À procura da VERDADE nos Evangelhos
Evangelho segundo S. JOÃO – 9/?
– A metáfora sempre presente para…
nos confundir. Na comida e na ceifa da seara. Alguém entendeu o que João pôs na
boca de Jesus? – Não! Logo, um objectivo – o de passar a mensagem da vida
eterna – falhado!
– O milagre da cura do filho
do funcionário romano “foi o segundo de Jesus”. (Jo 4,54) Esta precisão de “segundo” deixa-nos algumas dúvidas… Não tinha já Nicodemos dito “Ninguém pode
fazer os milagres que Tu fazes se Deus não estiver com Ele.”? (Jo 3,2) Então
este “segundo” foi lapso histórico ou… de memória do velho João? Aliás, por
esta altura da História de Jesus, já Mateus tinha narrado uma boa dezena deles…
Se realmente tivessem acontecido, era impossível que João não tivesse
conhecimento deles. Logo…
– “E tanto ele como toda a
sua família acreditaram em Jesus.” (Jo 4,53) Embora a facilidade de fazer
milagres fosse muita, neste caso, foi muito pouco frutífero: uma só família
acreditou por ter visto o filho do oficial ficar curado. Deus, SUPREMA
INTELIGÊNCIA, não “trabalharia” por tão pouco… Imaginemos que Jesus vinha cá de
novo à Terra… Era inconcebível que fizesse um milagre em cada família para que
toda a família acreditasse.
– Aliás, Cristo, ao ouvir o
pedido do oficial “Vem depressa comigo antes que o meu filho morra” queixou-se:
“Vós só acreditais quando vedes prodígios e milagres.” Mas lá lhe fez a
vontade: “Podes ir, que o teu filho está vivo.” E naquela mesma hora, o rapaz
ficou curado… É realmente espantosa esta suposta capacidade de fazer milagres,
mesmo à distância… Gostaríamos de ter visto para acreditar. No entanto, estavam
lá os outros que não acreditaram e o mataram. A pouca eficácia dos milagres na
conversão das pessoas é o maior argumento para afirmar a sua total invenção, embora sejam narrados como históricos.
– A narrativa da cura do
paralítico tem algo de caricato ou… de estranho. Oiçamos: “Existe em Jerusalém
(…) uma piscina (…) que tem à volta cinco galerias de colunas. As galerias
estavam apinhadas de doentes, cegos, coxos e paralíticos que esperavam o
movimento da água. Dizia-se que, de tempos a tempos, um anjo de Deus descia à
piscina e agitava a água. O primeiro que entrasse na água depois de agitada
pelo anjo, ficaria curado de qualquer doença. Encontrava-se lá um homem que
estava doente há trinta e oito anos. Jesus (…) perguntou-lhe: «Queres ficar
curado?» O doente respondeu: «Senhor, não tenho ninguém que me lance na piscina
quando a água começa a agitar-se. Quando lá chego, já outro entrou na minha
frente.» Jesus disse-lhe: «Levanta-te, toma a tua enxerga e vai para casa.” (Jo
5,1-8)
– A situação é realmente
estranha e uma avalanche de perguntas nos invade: “Porque perguntou Jesus ao
doente se queria ficar curado? Não era… evidente? E porque não curou todos os
outros se, em outras ocasiões, curara todos os doentes que lhe apresentaram?
Porquê só aquele e não todos? Onde o… critério? Acaso, se Jesus tivesse feito
tal pergunta a todos os outros, algum lhe teria respondido: «Não! Estou aqui
para ‘confraternizar’, para ser solidário com estes meus irmãos…»? Afinal,
quantos dos que entraram na água, depois de agitada - imaginemos a deprimente
correria de coxos, paralíticos, estropiados, para um ser o primeiro… - ficaram
curados? O agitar da água por um anjo que ficaria milagrosa, mas só para o
primeiro, era uma crença, um mito; porque não o desmistificou Jesus Cristo?”
(A análise crítica continua
no próximo texto)
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