segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 195/?


À procura da VERDADE no livro de AGEU

- Diz-se na Introdução: “Findo o cativeiro da Babilónia, (…) ano 538 
a.C., (…) o profeta Egeu entra em cena, (520 a.C.) com uma missão 
precisa: reunir os compatriotas à volta da causa comum que era a 
reconstrução do Templo. (…) Se o Templo for reerguido, tudo correrá 
melhor, pois Deus habitará de novo, no meio do seu povo (…).” 
(ibidem)
Deus a precisar de um Templo para habitar no meio do povo é, pelo 
menos, querer materializar o imaterializável. Não se percebe é se é 
opinião do profeta se do nosso exegeta. Seja de quem for, não deixa de 
ser bizarra e de um nonsense total. Os inventores do cristianismo, a 
partir do NT, inventarão também a eucaristia e a hóstia onde permanece 
aprisionado o Deus vivo... E, claro, uma habitação para ele, 
proliferando por toda a parte as igrejas, capelas e catedrais, os 
templos que substituíram o Templo antigo.
- “Assim diz Javé (…): Então, vós achais que é tempo de habitardes 
tranquilos em casas confortáveis, enquanto o Templo está em ruínas? 
(…) Então, eles puseram mãos à obra na reconstrução do Templo de 
Javé dos exércitos, seu Deus.” (Ag 1)
- