À procura da VERDADE no APOCALIPSE – 435/?
– “Caiu! Caiu
Babilónia, a Grande!… Ai, ai, a Grande Cidade! Ó Babilónia, cidade poderosa,
uma hora apenas bastou para o teu julgamento!… Tudo o que é grandeza e
esplendor está perdido para ti, e nunca, nunca mais voltará!… Ai, ai, ó Grande
Cidade!… bastou uma hora para a tua riqueza se reduzir a nada!… Bastou uma hora
para ficares arruinada!… (…) Alegra-te, ó Céu, com a sua ruína… Babilónia, a
Grande Cidade, nunca mais voltará a ser vista!… Aleluia! A salvação, a glória e
o poder pertencem ao nosso Deus… Deus julgou a grande prostituta que corrompeu
a Terra, com a sua prostituição e vingou nela o sangue dos seus servos.”
– É a intervenção
de Deus na História - concepção de tanto agrado de alguns exegetas… E o castigo
do pecado por catástrofes naturais ou provocadas pelo Homem…, catástrofes abundantes no
Antigo Testamento… Também terminando o Novo, com este Apocalipse… Onde estará a
VERDADE de um Deus realmente interventor? Onde?…
Depois, aquele
alegrar-se do Céu com a ruína de uma grande cidade é… tão pouco divino! E que
dizer de Deus a “vingar nela (sua destruição) o sangue dos seus servos”? Que
Deus, meu Deus, tão pouco Deus, melhor, tão eivado dos defeitos humanos!
É: todo o
Apocalipse respira ódio, vingança, satisfação da ira de Deus. Mas… que Deus?
Chega a ser um Deus tão humanizado que fica inferior ao Homem ou lhe ganha
naquilo que o Homem tem de pior: a ira, a inveja, a cobiça, o ódio…
– “Vi um Anjo
descer do Céu… Vi então tronos e os que se sentaram nos tronos receberam o
poder de julgar… Depois vi um grande trono branco e Alguém sentado nele… Vi
depois um novo Céu e uma nova Terra… O Anjo mostrou-me o Rio da água da Vida,
brilhante como cristal, que brotava do trono de Deus e do Cordeiro… e disse-me:
«Estas palavras são verdadeiras e dignas de fé, pois o Senhor, o Deus que
inspira os profetas, enviou o seu Anjo para mostrar aos seus servos o que deve
acontecer muito em breve. Eu virei em breve. Felizes os que observarem as
palavras da profecia deste livro… Eu virei em breve… Sim! Virei muito em
breve!…» (Ap 20-22)
– Mais visões! Sobretudo de anjos, muitos anjos e tronos, muitos tronos num espaço a que se chamou
de Céu. São o estilo literário que João inventou para dar largas à
sua imaginação, imaginação delirante raiando o doentio e, muitas vezes, o
perverso, como vimos há pouco.
Talvez o Rio da
água da Vida simbolize o Espírito Santo, que procede do Pai (Deus) e do Filho
(Cordeiro), embora não se compreenda, obviamente, quem seja o Espírito Santo,
essa figura inventada para explicar o mistério da inventada Santíssima Trindade…
A brevidade da anunciada vinda de Deus é que se ficou na incógnita da História… Faz parte da crença na vinda de Deus para julgar os vivos e os mortos, vinda que ainda hoje os crentes esperam e rezam no Credo da Missa: “Jesus Cristo… ressuscitou… subiu aos Céus, onde está sentado à direita de Deus-Pai, donde há-de vir para julgar os vivos e os mortos…”
“Lindo” Credo, não é?!
Mas a Verdade certa e
sabida – e… plenamente confirmada! – é que não há vinda nenhuma nem julgamento
nenhum, havendo apenas desaparecimento de todo o humano, após o curto tempo que
lhe foi concedido de Vida, integrando-se, desfeito que foi em átomos e moléculas, na matéria donde veio, donde se alimentou e donde foi moldado…
Aliás, esse tal judeu Jesus a quem os seguidores divinizaram, disseram Filho de Deus, apelidaram de Messias e de Cristo, onde estará agora? Vá lá: por uma vez, sejamos racionais ou... racionalistas! Não nos venham dizer que ressuscitou, subiu aos Céus (que não existem!) e está sentado à direita de Deus-Pai, Deus que também não existe como o próprio Jesus o definiu! Não! Esse Jesus, tal como qualquer humano, morto às mãos dos romanos, tornou-se pó e integrou-se no donde um dia veio, através dos seus pais Maria e José: a matéria. NADA MAIS!!!
E... bendita seja a RAZÃO que nos leva a esta inquestionável VERDADE!