À procura da
VERDADE no livro de AGEU
- Diz-se na Introdução: “Findo o cativeiro da
Babilónia, (…) ano 538
a.C., (…) o profeta Egeu entra em cena, (520 a.C.) com
uma missão
precisa: reunir os compatriotas à volta da causa comum que era a
reconstrução do Templo. (…) Se o Templo for reerguido, tudo correrá
melhor,
pois Deus habitará de novo, no meio do seu povo (…).”
(ibidem)
Deus a precisar de um Templo para habitar no meio do
povo é, pelo
menos, querer materializar o imaterializável. Não se percebe é se
é
opinião do profeta se do nosso exegeta. Seja de quem for, não deixa de
ser
bizarra e de um nonsense total. Os inventores do cristianismo, a
partir do NT, inventarão também a eucaristia e a hóstia onde permanece
aprisionado o Deus vivo... E, claro, uma habitação para ele,
proliferando por toda a parte as igrejas, capelas e catedrais, os
templos que substituíram o Templo antigo.
- “Assim diz Javé (…): Então, vós achais que é tempo
de habitardes
tranquilos em casas confortáveis, enquanto o Templo está em ruínas?
(…) Então, eles puseram mãos à obra na reconstrução do Templo de
Javé dos exércitos, seu Deus.” (Ag 1)
(…) Então, eles puseram mãos à obra na reconstrução do Templo de
Javé dos exércitos, seu Deus.” (Ag 1)
- Ainda se comenta: “O Templo virá a ocupar um lugar
insubstituível no
novo arranjo institucional.” (ibidem). Constata-se, portanto,
mais uma
vez, a importância religioso-política de um símbolo aglutinador do povo
bem “trabalhado” pelos seus dirigentes, aqui o profeta ajudando, ao
motivar o
povo para o trabalho de reconstrução, em nome de Javé. Teria
sido certamente
compensado por isso… Na Terra, claro!
- “Vou sacudir todas as nações e, então, as riquezas
das nações hão-de
vir para cá e assim encherei este Templo com a minha glória,
diz Javé
dos exércitos.” (Ag 2,7)
- Porque há-de Javé querer um Templo cheio de
riquezas? E riquezas
roubadas? E o que é a “glória” de Javé? E quem traz as
riquezas
roubadas das outras nações? Ah, que abominável classe sacerdotal
aquela, a viver à custa do Templo e dos impostos cobrados ao povo!...
E que
palavras tolas postas pelo profeta na boca deste Javé que, sem
qualquer pejo,
apela ao roubo e à injustiça.
A designação de “Javé dos exércitos” não será a mais
feliz. Mas, está
na lógica de uma Bíblia toda ela guerreira, com Javé ao
serviço do
seu povo eleito. Grande Javé! Mas tão apoucado pelos que lhe chamam
Deus…
Este é um livro pequeníssimo! A mensagem de VERDADE –
procurada e não encontrada ao longo de toda a Bíblia – também não
parece, aqui,
ser grande!
E já nos estamos aproximando do fim…
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