À procura da VERDADE nos Evangelhos
Evangelho segundo S. JOÃO – 15/?
– No entanto, apetece-nos, não
dizer mas gritar, como Pedro: «Para quem havemos de ir, Senhor, se só Tu tens
palavras de vida eterna?», embora pareça que se tenha expressado de tal modo
por nada ter entendido do que ouvira…
Também não entendemos é como
Pedro, logo a seguir, pouco ou nada tendo entendido de tais palavras, deduz que
Jesus é realmente o Messias, o Enviado de Deus!…
E a temática parece cada vez
mais difícil! Por isso voltaríamos a perguntar: “Estaria o velho João com a
cabeça suficientemente clara e saudável para ser testemunha fiel de tudo quanto
coloca na boca de Jesus, palavras supostamente pronunciadas mais de cinquenta
anos antes?…”
– Mas há mais palavras de…
vida eterna, embora na mesma linha enigmática e já repetitiva: “A doutrina que
Eu ensino não vem de Mim mas daquele que Me enviou. Se alguém está disposto a
fazer a vontade de Deus, saberá se a minha doutrina vem de Deus ou se falo por
Mim mesmo. Quem fala por si mesmo busca a própria glória, mas aquele que
procura a glória de quem O enviou diz a verdade e nele não há falsidade. Não
foi Moisés que vos deu a Lei? No entanto, nenhum de vós a cumpre. Então, porque
Me quereis matar? (…) Uma pessoa pode receber a circuncisão em dia de sábado
sem violar a Lei de Moisés. Então porque é que vos irritais comigo por ter
curado um homem ao sábado? (…) Será que de facto Me conheceis e sabeis de onde
Eu sou? Eu não vim por Mim mesmo. Quem Me enviou é verdadeiro e vós não O
conheceis. Mas Eu conheço-O porque venho de junto dele e foi Ele quem me
enviou. (…) Ainda ficarei convosco mais algum tempo. Depois, irei ter com
aquele que Me enviou. Ireis procurar-Me mas não Me encontrareis porque não
podeis ir para onde Eu vou. (…) Se alguém tem sede, venha ter comigo que Eu lhe
darei de beber. Do coração daquele que acredita em Mim, hão-de nascer rios de
água viva, como diz a Sagrada Escritura.” (Jo 7,16-38)
– João tenta explicar: “Com
estas palavras, Jesus queria dizer que todos os que acreditassem nele, haviam
de receber o Espírito Santo. Na verdade, o Espírito Santo ainda não tinha sido
enviado, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.” (Jo 7,39)
– Nós não sabemos o que
dizer. Simplesmente, se queria falar no Espírito Santo e não na água, porque
não foi mais claro? Mas todo o texto anterior é de uma total confusão. É que
afirma, afirma, afirma e… provas das suas afirmações, nada! Parece nitidamente
que o Jesus de João estava paranoico, pensando ser Filho de Deus e que Deus o
tinha enviado à Terra, não se sabe bem para quê: se para salvar o Homem, se
para o redimir dos seus pecados, se para lhe prometer a vida eterna… Ora, caro
Jesus, nós exigimos provas de que és Filho de Deus, provas de que foste
enviado, certezas do objectivo da tua viagem do Céu à Terra, certezas aonde é
esse Céu, certezas sobre esse teu Pai. E disso… NADA NOS DÁS! Apenas... PALAVRAS! Logo, não podemos
acreditar em TI!
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