quarta-feira, 25 de junho de 2025

Do Fantástico ao Fantástico e dramático, ao Trágico

 O Destino e a saga de qualquer SER VIVO

  Nascer, viver e morrer são os três "momentos" em que um ser vivo, queira ou não, se vê envolvido. E tudo no Tempo! E, pelo que nos é dado saber, apenas no Planeta Terra, onde a VIDA apareceu – ninguém ainda sabe como nem exactamente o que é! – há cerca de 3.5 mil milhões de anos.

    Nascer é realmente fantástico: do nada ou, se quisermos, de um impulso vital entre dois seres já existentes – seja lá isso o que for! – unem-se células masculinas e femininas para gerar um novo ser. Com uma energia, uma força de viver que rapidamente ganha autonomia, mesmo dentro do corpo da mãe, não se coibindo de lhe gastar estrutura óssea ou molecular para se alimentar, formar, crescer e… vir ao mundo para ver o Sol brilhar… Um milagre! Não como os das religiões – todos falsos, todos inventados com propósitos vários – mas milagre real a dar sentido ao mistério que é a própria VIDA.

    Depois, a Vida é tantas vezes fantástica e há tantas coisas fantásticas na Vida que não sabemos por onde começar a enumerá-las. Talvez a mais importante, por ser a mais comum a todos, seja o próprio impulso que leva o ser a multiplicar-se para que a espécie não se extinga. E isso envolve paixão física, paixão emocional, paixão sentimental em que o físico e o psíquico (no caso do Homem e talvez da maior parte dos primatas) se misturam num sentimento chamado AMOR, embora muitas vezes não passe de uma atracção física irresistível.

     Isto no Reino animal. No vegetal, a falta de órgãos sensoriais sanguíneos gera toda uma outra dinâmica não menos bela não menos fantástica de pólens que se cruzam, de sementes que voam, de carbono que é absorvido e oxigénio que é libertado e que é vital para a respiração do mundo animal, de seivas que circulam e alimentam o ser. Mas lá está, no seu ADN, o misterioso impulso vital para que a espécie não se extinga!

    E, quanto a nós, é fantástico tudo o que deleita os nossos sentidos, tudo o que nos enche a alma, tudo o que nos faz sorrir, sonhar, amar…: a luz, as cores, as flores, a panóplia infinita de espécies vivas (que também se multiplicam, tendo lá os seus “amores” e as suas “paixões”…), a matéria e a energia que se manifestam em toda a realidade que nos envolve e nos propicia a mesma vida. Não houvera Sol, nem água e não existiria VIDA. Pelo menos, como a conhecemos. Enfim, o imenso prazer de pensar o fantástico e misterioso Universo onde este pequeníssimo astro que dá pelo nome de Terra, envolto em estrelas, teve um dia vida e um dia a perderá...

    O outro lado, o lado menos bom, o lado por vezes tenebroso da vida, existe mas não vale a pena ocupar-nos dele. Engloba toda a dor, todo o sofrimento, todo o desespero do corpo e da alma, vivido em tantos momentos que gostaríamos que não acontecessem. Mas, como inevitavelmente acontecem devido à nossa finitude, à nossa fraqueza, à nossa muitas vezes tão pouca inteligência no decidir a melhor opção perante situações ou – mais dramático! – devido ao azar que nos bate à porta, o melhor é tentar sorrir-lhe, ignorando-o como o mau da fita que é.

    Finalmente, temos o Trágico. O Inevitável! O inexorável fim! E como é inevitável e inexorável, melhor mesmo é também ignorá-lo, simplesmente, para nos focarmos em aproveitar ao máximo o tempo que nos resta de Vida – seja qual for a idade! – esta aventura única e irrepetível para cada ser que vem à vida. E brindemos a cada nascer de dia! E festejemos todos os dias! E riamos! E deliciemo-nos com todo o Belo que nos invade os sentidos! E… amemos, cantemos, dancemos, dando festa à nossa alma e ao nosso corpo para que resista o mais possível e o mais tempo possível, tentando ir para além do inexorável Fim.

    E também não vale a pena concluir nem dizer o que será o tenebroso DEPOIS! Os ignorantes dizem conhecê-lo e falam em eternidade; os sábios dizem que nada sabem a não ser que não há eternidade nenhuma para o que pertence ao Tempo... 

     Então, lancemos apenas um grande, um enorme, um fantástico, um imenso grito que ecoe para lá do Universo: VIVA A VIDA, CARAMBA!... Enquanto há VIDA!

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 430/?

 

 À procura da Verdade nas Cartas

 1ª Carta de S. JOÃO – 2/2

 – “Esta é a promessa que Ele nos fez: a Vida Eterna!” (1Jo 2,25)

– Promessa! Se pudéssemos ter a certeza de que era promessa divina!… Que revolta, meu Deus! Que revolta por não serdes capaz de Vos manifestardes de forma a nos deixares com certezas!… Dá vontade de blasfemar contra Vós. Mas também não vale a pena, pois os Vossos ouvidos não ouvem nem blasfêmias nem louvores simplesmente porque Vós – como os Homens Vos criaram – Vós simplesmente não existis, nem o Vosso Céu nem a Vossa Vida Eterna. Por isso…

–“Sabemos que quando Jesus Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos como Ele é.” (1Jo 3,2)

– Perceberam? - Não! Realmente ser semelhante a alguém por vermos como ele é, mesmo que esse alguém seja Jesus, não se percebe mesmo… Nem nos interessam “sábias” interpretações de exegetas estudiosos… pois não passam de… interpretações mais ou menos facciosas e mirabolantes que valem o que valem, i.é, NADA!

