sábado, 14 de abril de 2018

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 169/?


À procura da VERDADE em EZEQUIEL 
11/13

- “Assim diz o Senhor Javé: Ai dos pastores de Israel que são 
pastores de si mesmos! (…) Vou pedir-lhes contas do meu rebanho 
(…) Farei surgir um pastor para cuidar das minhas ovelhas. Será 
o meu servo David. Ele cuidará delas e será o seu pastor. Eu, Javé, 
serei o seu Deus (…)” (Ez 34)
- Comentário: “(Os reis e chefes) não cumpriram o mandato 
recebido de Deus em favor da comunidade. São os verdadeiros 
responsáveis pela ruína da nação. (…) Os únicos governantes 
capazes terão de colocar o projecto de Javé na base da sua acção. 
(…) Ao povo cativo (…) Ezequiel anuncia uma nova era de paz, 
prosperidade e segurança (…)” (ibidem)
Tal comentário leva-nos a perguntar: Não há confusão entre o 
poder de estado e a religião? Onde o fundamento de que é Deus 
que dá o poder aos governantes e que não são eles que o 
conquistam pela espada ou pela astúcia? Onde? Depois, que os 
maus governantes sejam a causa da ruína de um povo ninguém 
duvida, mas que Deus tenha qualquer coisa a ver com isso, já é 
pura “fantasia” da… Fé!
- “Aqui estou Eu contra ti, monte Seir. (…) Alegraste-te quando 
a herança da casa de Israel ficou deserta. Pois bem! Vou fazer o 
mesmo contigo. (…)” (Ez 35)
- É! A total e inequívoca bênção de Javé ao “Olho por olho, dente 
por dente”! Nos tempos bíblicos, nos tempos de hoje, pois 
“retaliação” é a palavra que mais se ouve lá para as bandas de 
Israel! O pior é que por um morto, se matam dez, aumentando o 
ódio em todos os corações, sendo todos vítimas do mesmo 
sem-amor, esquecendo-se Jesus Cristo, mas certamente lembrando 
esta Bíblia do Antigo Testamento que tanta violência apregoa…

- “Assim diz o Senhor Javé: Não é por causa de vós que estou a agir 
assim, ó casa de Israel, mas por causa do meu Nome Santo, que 
profanastes no meio das nações aonde fostes parar.” (Ez 36,22)
- E comenta-se: “Dispersos à força, os israelitas profanaram o Nome 
de Deus entre as nações, já que os povos viram nesse facto, não tanto 
o castigo divino, mas sobretudo a incapacidade do Senhor em 
defender o seu povo. Estão em causa a honra e a santidade de Javé.” 
(ibidem)
E nós, mais uma vez: Então não sabia Javé que tal iria acontecer? 
Não era Ele o motor da História? Como pôs em causa a sua honra e 
a santidade do seu Nome? Como se pode considerar um Javé que 
não mede as consequências dos seus actos? Tudo é simbólico, 
dir-se-á. Mas continuamos a não entender porque umas vezes é 
símbolo, outras, realidade. E com tantas confusões, não há Deus 
que nos valha!…
- “Farei deles uma só nação na Terra, nos montes de Israel, e um 
só rei governará sobre todos eles. (…) Eles serão o meu povo e Eu 
serei o seu Deus. O meu servo David reinará sobre eles, e haverá 
um só pastor para todos.” (Ez 37,22-24)
- Irrita esta exclusividade, obviamente não divina de… “meu povo”? 
Que simbolismo resistirá a tantas limitações de Javé? E “o meu servo 
David” é símbolo de algum outro ou é aquele que mandou pôr o seu 
general na frente de batalha, para que morresse, porque se apaixonara 
pela esposa dele… lembram-se?

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