja, não nos satisfaz.
É
que os humanos são mesmo um caso à parte, no reino animal: têm consciência de
que nascem, crescem, vivem e morrem…, coisa que muito tenuamente acontecerá com
os outros animais onde prevalece o instinto vital e de sobrevivência a qualquer
custo. Então, porque sermos tratados Pelo Criador de igual modo?
Mas…
não! Não podemos ter ilusões! A verdade, por muito que nos desiluda o Criador
que nos deu consciência disto tudo, é que Ele não nos deu aquilo que ambicionamos:
a eternidade sob uma qualquer forma, sem perder a nossa identidade, o nosso
Self, como diríamos à inglesa.
E
concluímos como temos feito em outras abordagens de cariz existencial: Divertamo-nos
e sejamos elemento de diversão para o mundo que nos rodeia! Vivamos cada dia
como se fosse o último, sendo realmente cada dia o primeiro do resto da nossa
vida! Demos valor ao BOM e ao BELO que há nas pessoas e nas coisas e
desprezemos com um grande SORRISO o que de mal ou mau nos acontece, mesmo que
seja por nossa culpa! (Olha, não conseguimos fazer melhor? – Paciência!)
Só assim, poderemos dizer de plena consciência quando nos formos: VALEU A PENA TERMOS VINDO À VIDA! Melhor ainda: EU VALI A PENA!!!
Gostava que os caros leitores (este plural engloba masculino e feminino: eles e elas!) fizessem, de vez em quando um comentário. Prometo dar resposta, logo que me apercena desse sempre precioso comentário.
ResponderEliminarQuanto à possível ressurreição de Jesus veja-se o texto, escrito aqui, há umas semanas atrás. Convincente ou não?
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