domingo, 3 de abril de 2011

O Deus das religiões conhecidas não pode existir (3/6)

Convencidos que estamos de que convencemos “meio mundo” da impossibilidade da existência dos deuses de todas as religiões até hoje aparecidas nas diversas civilizações que fazem parte da História do Homem, resta-nos referir que a ideia de Deus, a sua existência ou a explicação da sua existência tem sido transversal ao longo dos séculos, e tema abordado por filósofos e teólogos de todos os tempos, sobretudo os mais próximos. Aliás, continua: teólogos de todas as religiões continuam a tentar provar o “impossível”, normalmente construindo pelo telhado, i.é., admitindo sem discussão, a revelação divina dos livros ditos sagrados. Provas? – Nenhumas!
De uma forma ou de outra, todos se esforçaram, ou se esforçam, por apresentar provas da existência de Deus, um único Deus, obviamente, tendo já desaparecido as causas ou razões que provocaram o aparecimento de inúmeros deuses e deusas, com um Olimpo criado ou fantasiado ao modo humano, fazendo-nos sorrir aquele Zeus lá pontificando ou aquela Vénus voluptuosa dando voltas à cabeça dos seus pares...
Assim, desde Sto Agostinho na sua “Civitas Dei” a Descartes nos seus “Princípios de Filosofia”, passando por S. Tomás de Aquino na sua “Suma Teológica”, foram apresentadas provas de cariz lógico-dedutivo, partindo do movimento ou da causalidade – se há movimento, houve primeiro um Motor – ou da contingência dos seres – se somos seres contingentes tem de haver um Ser absoluto – ou dos graus de perfeição – se há imperfeição, tem de haver a Perfeição – ou da existência do mundo e do Universo – se há algo criado tem de haver um Criador, pois do Nada nada vem – chegando-se assim à necessidade absoluta de um Ser Criador, um Ser Superior, Infinito e Eterno..., a quem se chama Deus! Em todos os argumentos, no entanto, esquece-se a incontornável verdade de que, se esse Ser é infinito e eterno, tem de ser Ele a Causa e o efeito, o Perfeito e o imperfeito, o Absoluto e o contingente, o Motor e o movimento...
Realmente, o único Deus racionalmente credível é aquele de quem já aqui falámos e voltaremos a falar: o Deus da Harmonia Universal que tudo integra e onde tudo se integra, Espaço e Tempo, nós também, obviamente! Um Deus fantástico, não?!

7 comentários:

  1. Seu Blog é muito interessante....parabéns..

    te seguindo...tenha um lindo dia.

    siga meus blogs: http://cartasdeumcoracao.blogspot.com/ e http://deusemminhaalma.blogspot.com/

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  2. Esta discussão nunca vai acabar enquanto existirem pelo menos duas pessoas que não consigam lidar com a insegurança provocada por não sabermos como surgiu e o que vai acontecer ao mundo que conhecemos.
    É muito mais fácil acreditar num deus, até porque o mundo é muito complicado e dá muito trabalho tentar compreendê-lo. A preguiça intelectual também é um factor que leva as pessoas a desistir de pensar, que é outra forma de explicar a crença. Desistir para aqueles que tiveram oportunidade de começar a pensar, porque muitos de tal forma são "evangelizados" desde a nascença e tal é a pressão ao longo da vida, que é questionável se alguma vez tiveram realmente uma oportunidade de pensar por eles próprios.

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  3. Panteísmo com integrais indefinidos

    dá no que dá

    Azeus

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  4. Olá, Raisuna Adimar!
    Quer explicar melhor o que são esses integrais indefinidos?
    Estarão do lado da Ciência e da razão ou do lado irracional da Fé?
    Saudações!

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  5. Caro author,
    O mundo - a Terra e mesmo o Universo - não é tão complicado assim. Sabemos já tanta coisa acerca deste sistema solar e deste universo visível, acerca da Vida e do Homem na Terra! O muitíssimo que desconhecemos não pode levar-nos a acreditar num Deus inexistente criado à imagem e semelhança do Homem! É contra a ignorância aproveitada pelos que se julgam mais espertos que tento lutar aqui, abrindo ideias e pensamentos a todos quantos quiserem exprimir-se e questionar.
    Saudaçoes!

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  6. Olá, Elisabete!
    Bem-vinda ao blog! Vou ver os seus. E, em cada visita, postarei um comentário.
    Saudações!

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  7. ... "Realmente, o único Deus racionalmente credível é aquele de quem já aqui falámos e voltaremos a falar: o Deus da Harmonia Universal que tudo integra e onde tudo se integra, Espaço e Tempo, nós também, obviamente! Um Deus fantástico, não?!"

    Sim, na verdade, um Deus fantástico se o meu conceito estiver correto, se alguma coisa, alguma vez, pudesse estar correta, admitido que seja podermos considerar que há 'muros' intransponíveis nesta nossa busca da verdade, de que "o meu Deus" não me deu, ainda, espaço para dúvidas.
    Continuando ...

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