sábado, 10 de novembro de 2018

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 194/?



À procura da VERDADE no livro de SOFONIAS

- “Palavra de Javé (…): Eu vou acabar com tudo o que existe sobre a 
face da Terra (…) Acabarei com homens e com animais, acabarei com 
as aves do céu e os peixes do mar; destruirei (…) Eliminarei (…) 
Eliminarei (…) Eliminarei (…) Estenderei a minha mão contra Judá 
(…) Pedirei contas aos nobres e príncipes (…) Um clamor 
levantar-se-á (…) Está próximo o grandioso Dia de Javé (…) Será 
um dia de cólera (..), angústia e aflição (…), devastação e ruina (…) 
trevas e escuridão (…) “ (Sf 1)
- Lê-se na Introdução: “O profeta viveu e exerceu a sua actividade 
em tempos dramáticos para a região (…), na década de 640 a 630, 
pouco antes de Jeremias. O dia de Javé impõe-se como tema 
central da mensagem. (…) É o dia da cólera e da destruição que 
inspirou o “Dies irae” da Idade Média.” (A partir do texto do 
Dies irae - O dia da ira - Mozart compôs uma obra monumental, 
vozes e orquestra, colocando nela todo o terror que tal dia inspira. 
A ouvir!)
Nós perguntamos: Alguém entende ou entendeu o que é 
realmente este “Dia de Javé”? Quando? Como? Onde? Bem 
mais parece que o “Dia de Javé” será o dia da morte de cada um. 
O meu, o teu dia… O resto é pura retórica literária, sem qualquer 
conteúdo, nitidamente inspirado, não por Javé, mas pelo tais anos 
dramáticos em que o escritor vivia.
- “Grita de contentamento, filha de Sião! Alegra-te, Israel! (…) 
Javé eliminou o teu inimigo. Javé, o rei de Israel, está no meio 
de ti. Nunca mais verás a desgraça.” (Sf 3,15)
- Comenta-se: “Este trecho foi acrescentado no pós-exílio.” 
(ibidem) 
Portanto, cerca de 100 anos depois. De acrescentos, já dissemos 
tudo. E porque se alegra Israel? Porque Javé eliminou o seu 
inimigo. 
Sempre Javé como protagonista da História. Uma total aberração! 
Apetece dizer que Deus tem mais que fazer do que andar ali a 
satisfazer os caprichos/necessidades de Israel, que se auto-intitulou
 “seu povo eleito”. E, sem comentários, para não nos repetirmos, 
terminemos mais este pequeno livro.

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