segunda-feira, 28 de abril de 2025

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 426/?

 

 À procura da Verdade nas Cartas – 426/?

 1ª Carta de S. PEDRO – 2/2

 – “Felizes de vós quando fordes insultados por causa do nome de Cristo.” (1Pd 4,14)

– O Mestre Jesus já havia dito o mesmo. Nós não concordamos nem com um nem com outro. Insultar, claro, que não vale a pena; mas questionar e pôr em causa afirmações como muitas do judeu Jesus a quem chamaram de Cristo, faz todo o sentido, pois nas suas afirmações joga-se o Além da Vida e a sua veracidade ou falsidade.

– “Os que sofrem de acordo com o projecto de Deus…” (1Pd 4,19)

– O que será isso de “sofrer segundo o projecto de Deus”? Que Deus é este - já tantas vezes o perguntámos! - que Deus é este que baseia o Céu para o Homem no sofrimento num vida efémera terrena? Como duvidamos de tal “interpretação” de Pedro, Paulo ou do próprio Jesus Cristo, cuja morte e morte de cruz nunca entendemos/aceitámos como vinda de Deus! Como somos levados a pensar - e diria com total razão, sem qualquer sentimento de arrogância mas com toda a humildade de quem procura ansiosamente a VERDADE - como somos levados a pensar que todas as interpretações religiosas do sofrimento humano não passam de paliativos para que o sofrimento seja o menos insuportável possível para quem dele é vítima!

    Aliás… vejamos a incongruência e até o caricato da questão, posta de um ponto de vista religioso: se o sofrimento tem assim tanto valor em ordem a alcançar a vida eterna, porque não nos “devotamos” ao sofrimento e o maior possível - flagelação e morte de cruz, seria óptima opção!… - para o mais rapidamente possível alcançarmos a plenitude e o Céu que nos é prometido em recompensa por tal sofrimento? Porquê? E é pergunta que fazemos a todos os Santos mas sobretudo a… Jesus Cristo!

    É! Jesus Cristo terá mesmo de vir de novo à Terra, explicar-nos tal nonsense, sob pena de, se o não fizer, não sabermos mais se mesmo nele poderemos ter alguma confiança!…

    Se é que alguma vez já a tivemos! Não o “subjugámos” com dezenas, centenas, milhares de perguntas ao longo da leitura dos “seus” Evangelhos? Acaso nos respondeu a alguma delas?… Então…

terça-feira, 22 de abril de 2025

FRANCISCO, O PAPA, MORREU! No dia de PÁSCOA de 2025!

 Irá ressuscitar, como acreditou na Ressurreição de Jesus Cristo?

Francisco, foi uma luz numa Igreja decadente, envolta em numerosos escândalos de sexo e de dinheiros do Banco do Vaticano, com lucrativos negócios, diz-se, em drogas e armas.

Além de pôr alguma ordem na estrutura hierárquica da Igreja, foi um paladino da paz, da fraternidade universal, do humor, do riso, da alegria de se ser cristão. E do que é ser cristão: tolerante, pacífico, pobre, fraterno, solidário.

Por isso, se dentro da Cúria criou inimigos, no mundo inteiro foi aplaudido por ter defendido e implementado aqueles valores. Excepto pelos senhores da guerra, pelos medíocres, pelos fanáticos, pelos ambiciosos sem medida, pelos que têm o DINHEIRO como o seu Deus e o seu valor de referência. Seja a que preço for.

E, infelizmente, são esses medíocres, fanáticos, ambiciosos sem limites que governam o mundo e o tornam num inferno quando deveriam ser neles os construtores de um Paraíso.

E era tão fácil! Bastava saber-se distribuir melhor a riqueza, cada um recebendo conforme as suas aptidões e trabalho; pôr-se toda a capacidade e saber humanos ao serviço da Ciência, da Paz e da Fraternidade universal; cuidar do Planeta Terra, a nossa casa, não o conspurcando nem o invadindo de seres humanos, controlando a natalidade, para dar lugar ao maior número de espécies vivas possível e, assim, a diversidade ser ainda mais bela e mais adoradora da VIDA!

Já todos sabem o quanto somos contra todo o tipo de religiões, pois pensamos, neste ponto, como Karl Marx: "A religião é o ópio do Povo." É que são alienadoras e pregadoras de falsidades e acreditar em falsidades não cremos que dignifique as pessoas. Embora, para muitas delas, a religião seja um lenitivo na dor, na falta de esperança, nas frustrações, nas desilusões, no cansaço de viver, não se pensando mais que a VIDA foi um dom gratuito que nos foi dado pela Natureza, por acaso, e que é/será dom único e irrepetível e só nos resta vivê-lo o melhor que pudermos, em harmonia connosco e com tudo e todos os que nos rodeiam e fazem parte da nossa Vida. 

