sábado, 10 de janeiro de 2015

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 42/?

À procura da VERDADE no livro de JOSUÉ – 2/3



                           "O povo lançou um grito e tocaram-se as trombetas"

- A entrada na Terra Prometida é o exemplo acabado de um Deus que 
protege uns - os israelitas - e condena à morte ou ao desterro os outros! 
Obviamente, este Deus não é, não pode ser… Deus! E há histórias de… 
encantar, como a dos espiões salvos por uma esperta prostituta, salvando 
assim a sua vida e a dos seus (Js 2) e o milagre do Mar Vermelho 
a repetir-se nas águas do rio Jordão, abrindo-se para deixar passar a pé 
enxuto o “Povo eleito”: “Javé, vosso Deus, secou a água do rio Jordão 
(…) como fez (…) ao Mar Vermelho (…). Isso aconteceu para que 
todos os povos da Terra saibam como é forte a mão de Javé, a fim de 
que temais sempre a Javé vosso Deus.” (Js 4,23-24)
- Voltamos a perguntar: Deu-se realmente tal milagre? Que valor 
histórico tem tal feito ou tal afirmação? Se não tem valor nenhum, 
porque lhe damos crédito… divino?! Sejamos claros e intelectualmente
 honestos, proclamando a Verdade: ou o Jordão, naquele momento, 
por razões de seca, tinha pouca água ou o “facto” é pura invenção 
do autor para “divinizar” as chacinas que os israelitas iam cometendo 
sobre os povos conquistados: “tudo passando ao fio da espada”.
- E que dizer da imposição, por Javé, da circuncisão, já atrás exigida 
como sinal da aliança e aqui novamente repetida? (Js 5) Continua a 
parecer-nos que era, pelo menos, ou apenas, uma boa medida de 
higiene para quem certamente se lavava pouco e atribuída a Javé para 
lhe dar força e atemorizar o povo que a não praticasse!…
- Memorável… tremendo… é o que, em seguida, se diz de Javé: “(…) 
Gritai porque Javé vos entregou a cidade. A cidade com tudo o que nela 
existe, será consagrada ao extermínio em honra de Javé. Só ficarão com 
vida a prostituta Raab e todos os que estiverem com ela, pois ela 
escondeu os mensageiros que enviámos. (…) O povo lançou um grito 
e tocaram-se as trombetas. (…) Consagraram ao extermínio tudo o que 
havia na cidade: homens e mulheres, jovens e velhos, vacas, ovelhas 
e burros; passaram tudo ao fio da espada. (…) Incendiaram a cidade e 
tudo o que nela havia.” (Js 6,16-24)
- É guerra, é guerra, não é?! É preciso uma prostituta? Usa-se a prostituta e… 
ganha-se a batalha! Convém passar todo o ser vivo ao fio da espada? Espadas 
para que vos quero, senão para matar? Tudo - claro! - em nome de Javé! É… 
de espantar! É… de totalmente desacreditar em tal Deus, em tal Bíblia, em tal 
religião!  E não esqueçamos: esta Bíblia é o fundamento das várias religiões 
cristãs, onde pontua a católica. Mais: que humano, no seu perfeito juízo, 
ousaria matar, só por serem do “inimigo”, isto é, do povo agredido, os 
pobres animais, ali bem descriminados: vacas, ovelhas e burros? Ora, 
atribuir isto a uma ordem de Javé é o cúmulo da insensatez, já que de um 
sabor a fundamentalismo primário e irracional!


                                          Uma criança interpretando o Livro de Josué...

Concluímos: É incompreensível e obsceno que as religiões cristãs continuem 
a aceitar este livro como sagrado ou de inspiração divina.

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