sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Embora em férias, o nosso espírito não descansa!

 À procura da VERDADE sobre a eternidade

 Ao longo dos tempos, filosofias, teologias, exegéticas, hermenêuticas… todas nos andaram “enganando”, dizendo possuir a VERDADE. Uns a VERDADE da Bíblia, outros a VERDADE de Jesus Cristo, outros a VERDADE de Alá, outros, a VERDADE de um Buda, outros ainda, a da trindade Brama, Visnhu e Shiva. E comprometeram o seu Deus com o Tempo que assiste à Terra e ao Universo, quando Deus tem forçosamente de estar fora dele, senão nega-se a Si Mesmo.

É que temos de definir Deus como Ser Omnipotente e Omnisciente - pode e sabe tudo - Omnipresente - está em toda a parte, Terra e Universo - Eterno - nunca teve começo nem terá fim e Infinito – contém tudo o existente no Espaço e no Tempo. O Homem, defini-lo-emos como ser que aparece e desaparece no tempo, numa relação incontornável de um antes e um depois, desaparecendo com a frustração pensada - porque ser racional - e sentida - ai as emoções! - de se prolongar na eternidade sem saber se realmente se prolonga…

Então, onde está a VERDADE da vida eterna, eternidade que, consciente ou inconscientemente ambicionamos? Diríamos que “Se Deus existe realmente, não poderia ter-nos dado um desejo sem que ele pudesse de algum modo ou de alguma forma realizar-se.” Ou será que apenas nos podemos perpetuar nos filhos que na Terra deixamos, Terra que está condenada a desaparecer no turbilhão do desaparecimento do Sol, daqui a uns cinco mil milhões de anos? Não nos impedem as distâncias de nos prolongarmos noutros sistemas solares? Não ficariam mesmo assim - prologando-nos nos nossos filhos, sejam eles da carne ou do espírito - os nossos desejos novamente frustrados? Que pensarão, sentirão os nossos vindouros que assistirem à agonia da Terra que acompanhará inexoravelmente a agonia do Sol?

Depois, há os que não deixam nada de seu - inúmeros! quase todos! - nesta sua efémera passagem pela Terra. Que identidade deles permanecerá? Apenas pó? Que será feito daquela pequena ou grande capacidade de pensar, de se emocionar perante o Belo, o Firmamento, o Mistério, DEUS?!

É! Precisamos mesmo que Deus realmente exista para nos dar certezas! E - repetindo-nos! - se precisamos realmente que Ele exista, não existirá mesmo? Haverá melhor argumento do que este? Não ultrapassará os de S. Tomás de Aquino, do Ser Perfeito e Necessário, do Motor primeiro, da Causa primeira?

A Bíblia!… Que grande efabulação se fez a partir da Bíblia! Que Jesus Cristo se apresentou aos Homens como Messias, o Filho do Homem, o Filho de Deus!… Que Igreja, que santos, que mártires, que civilização - a ocidental judaico-cristã!… Que humanismo mas também que despotismo imperaram baseados em tais credos!…

Depois, teólogos e exegetas quiseram convencer-nos de mudanças no pensamento de DEUS!… Como se Deus fosse mutável com o Tempo e o pensamento dos Homens e que agora fosse um Deus-X para os Homens que ainda pensam que o Sol anda à volta da Terra e que o Céu é lá em cima… e, depois, um Deus-Y para os outros que vão evoluindo conforme as descobertas da Ciência!… Como tal Deus – sem dúvida, o Deus da Bíblia – se descredibiliza! Como nos parece muito mais aceitável e credível o Deus de Santo Agostinho nas Confissões quando ele ainda se questionava e questionava a Fé nas Escrituras! (Confissões, Liv.VI) ou, então, o Deus “proposto” pela Ciência: O TODO ONDE TUDO SE INTEGRA, ESPAÇO E TEMPO, tudo sendo partículas d’Ele, estando aí a nossa possível eternidade: centelha de vida que apareceu e desapareceu como individualidade, mas que permanece para sempre nessa partícula de Deus que um dia foi… 

Bonito, não é?!