sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 293/?

 

À procura da VERDADE nos Evangelhos

Evangelho segundo S. LUCAS – 11/?

 – Jesus volta a pregar o temor. Aqui, com uma parábola que até se entende, embora apenas no significado imediato do terra-a-terra: “Estai sempre preparados e de lanternas acesas. Fazei como os empregados que estão à espera do patrão. (…) Quer ele chegue à meia-noite, quer chegue de madrugada, felizes os que se mantiverem acordados. (…) Estai também preparados porque o Filho do Homem virá quando menos O esperam.” (Lc 12,35-40)

– Continuamos é sem saber como estar preparados e o que será essa vinda do Filho do Homem e se realmente esse Filho do Homem é simplesmente a morte e todo o Além que nos espera, essa tal eternidade dependente desta mísera e tão efémera vida terrena… ou se é o Jesus Cristo que vem tornar realidade as suas palavras que Pedro disse serem “de vida eterna”. (Jo 6,68) É que Cristo continua parabolizando acerca do Céu e do Além, sem abrir a porta bem guardada, não sabemos com que intenção, do como, do quando e do onde tal nos acontecerá…

É angustiosamente revoltante, não é?! Mais gritante ainda é que nos ameaça com o temor, o que nos martiriza a vida que se deve viver, usufruindo de todos os gostinhos que ela tem. E são tantos, felizmente!... Ora, porque é que não desvenda o mistério do Além? - Simplesmente porque também ele, tal como nós, nada sabia acerca dele, embora pareça saber, ao falar daquele modo… Aliás, ao longo dos evangelhos, limitar-se-á a falar da vida eterna - eternidade incrível mas realmente desejada pelo Homem! - nunca apresentando qualquer prova de que ela existisse. Tal como fizeram até hoje todos os seus seguidores, dizendo ser do âmbito da Fé, o que, para nós, nºao tem qualquer validade.

– E novamente, a propósito de mortos que houve no ruir de uma torre: “Vós morrereis do mesmo modo se não vos arrependerdes.” (Lc 13,5)

– É! Nunca compreenderemos como é que um não-arrependimento na Terra, numa vida no tempo, acarreta - melhor, acarretaria - uma morte eterna… no inferno! Nunca!…

Para um espírito crítico e inquisidor, não há hipótese de considerar Jesus como assertivo, em todas as afirmações acima proferidas. E é inadmissível que pensasse que todos os humanos aceitariam sem questionar tais afirmações. Se tal lhe passou pela cabeça, estava completamente enganado!...

Enfim, mais uma “acha” para a fogueira da descrença num Jesus dito filho de Deus e descrença na sua mensagem de vida eterna no Céu para os “bons” cá na Terra, nesta vida efémera. Salva-se – mas apenas para a Terra – a sua mensagem de amor ao próximo e da fraternidade universal, baseada embora no facto de todos sermos filhos do mesmo Pai que está nos Céus. Uns Céus inexistentes… Dizer “Pai do Céu” é não só confuso como induz em erro. Pois, se é Pai, é Criador, remetendo-nos para o conceito bíblico da criação. Mas perde-se o SER INFINITO e ETERNO, a SUMA INTELIGÊNCIA, o ser TODO-PODEROSO e todos os demais problemas que a Ciência nos coloca, ao desvendar-nos o Universo com os seus mistérios de início e fim e ESPAÇO onde terá aparecido, há cerca de 15 mil milhões de anos, ESPAÇO que tudo aponta para que seja infinito, confundindo-se com o próprio DEUS! Fantástico e… arrebatador da nossa inteligência, da nossa consciência!

Sem comentários:

Enviar um comentário