sexta-feira, 7 de julho de 2023

Onde a Verdade da Bíblia - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 381/?

 

À procura da VERDADE nos Evangelhos 

Evangelho segundo S. JOÃO – 75/75 - FIM

 – As últimas palavras postas por João na boca de Jesus são acerca de… si próprio, não deixando, aqui, de revelar alguma vaidade: “Pedro virou-se e viu atrás de si aquele outro discípulo que Jesus amava (…) e perguntou a Jesus: «Senhor, o que lhe vai acontecer a ele?» Respondeu-lhe Jesus: «Se Eu quero que ele viva até que Eu venha, o que é que tens com isso?» (…) Então correu a notícia entre os irmãos de que aquele discípulo não iria morrer.” (Jo 21,20-23)

– Perdoemos a vaidade a João, já que nos deixou este Jesus tão amante do Pai, o Jesus do Mandamento Novo “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.”, o Jesus da Samaritana!…

– E o que quereria dizer Jesus com aquele “até que Eu venha”?

– Mais um enigma para a nossa pobre mente conjecturar, apesar de se saber que João terá vivido até próximo dos cem anos…

– No final do seu evangelho, ao contrário dos outros evangelistas, João não fez Jesus subir ao Céu… Acaba com a declaração:

“Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e as escreveu. E nós sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.” Saberia? - Nós temos sérias dúvidas que explanámos ao longo destes 75 textos. 

E ainda com a frase que nos deixa alguma mágoa por ficarmos sem saber o que Jesus realmente fez e realmente disse, para conseguirmos descortinar a Verdade que, nesta Bíblia, dita sagrada por inspirada por Deus, procurámos, procurámos e não encontrámos…:

“Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que os livros que seriam escritos não caberiam no mundo.” (Jo 21,24-25)

- Exagero, evidentemente!… Aliás, o que nós queríamos era algo  que nos confirmasse sem sombra de dúvida, de que o judeu Jesus era o Cristo, o Messias, o Filho de Deus encarnado em espécie humana e em cujas palavras pudéssemos acreditar. Mas o Jesus de João como o dos outros três evangelhos apresenta tantas lacunas, a todos os níveis, que não consegue passar de um humano simpático, revolucionário, se quisermos, pregando uma eternidade, um Céu e um Inferno em que acreditava, mas que nunca conseguiu provar como existentes. Por isso…

E foi o fim deste quarto evangelho, escrito, segundo rezam os históricos, pelos anos 90-95. E, embora convencidos de que basta de perguntas, basta de dúvidas, basta de incertezas, vamos ver se ainda haverá, em outras paragens bíblicas, algo que consiga tirar-nos da grande-fundamental-essencial-tremenda dúvida acerca da existência do tal Deus-Pai, do tal Céu, do tal Inferno, da tal vida eterna…

 

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