segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O Natal: origem de todos os mitos cristãos

O Natal é, pois, o mito dos mitos! Inicia-se na Bíblia do A.T., com supostas profecias sobre um suposto Messias que haveria de nascer da estirpe de David, e é-lhe dado corpo pelos evangelhos, primeiro de Mateus, depois, de Lucas (nada sendo dito por Marcos ou João), com o aparecimento do Anjo a Maria, fazendo-a Virgem e mãe pela Força do Espírito Santo, a visita a sua prima Santa Isabel, o nascimento do menino numa gruta em Belém, acompanhado de todos os fenómenos celestiais já mencionados e de todos conhecidos.
Repetir-nos-emos se dissermos que tudo o que foi narrado não tem qualquer credibilidade histórica, já não falando na credibilidade racional e lógica, assunto que abordaremos mais tarde.
Comecemos pela Bíblia do AT: não aceitar que é apenas um livro de compilação de textos literários, uns, aglutinando heranças das culturas locais, ali do Médio Oriente, outros, da pura história do povo de Israel cujos líderes, para melhor dominarem o seu povo inventaram um Javé que ordenaria as leis que eles queriam impor..., e dizer que ela é palavra de Deus e palavra revelada aos Homens em ordem a preparar a vinda de um Messias salvador e redentor, Filho de Deus, é a mais completa efabulação que já se fez na História conhecida do Homem. E uma efabulação que teve as mais interessantes, por um lado, por outro, as mais dramáticas consequências.
O evangelho de Lucas, como aliás os outros evangelhos canónicos, e mesmo os apócrifos, não tiveram outro objectivo senão dar bases textuais a uma religião nascente, naquele viveiro de seitas religiosas que era o meio judaico da altura, todas ansiando por um Messias salvador que os libertasse do jugo romano sob o qual viviam. Portanto, sem qualquer intuito de credibilidade histórica!
Provaremos o que acabamos de afirmar sob dois pontos de vista: o filosófico, pela impossibilidade de um Deus, a um dado momento do tempo – apenas dois mil anos, quando o Homem já leva vários milhões de existência! – se ter lembrado de enviar um salvador ao Homem; o histórico, pela falta de credibilidade de toda a Bíblia quer do AT quer do NT.
Enfim: o Natal não existiu, o Menino Jesus do catecismo também não e muito menos o Menino Deus! Segundo reza a História, o Natal começou a celebrar-se no s. IV, na Igreja Ocidental (25 de Dezembro – calendário Gregoriano) e no s. V, na Oriental (7 de Janeiro – calendário Juliano), datas que ainda hoje perduram.

8 comentários:

  1. Olá, vim retribuir a visita gostei e vou seguir.... Bjs de luz...

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  2. SEI QUE HÁ DÚVIDAS...MUITAS IMPRECISÕES, DADOS QUE NUNCA PODERÃO SER CONFIRMADOS....DE QUALQUER FORMA É TAMBÉM UMA QUESTÃO DE CRENÇA...A CIÊNCIA NÃO EXPLICA TUDO...HÁ MUITA COISA QUE DÁ QUE PENSAR!!!

    ISSO SE EXISTIU O MENINO JESUS OU NÃO,NÃO SOU TÃO RADICAL...QUEM SABE...

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  3. Em meio às lendas e a parte histórica pura e simples, ainda quero crer que Jesus foi o maior filósofo de todos os tempos, e deixou lições inestimáveis, impossíveis de serem avaliadas.
    Sabe-se que o natal acontece em uma data estipulada, não coincide com a Bíblia, pois em dezembro na Palestina em neve, e os rebanhos estão recolhido. Mas a Bíblia fala que pastores estavam nos campos. Mas isso é só uma data. E existem crianças que confundem jesus com papai Noel.
    Mas ainda fico com a minha fé.
    Obrigada por ir lá no blog, a minha responsabilidade só aumenta, agora! Até Portugal veio me ver? rs rs rs
    Um super abraço

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  4. Agradeço os vossos comentários e interesse por estes temas que, para mim, são apaixonantes. Vamos por aqui, debatendo-nos nesta "guerra" entre Ciência e Fé, não pretendendo ganhar coisa nenhuma... Só procurando a VERDADE! Nunca me cansarei de repetir: "Quem se sentir bem com a sua Fé, que a guarde!" É que a vida é só uma e deve viver-se o mais gostosamente possível... Nem que para isso se acredite no impossível! De qualquer modo, o pensar todas estas coisas elevar-nos-á o pensamento e dignificará o nosso carácter de seres racionais.

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    1. Sr. Francisco,

      Neste ponto, nós pensamos como um só homem: se crer numa religião faz bem a uma pessoa, e não a leva a entrar em conflito com as outras, não há porquê tentar "convertê-la" à dúvida.
      Parabéns!

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  5. Olá Francisco, muito interessante esta história mesmo! Obrigada pela visita em meu blog. Abs.

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  6. Bom dia Francisco,
    primeiramente vim te agradecer pelo ensinamento que me destes, sua visita foi maravilhosa.
    Estou encantada com tudo que vejo por aqui, vejo que tenho muito o que aprender aqui.
    Eu não sabia do que você me disse hoje, mas curiosamente nunca gostei de natal...
    enfim, me tornarei seguidora dos seus dois blogs, pra eu ter acesso fácil sempre, e apreciar devagarinho, como um vinho antigo. Se quizer me seguir também fique a vontade.
    bom domingo.

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  7. Olá, Sônia!
    Já lhe agradeci no seu blog. Pois é: embora o Natal seja uma invenção da Igreja ou das igrejas cristãs, não deixa de ser uma quadra com os valores da solidariedade, da paz e do amor. E isso é bom! Infelizmente, o comércio aproveitou-se, inventando o Papai Noel, e a Igreja continua a pregar uma falsidade de um Deus Menino não se focando apenas na mensagem de um Jesus que morreu exactamente por ter defendido a fraternidade universal e o AMOR.
    Falaremos mais destes assuntos apaixonantes.
    Francisco Domingues

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