À procura da VERDADE nos Evangelhos
Evangelho segundo S. JOÃO – 13/?
– Se pensávamos que as palavras
enigmáticas tinham acabado, enganámo-nos! Após narrar dois milagres, já
narrados pelos outros evangelistas, o da multiplicação dos pães e o de Jesus
ter caminhado por sobre as águas, João volta a surpreender-nos com as palavras
de Jesus: “Vós procurais-Me porque comestes até ficardes satisfeitos e não por
compreenderdes o significado dos meus milagres. Trabalhai não pelo alimento que
se acaba, mas pelo alimento que dura para a vida eterna. Esse é o alimento que
o Filho do Homem vos há-de dar porque Deus, o Pai, Lhe concedeu esse poder. (…)
A vontade de Deus é que acrediteis naquele que Ele enviou. (…) Não foi Moisés
que vos deu o pão que veio do Céu. Meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão que
vem do Céu, porque o pão de Deus é aquele que desce do Céu e que dá a vida ao
mundo. (…) Eu sou o pão da vida. Quem vem a Mim, nunca mais terá fome e quem
acredita em Mim, nunca mais terá sede. Eu já vos disse: vós vistes-Me e não
acreditastes. Todos aqueles que o Pai me dá virão a Mim. E Eu nunca rejeitarei
aquele que vem a Mim, pois Eu desci do Céu, não para fazer a minha própria
vontade mas para fazer a vontade daquele que Me enviou. E a vontade daquele que
Me enviou é esta: que Eu não perca nenhum daqueles que Ele Me deu, mas que Eu
os conduza à vida eterna. Esta é a vontade de meu Pai: que todo o Homem que vê
o Filho e nele acredita, tenha a vida eterna e Eu ressuscitá-lo-ei no último
dia. (…) Ninguém pode vir a Mim se o Pai que me enviou o não trouxer. E Eu lhe
darei a vida eterna. (…) Todo aquele que escuta o Pai e recebe a sua instrução
vem a Mim. Não que alguém já tenha visto o Pai. O único que viu o Pai é aquele
que vem de Deus. Eu vos garanto: aquele que acredita em Mim tem a vida eterna.
Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e no entanto
morreram. Eis aqui o pão descido do Céu. Quem dele comer nunca morrerá. (…) Eu
sou esse pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá para sempre. E
o pão que Eu dou é o meu próprio corpo, oferecido para que todos tenham vida.
(…) Eu vos garanto: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o
seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu
sangue tem a vida eterna e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia. Porque a minha
carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha
carne e bebe o meu sangue vive em Mim e Eu nele. E como o Pai, que vive, me
enviou e Eu vivo por Ele, assim aquele que Me receber como alimento viverá por
Mim. Este é o pão que desceu do Céu. Não é como o pão que os vossos pais
comeram e depois morreram. Quem come deste pão viverá para sempre.” (Jo
6,26-58)
– Mais um longo texto! Por
vezes repetitivo e, literariamente, pouco inspirado. Confuso e de difícil
entendimento. Teríamos de ser Deus para o entender!… Afinal, são considerações
de ordem teológica, feitas a partir do suposto milagre da multiplicação dos
cinco pães e dos dois peixes alimentando cerca de cinco mil pessoas,
considerações que só João fez, pondo-se no lugar de um Jesus falante: os outros
evangelistas limitaram-se a narrar o suposto facto.
(Análise crítica no próximo
texto)
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