segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Existir: drama ou a glória de ter vindo à VIDA? (2/4)




2 – Numa perspectiva cósmica, descendo o olhar do Céu à Terra


Plano 1

A Terra, planeta azul!
 – Idade: c. de 5 mil milhões de anos. – Distância média ao Sol: 150 milhões de quilómetros. – Diâmetro: 12.756.2 Km (no Equador), c. de 10 vezes mais pequeno que o de Júpiter e c. de 100 vezes mais pequeno que o do Sol.  – Movimentos: rotação, em volta de si mesma, dando origem aos dias e às noites; translação, em volta do Sol, completa em cada 365 dias (mais o ano bissexto, de 4 em 4 anos), com inclinação do eixo de rotação, dando origem às estações do ano. – Início da vida: c. de 3,5 mil milhões de anos. – Aparecimento do ser humano: c. de 5 milhões de anos. –  Seres vivos, animais e plantas: muitos milhões de espécies, sempre evoluindo, muitas desaparecendo em drama existencial. – Humanidade actual: c. 7 mil milhões.


Plano 2
A Terra – planeta rochoso de dimensão média, mas relativamente pequeno – fotografada a partir de um dos anéis de Saturno, a c. de 135 milhões de quilómetros de distância: um pequeno ponto azul no espaço. E estamos dentro da órbita do Sistema Solar, cujo diâmetro é de, até Neptuno, de 4.500 milhões de km, podendo ir até 135.000 milhões, com os planetas periféricos.




Plano 3
O Sistema Solar, na galáxia Via Láctea, de 100 mil anos-luz de diâmetro e com c. de 200 mil milhões de estrelas, fica situado na periferia da galáxia, girando com ela, levando mais de 200 milhões de anos a dar uma volta completa, sendo o Sol apenas um ponto luminoso, igual a qualquer das 200 mil milhões de estrelas, e de tamanho médio, da mesma Galáxia.
A Terra vista de um dos anéis de Saturno
Plano 4
A galáxia Via Láctea é apenas uma entre os milhares de milhões de outras já conhecidas no Universo até agora observado e observável, dando-nos a sua grandiosidade, apresentando-nos distâncias absolutamente impossíveis de percepcionar. Pois, quem poderá visualizar a distância de 1 ano-luz? E há estrelas que estão a milhares de milhões de anos-luz de nós, ignorando completamente o que haverá para além delas…


A Galáxia Via Láctea


Plano 5
O Universo é composto por matéria/energia luminosa ou visível (c. de 5%) e de matéria/energia escura ou invisível, preenchendo os espaços interestelares e intergalácticos (c. de 95%). Quais os seus limites? Sem limites, i.é., INFINITO e por isso ETERNO? – É uma hipótese cativante que abre horizontes fantásticos ao pensamento humano!


Bela imagem dos signos do Zodíaco, dando asas a uma pseudo-ciência: a astrologia


Conclusões inteligentes:
1 – Embora a Terra seja um pequeníssimo ponto perdido algures no Universo, fazendo parte de uma galáxia entre milhares de milhões de outras, orbitando uma estrela entre milhares de biliões de outras, estrelas que terão os seus planetas como o nosso Sol, fazendo da Terra um ponto ainda mais pequeno e mais perdido no espaço, isto é, sem qualquer relevância ou interesse para o Universo…, ela é a nossa casa, enquanto seres viventes, casa onde deambulam os tais 7 mil milhões de almas humanas, digladiando-se dia a dia, julgando-se cada uma de suma importância, querendo ganhar este mundo e o outro, normalmente à custa do seu vizinho ou semelhante, construindo uma sociedade absolutamente absurda, onde há uma minoria de muito ricos e uma maioria avassaladora de muito pobres, pobres que passam toda a espécie de privações e morrem precocemente, sem ter “cantado” um hino à VIDA como esta merece e como cada alma foi convidada a “cantar”! E é essa minoria que detém o poder, é essa minoria que declara a guerra em detrimento do diálogo, que prefere a ganância à solidariedade. E quem são? – Todos os políticos, todos os financeiros, todos os economistas, todos (ou quase todos…) os religiosos fundamentalistas! Todos eles apoiados por uma indústria militar de armas, em ordem a fazer a guerra – homens matando outros homens! – embora hipocritamente dizendo que é para salvaguardar a paz…
2 – Só quando todos estes humanos se posicionarem no Céu, seja na galáxia mais distante, seja apenas num dos anéis de Saturno, e dele descerem o olhar até à Terra, apercebendo-se de quão pequena e insignificante é a “casa” que habitamos…, só então verão quão ridículos são, por não serem capazes de construir um mundo com uma sociedade que seja um Paraíso para todos e não apenas para alguns, relegando os outros – e são tantos, tantos!... – para o Inferno de todos os sofrimentos. Logicamente, começando por adequar os nascimentos aos recursos naturais disponíveis!

Ah, se o Homem soubesse/quisesse olhar o Céu e dele, imaginando-se perdido naquele imenso azul, olhar a Terra! Construiríamos aqui o Paraíso real, Paraíso que nada tem a ver com o fictício ou fantasmagórico que as religiões hipocritamente prometem aos Homens. De certeza que tal será um dia realidade. Mas só quando a Ciência e o conhecimento, através da educação para a cidadania e para a ética, entrar na alma de todos os seres vivos inteligentes e que se arrogam de uma inteligência superior: o mesmo Homem! Por enquanto, o “salve-se quem puder” parece imperar neste mundo de corruptos e hipócritas…

2 comentários:

  1. "2 – Só quando todos estes humanos se posicionarem no Céu, seja na galáxia mais distante, seja apenas num dos anéis de Saturno, e dele descerem o olhar até à Terra, apercebendo-se de quão pequena e insignificante é a “casa” que habitamos…, só então verão quão ridículos são, por não serem capazes de construir um mundo com uma sociedade que seja um Paraíso para todos e não apenas para alguns, relegando os outros – e são tantos, tantos!..."
    Acredita que essa possibilidade de eventual posicionamento no Céu me assustaria ainda mais? Eu penso que sentiriam mais força ainda para continuarem a matar, ao verem a ínfima dimensão dos tais sete mil milhões de almas humanas indefesas. Esse seu posicionamento poderia desencadear-lhes um ainda mais atroz gosto por matar.

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    1. Caríssima, sou pessimista mas nem tanto! No fim de contas, acredito na racionalidade humana e que ela prevalecerá sobre os sentimentos de barbárie que animam o mesmo Homem. Posicionar-se no Cosmos, para já em imaginação, seria uma forma de o Homem se aperceber de que a realidade que vive na Terra é insignificante perante a infinitude do Universo. Mas, claro, isto só acontecerá quando a Ciência e o Conhecimento tiverem chegado a toda a humanidade; e também a sua consciencialização de que todos os humanos são intrinsecamente iguais. Talvez daqui a... um milhão de anos tenhamos atingido tal estado de "graça"! Nessa data distante, eu pedirei ao Deus junto do qual estarei, para vir cá ver o "mundo novo" e vou convidá-la para vir comigo. Aceita o convite? Ah! Ah! Ah!

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