Enfim, não podemos esquecer que muitas guerras foram e são motivadas por fanatismos religiosos, embora a ganância seja o seu motivo maior.

Mas, aqui, evocando Francisco, fazemos uma excepção. Não fosse a religião cristã, não teríamos um S. Francisco de Assis, nem este Papa Francisco que "apenas" deixou duas coisas importantes por fazer nesta velha e anquilosada Igreja, dominada por velhos e barrigudos - há quem diga cheios dos vícios da gula e outros afins... - cardeais que compõem a Cúria romana: 1 - Acabar com o celibato obrigatório dos padres; 2 - Permitir às mulheres o acesso ao Sacerdócio.

Com o primeiro acto, evitaria muitos escândalos de abusos sexuais; com o segundo, abandonaria definitivamente o machismo bíblico que, vindo do AT, se prolongou pelo NT, e se manteve, na sua matriz, até agora, embora com nuances de modernidade.

Quanto à Páscoa e à suposta Ressurreição do judeu Jesus a quem chamaram de Cristo e de Filho de Deus, já provámos aqui a sua impossibilidade, logo a sua total falsidade, com argumentação histórica sólida, no texto de 30 de Março de 2023. Sugere-se a sua nova leitura.

Mas... VIVA A FESTA! VIVA  PÁSCOA! É que estamos vivos, caramba!



segunda-feira, 14 de abril de 2025

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 425/?

 

 À procura da Verdade nas Cartas – 425/?

 1ª Carta de S. PEDRO – 1/2

 – É verdadeiramente estranho! Já não digo Paulo, mas os apóstolos que escrevem estas cartas, debitando muitíssimas vezes pensamentos ou mensagens de Jesus; é estranho que só raramente citem o Mestre para darem força a essas mesmas palavras… Que poderá significar tal atitude?

– “Essa herança está reservada no Céu para vós que, graças à fé, estais guardados pela força de Deus para a salvação que está prestes a revelar-se no final dos tempos.” (1Pd, 1,4-5)

– Novamente a ideia da vinda em breve de Jesus Cristo, confundindo-se com o final dos tempos… Já não sabemos o que pensar de tal ideia… Já agora, uma “perguntinha”: Se eles estavam escrevendo inspirados por Deus – como reza a Igreja – como é que Deus deixou passar tal falsidade, falsidade facilmente por nós comprovada? Depois, a herança reservada no Céu é só para os que têm fé. Ora como são muito poucos os que a têm, isso revela um tremendo fracasso de Deus em salvar a sua Criação! Obviamente inadmissível! Obviamente falsa a afirmação de Pedro!

– “Vós, servos, com todo o temor, submetei-vos aos vossos patrões (…) É louvável alguém suportar maus tratos, sofrendo injustamente por amor de Deus. Que mérito haveria em suportar com paciência, se fôsseis esbofeteados por terdes agido mal?” (1Pd 2,18-20)

– Faz-nos lembrar Jesus Cristo. “Amai os vossos inimigos. Se amardes os vossos amigos, que mérito tereis?” (Mt 5,46; Lc 6,27-35) Mas… aqui não se entende… Os servos sofrem e… calam?! Já não falando de que a condição de servos deveria ter sido condenada por Jesus e seus discípulos; mas aí, nem Ele nem eles chegaram, não sabemos se com receio de represálias, se para se integrarem no tempo. E voltamos a perguntar mais uma vez porquê fazer a apologia do sofrimento em nome de Deus, quando o sofrimento imposto pelos patrões aos seus servos deveria simplesmente apelar à revolta destes e não à sua submissão em nome de Deus e do Céu.

– “Vós, mulheres, submetei-vos aos vossos maridos:” (1Pd 3,1)

– Não “batamos” mais no machismo bíblico!… Embora sempre de reprovar em nome da Humanidade, em nome de Deus, o Deus de que estes escritores dizem ser intérpretes…

– “Não pagueis o mal com o mal nem o insulto com o insulto.” (1Pd 3,9)

– Bem poderia Pedro apelar aqui para a frase do Mestre: “Eu digo-vos: não vos vingueis de quem vos fez mal. Pelo contrário, se alguém vos bater na face direita oferecei-lhe também a esquerda!” (Mt 5,39)

E a sua mensagem ficaria bem mais valorizada… Mas aqui vai contra a tradição judaica do “Olho por olho, dente por dente”, tradição humanamente compreensível mas não muito louvável.

