quarta-feira, 6 de abril de 2016

Os pés de barro das três religiões monoteístas 3/3



3 - O islamismo

O islamismo ou religião muçulmana, também designada por maoemetismo ou islão, nasceu na Arábia Saudita, pelo ano 600 dC. Seu autor: o profeta-guerreiro Maomé. Seu livro dito sagrado: o Corão.
Maomé (Muhammad) nasceu em Meca, Arábia Saudita, pelo ano 570 ou 571, dentro da tribo que controlava o velho santuário politeísta da Caaba.
Por morte precoce dos pais, foi criado pelo avô e por um tio.  Maomé tornou-se um mercador e, aos vinte e cinco anos, casou com uma rica viúva de nome Khadija. Por volta de 610, aos quarenta anos e enquanto fazia um retiro espiritual na montanha Hira, disse que experimentou uma revelação divina: o arcanjo Gabriel ditou-lhe o livro do Alcorão, palavra directa de Deus. A partir desse momento, começou a proclamar o monoteísmo, a criticar o materialismo e a anunciar o dia do Julgamento Final.
Após a morte dos seus protectores, o tio e a rica Khadija, Maomé e os seus seguidores tiveram que fugir de Meca para Yathrib, devido aos ataques de que eram alvo. Esta migração, chamada de Hijra, ocorre em 622 e marca o início do calendário islâmico.
Em Yathrib, Maomé estabelece uma aliança com as tribos judaicas e pagãs que ali viviam, e conseguiu reunir uma força militar que provocaria a capitulação de Meca no ano 630. Em Meca, destrói os ídolos do milenar santuário Caaba e fixa a nova peregrinação. Por altura da sua morte, a 8 de Junho de 632, quase toda a península Arábica se encontrava unificada sob a bandeira do Islão.
Nos anos que se seguiram à morte de Maomé, houve quatro califas que consolidaram o islão, primeiro, na península Arábica, depois, sucessivamente, na Síria (Damasco), Jerusalém, Mesopotâmia, Alexandria (Egipto), Chipre e toda a Pérsia.
Nos territórios conquistados, instituíam dois tributos: kharaj (incidindo sobre a produtividade da terra) e  ejizya (para garantia de liberdade religiosa concedida aos não muçulmanos).
O quarto califa, o genro e primo de Maomé casado com a filha Fátima, Ali, 656-661, após várias guerras pelo poder, foi assassinado, sendo os seus seguidores designados por Xiitas, ficando os tradicionais a chamar-se Sunitas, provindo dessa data as duas seitas predominantes no Islão actual.
A expansão continuou, imparável: Síria, Arménia, Egipto e todo o norte de África, a Península Ibérica, Constantinopla, Tiblisi, Sicília, estendendo-se para o Cáucaso, passando pelo Iraque, Irão, chegando à Índia e, depois, a muita da Ásia meridional, com guerras e lutas intestinas, umas vezes respeitando as religiões locais, outras, impondo o Islão pela espada, formando-se mais tarde o império Otomano, que reinou pelos países conquistados até à segunda guerra mundial.
Enfim: uma história de lutas político-religiosas em que o Islão levou quase sempre a melhor sobre as culturas ancestrais dos países conquistados, originando uma população de mais de mil milhões de crentes, dando pelo nome de muçulmanos, nome tanto em voga nos tempos que correm, infelizmente, pelos piores motivos: terroristas e sanguinários!
O islamismo é uma religião assente em cinco pilares: 1 – Proclamar que só Alá é Deus e Maomé o seu profeta; 2 – Respeitar o mês do Ramadão, o nono do calendário islâmico, um calendário lunar, jejuando durante o dia; 3 – Dar esmola aos necessitados; 4 – Rezar cinco vezes ao dia, virados para Meca; 5 – Ir, pelo menos uma vez na vida, em peregrinação a Meca.
Tudo estaria muito bem se não fosse o fanatismo e fundamentalismo em que muitos muçulmanos caíram, seguindo o Corão à letra, não permitindo qualquer outro credo que não seja o seu. As consequências estão à vista, muitos aproveitando a religião para atingir os seus mais sórdidos e pérfidos interesses, não olhando aos meios que utilizam, imperando quase sempre a violência. E é nos países muçulmanos actuais que se constatam os piores horrores cometidos entre “irmãos” na mesma Fé, matando xiitas sunitas e estes aqueles, sem dó nem piedade. Onde está o seu Deus de misericórdia, o Deus clemente e misericordioso aclamado no Corão?
O Islamismo, tal como o Judaísmo e Cristianismo, melhor, mais do que o Judaísmo e o Cristianismo, não merece qualquer credibilidade, como facilmente se deduz das suas nebulosas origens e como provaremos aqui, quando analisarmos criticamente o Corão. (Caso não sejamos ameaçados de morte por fazê-lo, claro! A vida, para nós, é o supremo bem! Nada justifica que a sacrifiquemos às mãos de uns quantos fanáticos que pensam dominar o mundo…)


2 comentários:

  1. Caro Francisco Domingues,
    Habituou-nos a textos de melhor qualidade. Este está fraquinho. Dois exemplos: o cisma entre xiitas e sunitas está muito mal explicado; o ramadão é variável, como o calendário muçulmano: este ano é em Junho/Julho e não em Fevereiro.

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  2. Obrigado, Carlos, pela rectificação. Espero pôr mais qualidade nos textos aquando fizer a análise crítica ao Corão (se me deixarem, claro!). Explicarei, então, a diferença quase ridícula que separa tão acerrimamente Xiitas e Sunitas.

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