sábado, 13 de abril de 2024

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 401/?

 

À procura da Verdade nas Cartas de Paulo 

 Primeira Carta aos Coríntios - 9

 Como o tema da ressurreição, tanto de Cristo como de todos os mortos, é complexo, Paulo continua tentando explicar a sua veracidade. Mas – infelizmente – o que ele vai debitando não só é confuso, como não provado, entrando em sofismas nas afirmações que faz. Eis algumas:

– “Se nós pregamos que Cisto ressuscitou dos mortos, como é que alguns entre vós dizem que não há ressurreição dos mortos?” (15,12)

– Não se percebe, como é óbvio, a admiração de Paulo. Então, ele acha que é por pregar a ressurreição de Cristo que essa ressurreição aconteceu mesmo e que daí todos os mortos ressuscitam? Não vê que é um sofisma sem qualquer possibilidade de aceitação? E, agora, vêm as célebres frases (frases que contêm em si a prova daquela impossibilidade):

– “Se não há ressurreição dos mortos, então Cristo também não ressuscitou e se Cristo não ressuscitou a nossa pregação é vazia e também vazia é a fé que tendes. Se os mortos não ressuscitam então somos testemunhas falsas de Deus…” (15,13-15)

– E continua, repetindo-se e argumentando na mesma linha, o que não leva a conclusão alguma provada, mas apenas à confirmação de que, pelo facto de ele acreditar e pregar a ressurreição de Cristo, em nada prova a sua verdade ou credibilidade.

E aqui concluímos com Paulo que é bem verdade que se Cristo não ressuscitou, é vã a sua pregação e é vã a fé dos fiéis porque pregam uns outros acreditam em supostos factos ou factos falsos. E como Cristo não ressuscitou, nenhum morto ressuscitará. Nem ressuscitou desde que o Homem apareceu à face da Terra, há apenas uns 4 milhões de anos, encimando actualmente a linha dos primatas, não se sabendo até quando, tudo dependendo da evolução da vida na Terra, Terra que ainda terá mais uns 4,5 mil milhões de anos de vida… Mas Paulo ainda tenta mais uma explicação:

– “O corpo é semeado (compara com a semente que se deita à terra: “Aquilo que semeias não volta à vida a não ser que morra.”) corruptível, mas ressuscita incorruptível…, glorioso…, cheio de força…, espiritual.” (15,36-44)

Depois, continua, às vezes delirando:

– “Nem todos morremos, mas todos seremos transformados, num instante, ao som da trombeta final. A trombeta tocará e os mortos ressuscitarão incorruptíveis. De facto é necessário que este ser corruptível seja revestido de incorruptibilidade…” (15,51-53)

Comentaremos no próximo texto de análise crítica.

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