quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 320/?

 

À procura da VERDADE nos Evangelhos 

Evangelho segundo S. JOÃO – 15/?

 – É estranho: Jesus parece não se importar com a debandada dos discípulos, discípulos que nada entenderam – tal como nós! – do que Ele dissera. Então não vinha Ele para salvar tudo o que estava perdido?… Como é que agora afasta os que o seguiam com o enigma das suas palavras que nem nós, dois mil anos após tantas exegeses, não compreendemos, e não Se importa nem altera a sua forma de falar? Sendo Deus, não sabia que falando assim, não convencia ninguém, mas afastava toda a gente?… Ficou apenas com os doze, afirmando que um deles era o demónio! Nem mais nem menos: o diabo! Como? Como escolheu o “diabo” para os doze? Há tanto de incongruência nestas afirmações postas por João na boca de Cristo que a nossa já fraca Fé fica ainda mais abalada, definhando… definhando… É: se Jesus fosse Filho de Deus e Deus com Ele (como se diz na teologia cristã), nunca agiria de tal forma: um Jesus falhado na sua suposta missão, ao vir à Terra.

– No entanto, apetece-nos, não dizer mas gritar, como Pedro: «Para quem havemos de ir, Senhor, se só Tu tens palavras de vida eterna?», embora pareça que se tenha expressado de tal modo por nada ter entendido do que ouvira…

Também não entendemos é como Pedro, logo a seguir, pouco ou nada tendo entendido de tais palavras, deduz que Jesus é realmente o Messias, o Enviado de Deus!…

E a temática parece cada vez mais difícil! Por isso voltaríamos a perguntar: “Estaria o velho João com a cabeça suficientemente clara e saudável para ser testemunha fiel de tudo quanto coloca na boca de Jesus, palavras supostamente pronunciadas mais de cinquenta anos antes?…”

– Mas há mais palavras de… vida eterna, embora na mesma linha enigmática e já repetitiva: “A doutrina que Eu ensino não vem de Mim mas daquele que Me enviou. Se alguém está disposto a fazer a vontade de Deus, saberá se a minha doutrina vem de Deus ou se falo por Mim mesmo. Quem fala por si mesmo busca a própria glória, mas aquele que procura a glória de quem O enviou diz a verdade e nele não há falsidade. Não foi Moisés que vos deu a Lei? No entanto, nenhum de vós a cumpre. Então, porque Me quereis matar? (…) Uma pessoa pode receber a circuncisão em dia de sábado sem violar a Lei de Moisés. Então porque é que vos irritais comigo por ter curado um homem ao sábado? (…) Será que de facto Me conheceis e sabeis de onde Eu sou? Eu não vim por Mim mesmo. Quem Me enviou é verdadeiro e vós não O conheceis. Mas Eu conheço-O porque venho de junto dele e foi Ele quem me enviou. (…) Ainda ficarei convosco mais algum tempo. Depois, irei ter com aquele que Me enviou. Ireis procurar-Me mas não Me encontrareis porque não podeis ir para onde Eu vou. (…) Se alguém tem sede, venha ter comigo que Eu lhe darei de beber. Do coração daquele que acredita em Mim, hão-de nascer rios de água viva, como diz a Sagrada Escritura.” (Jo 7,16-38)

– João tenta explicar: “Com estas palavras, Jesus queria dizer que todos os que acreditassem nele, haviam de receber o Espírito Santo. Na verdade, o Espírito Santo ainda não tinha sido enviado, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.” (Jo 7,39)

– Nós não sabemos o que dizer. Simplesmente, se queria falar no Espírito Santo e não na água, porque não foi mais claro? Mas todo o texto anterior é de uma total confusão. É que afirma, afirma, afirma e… provas das suas afirmações, nada! Parece nitidamente que o Jesus de João estava paranoico, pensando ser Filho de Deus e que Deus o tinha enviado à Terra, não se sabe bem para quê: se para salvar o Homem, se para o redimir dos seus pecados, se para lhe prometer a vida eterna… Ora, caro Jesus, nós exigimos provas de que és Filho de Deus, provas de que foste enviado, certezas do objectivo da tua viagem do Céu à Terra, certezas aonde é esse Céu, certezas sobre esse teu Pai. E disso… NADA NOS DÁS! Apenas... PALAVRAS! Logo, não podemos acreditar em TI!

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