Que consciência tens da tua realidade e da realidade
em que te inseres?
É que a realidade ou, se quiseres, a Verdade da Vida é inquestionável e
só não a vê, sente ou dela tem consciência quem não quer. E qual é? –
perguntarás, feito ignorante:
ÉS FILHO DO TEMPO E DA MATÉRIA, PARTÍCULA DE MATÉRIA COM A
PARTICULARIDADE DE TER UM CÉREBRO QUE, SENDO PURA MATÉRIA, PRODUZ NÃO-MATÉRIA:
RACIOCÍNIOS, EMOÇÕES, SENTIMENTOS E TEM CONSCIÊNCIA DE SI E DA SUA FINITUDE.
Basta? – Sim! Apareces, no Tempo, por puro acaso, na evolução imparável
de tudo o que se passa no Universo e… vais desaparecer no Tempo, sem qualquer
hipótese de outra alternativa.
Todo o ser – vivo e não vivo – sendo já produto da evolução, evolui desde
que aparece até desaparecer/se transformar, naquela evolução imparável em que
tudo se move, não se sabe de onde nem para onde. Mas… move-se! Ao ser vivo,
cabe a sina de desaparecer como tal e se transformar em átomos e moléculas que
se vão integrar noutra qualquer realidade viva ou não viva.
Assim, tu!
Sendo uma partícula de matéria, sem qualquer significado mesmo para a
Terra e muito menos para o Universo, alimentas-te dessa Terra que também não
passa de uma partícula de matéria sólida, também sem qualquer significado para
o mesmo imensíssimo Universo. Não existiras tu nem a Terra e tudo continuaria
no eterno retorno do mesmo ao mesmo através do diverso, tal parece ser a sina
deste Universo de que nos apercebemos mas que muito provavelmente não será
único num Espaço que tudo leva a crer que seja infinito e… eterno.
Resta-nos perguntar, ó Homem, se tens consciência da tua infinita
pequenez e insignificância, porque não consegues, com toda a tua inteligência,
criar uma humanidade fraterna e fazer da Terra um Paraíso, Paraíso sempre tão
desejado mas, cada vez mais longe de ser alcançado, dando assim sentido pleno à
VIDA a que tiveste a sorte de aceder, sem nada teres feito para tal sorte?
Fica a pergunta. Oxalá não fosse necessária uma resposta de desculpas
para tal fracasso humano! Mas, por enquanto - e até quando? - a realidade é triste, não conseguindo alcançar desideratos de Paraíso, preferindo Infernos e seus demónios...
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