–“Os que praticam a justiça, isto é, amam o seu irmão, são filhos de Deus; os outros são filhos do Diabo. (…) Amar a Deus significa observar os seus mandamentos. (1Jo 3,10; 5,3

– Nada de novo!… De qualquer modo, atribuir ao Diabo o mal que os Homens fazem uns aos outros é, no mínimo, descartar as culpas. Os Homens fazem mal aos outros porque ou são egoístas, ou invejosos, ou perversos ou… maus mesmo! E é só! O Diabo também não existe. Se os Homens criaram os deuses das religiões à sua imagem e semelhança, de igual modo criaram o Diabo, o senhor do Mal… “Lindo”!

– “Deus deu-nos a Vida eterna e esta Vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a Vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a Vida.” (1Jo 5,11-12)

– Embora todo o entendimento seja possível, estas afirmações valem… ZERO. É um simples falar sem conteúdo, sem nexo, sem qualquer base de sustentabilidade. Mais lhe valera estar calado. Aliás, porque fala do que não sabe, mas apenas fantasia? Ao menos que tivesse a hombridade de dizer: A mim parece-me que… Ou: Eu imagino ou penso que… E não faria figura ridícula de “convencido”!

–“Nós sabemos que somos de Deus ao passo que o mundo inteiro está sob o poder do Maligno.” (1Jo 5,19)

– Não estarás exagerando, caro João? És mesmo ridículo – desculpa o desabafo. Quando dizes “Nós”, a quem te referes? Depois, “o mundo inteiro ser do Diabo” é tão deprimente que deixas o teu Deus em muitos maus lençóis: não enviou Ele o seu Filho para salvar o Mundo? Então, em que ficamos? Que fracasso é este do teu Deus?

    E com este exagero, nos despedimos… deixando de lado a segunda e terceira Cartas de João, por serem repetições desta primeira, deixando também a Carta de S. Judas, que não esquece as tristemente célebres Sodoma e Gomorra, indo, assim, directamente, ao… Apocalipse!

domingo, 15 de junho de 2025

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 429/?

 

 À procura da Verdade nas Cartas – 429/?

 1ª Carta de S.JOÃO – 1/2

 – Mais difícil ou tão difícil de entender, como Paulo, é João: “É esta a mensagem que ouvimos de Deus e que agora vos comunicamos: «Deus é luz e nele não há trevas.»” (1Jo 1,5)

– Perceberam? - Nós, não! Ou é tão óbvio que nem merece comentário: se é luz não é trevas!... E depois, aquela certeza de que é Deus que lhe está a revelar tal frase que não se entende é tão, tão… difícil de acreditar!… Pois para que quer Deus confundir quem dizem que quer salvar? Seria fazer estúpido Deus!…

– “Jesus Cristo é a vítima de expiação pelos nossos pecados; e não só pelos nossos, mas também pelos pecados do mundo inteiro. (…) Os vossos pecados foram perdoados pelo poder do Nome de Jesus. (…) Vós vencestes o Maligno. Não ameis o mundo (…) pois tudo o que há no mundo - baixos apetites, olhos insaciáveis, ganância das riquezas - são coisas que não vêm do Pai mas do mundo.” (1Jo 2,2-16)

– Repete Paulo, também sem nos convencer… E volta a mencionar o Diabo, sem qualquer prova de que exista. Afirma simplesmente. Fácil, não é?!…

    E… o mundo! Também do agrado de Jesus Cristo: “Eu venci o mundo… O meu Reino não é deste mundo…” Mas… o mundo não somos todos nós com as nossas virtudes, os nossos defeitos, os nossos desejos e a nossa alma que os controla? Ou o mundo são os nossos baixos apetites que nos levam aos ditos nossos “pecados”, a nossa consciência do mal, o… Maligno?

    Tudo bem! Problema é saber o que afinal nós somos… Só a metade que não é corpo de apetites, nem alma de desejos, nem sentimentos de ambições? Afinal, quem somos nós em ordem à salvação eterna pregada por estes ditos iluminados de Deus? Melhor: que credibilidade merecem estes pregadores de uma vida eterna fantasiada e nunca provada como existente?

– “Já chegou a última hora. Vede quantos anticristos já vieram! Daí reconhecemos que a última hora já chegou.” (1Jo 2,18

– Também João!… Depois de Paulo, Pedro e o próprio Jesus Cristo. E, afinal, a última hora não chegou! Também pediríamos a João que viesse cá abaixo, lá do lugar onde certamente se encontra nos etéreos Céus, para nos dizer se afinal enganou ou não os seus fiéis. Mas… como nem Deus parece ser capaz de fazer tal milagre… quanto mais João, mísero ser humano, como todos nós…

    E deveríamos ser, de uma vez por todas, intelectualmente honestos: Se os ditos que estão no Céu não conseguem vir cá à Terra e mostrarem-se aos humanos como existentes, como querem que os humanos acreditem que eles ainda existem e estão nesses Céus? Como?

Enfim, nós que escrevemos e que analisamos criticamente estes textos ditos inspirados por Deus, tentamos ser intelectualmente honestos. Parece-nos que todos os outros - crentes e pregadores destas inacreditáveis crenças - é que o não são!