– “Terão de prestar contas Àquele que em breve há-de julgar os vivos e os mortos.” (…) O fim de todas as coisas está próximo.” (1Pd 4,5 e 7)

– Afirmações reais ou… simbólicas? Só perguntando a Pedro o que é que realmente pensaria… Para nós, é mais uma “acha” para a nossa confusão… Melhor: é mais uma vez a prova provada da não inspiração divina destes escritores que se enganaram redondamente. Aliás, apelando para a Ciência, bem sabemos que não há fim do mundo nenhum, antes que a Terra cumpra o seu desígnio de viver mais uns 4 a 5 mil milhões de anos, não sabendo nós o que irá acontecendo, neste tão vasto período de Tempo, às espécies vivas, à VIDA em geral, e à espécie humana em particular.

Aqui, todas as hipóteses são possíveis! É que, para já, apenas sabemos que a espécie humana, ramo da classe dos primatas, só apareceu há uns escassos 4 a 5 milhões de anos – foi ontem! – e terá todas as hipóteses de evoluir para formas absolutamente inexpectáveis!

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 424/?

 

 À procura da Verdade nas Cartas - 424/?

 Carta de S.TIAGO

– “Alegrai-vos por terdes de passar por todo o tipo de provações, pois bem sabeis que aprendeis a perseverar quando a vossa fé é posta à prova.” (Tg 1,2-3)

– Não será preferível perseverar sem provação? Quem nos poderá convencer de que o sofrimento é necessário para alcançar a vida eterna? Se custa trabalhar, se custa ter um filho, se custa levantar cedo, se custa suportar calores ou frios ou… indesejáveis companhias e incompreensões, não aceitamos tais sofrimentos só em função de um bem maior?

    Aqui, a vida eterna (no Céu, entenda-se!) seria o maior de todos os bens. Pena é que não tenhamos a certeza de que exista… Pior: temos a certeza de que não existe, simplesmente porque não cabe na categoria existencial a que os humanos pertencem: a VIDA!

    E o sofrimento que nos vem por acréscimo, morte de ente querido, acidente dramático, doenças que nos destroem? – Aí, as religiões têm intervindo com máximas de purificação, auto-domínio, expiação de culpas, outras que não as que originaram porventura tais situações… Ora, como não temos alternativa, melhor mesmo é pensar que tiramos algum partido para o Além da vida desse sofrimento, tornando-o, assim, mais suportável!

– “Não foi Deus que escolheu os que são pobres aos olhos do mundo, para os tornar ricos na fé e herdeiros do Reino que Ele prometeu àqueles que O amam? (…) Ai de vós, ricos! Tivestes na Terra uma vida de conforto e luxo; estais a ficar gordos para o dia da matança. (…) Irmãos, sede pacientes pois a vinda do Senhor está próxima.” (Tg 2,5; 5,1-8)

– Isto de dizer que foi Deus que escolheu os pobres é o elogio da pobreza ou o conforto para aqueles que não tendo nada de seu na Terra, herdarão o Reino dos Céus? Mas… para que condenar tanto os ricos? Não podem também eles amar o próximo e serem salvos? Ou todo o rico é-o por meios fraudulentos, roubando o seu próximo? – Se calhar!… Faz-nos obviamente lembrar o Jesus Cristo dizendo que é mais fácil um camelo entrar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus… E como nunca poderíamos meter um camelo pelo fundo de uma agulha… Mas não podemos deixar passar a total falsidade do herdar o Reino dos Céus, sendo-se pobre e sofredor nesta vida… Não sabemos onde estes "santos" religiosos foram buscar tal macabra ideia. Pior: continuam ainda hoje a pregá-la por essas igrejas fora, baseando-se exactamente neste e noutros textos da Bíblia, Bíblia que dizem - falsamente, também! - ser "palavra de Deus".

– Novamente, a vinda do Senhor que está próxima… E, afinal, inda estamos à espera que venha… 

– Não digais: «Amanhã, vamos fazer isto ou aquilo.» não sabendo vós se estareis vivos amanhã. Dizei antes: «Se o Senhor quiser, faremos isto ou aquilo».” (Tg 4,13-15)

– É! De facto, “a vida é como a neblina que aparece por um instante e logo desaparece!…” (Tg 4,14)

– Então… “Até amanhã, se Deus quiser”!… Se bem que todos sabemos que Deus nada tem a ver com a nossa longevidade ou precocidade. Está tudo escrito não nas estrelas – que também elas têm os dias contados! – mas no todo-poderoso ADN que nos foi dado no acto da concepção. Tudo? – Não! Nós também dependemos da nossa atitude perante a VIDA: somos o que comemos, o exercício que fazemos, as amizades que alimentamos, o divertimento que causamos a nós e aos outros, o sorriso que conseguimos perante as adversidades, o optimismo que apregoamos. E… viveremos mais uns 10 ou 20 anos felizes e saudáveis até… cair para o lado, porque não fomos feitos para viver para sempre!