À procura da VERDADE nos Evangelhos
Evangelho segundo S. JOÃO – 112/?
– Perdoem-nos ter-nos
alongado. O texto é cheio de… desentendimentos. Por isso, perguntamos: “Porque
não pode o Filho fazer nada só por Si? O que escuta o Filho do Pai? O que é não
fazer a sua vontade e fazer a vontade do Pai? Porque não pode dar testemunho de
Si e tem de ser o Pai a dar esse testemunho, nada valendo o que o Filho dá de
Si? Que obras dão testemunho de Jesus? Os milagres? Não fez Eliseu também
tantos milagres sem no entanto se “arvorar” em Filho de Deus? Ou os milagres de
Cristo têm credibilidade e os de Eliseu, não? Como é que se pode acreditar nas
palavras de Jesus, dizendo que foi o Pai que O enviou, se Ele próprio nos diz
que não ouvimos a sua voz nem vimos a sua face? Como podemos ter a certeza
absoluta de que as Escrituras dão testemunho dele? Novamente porque Ele o
afirma?”
E novamente a firmação da
vida eterna tendo de seguir-se Jesus para a alcançar, sem sabermos o que é
realmente seguir Jesus…
Depois, o que é buscar a
glória que vem de Deus? O que é “acusar diante de meu Pai”? Porque é que Moisés
é aqui chamado para condenar os doutores da Lei que parecem desconhecer que
alguma vez tenha falado deste Filho de Deus?
Realmente, os doutores da Lei
não o entenderam e… mataram-no! Nós também não o entendemos mas, obviamente,
não O “matamos”, na esperança de que alguma vez vislumbremos o caminho para a
vida eterna, vida eterna que teimosamente – vá-se lá saber porquê – os humanos
desejam alcançar…
Esta longa e enigmática
conversa de Jesus com as autoridades judaicas, desencadeada lá atrás pela cura
em dia de sábado, não é referida por nenhum dos outros evangelistas. Poderá
haver duas explicações: 1 – A dificuldade de entendimento e de reprodução fiel
destas palavras e ideias tê-los-á coibido de fazê-lo. 2 – Jesus não teve
conversa alguma, não passando de literatura inventada pelo velho João, no
intuito de continuar a construir o seu próprio Jesus Cristo como Filho de Deus.
Para nós, esta é a mais
provável. Aliás, no confuso emaranhado de ideias expostas – e que irão
continuar – revela-se a velhice de João cujo raciocínio, pelos 90 anos, já não deveria estar
muito lúcido e capaz de clareza nas revelações. E uma das provas mais evidentes
da falsidade de uma mensagem é a sua incompreensão por enigmática.
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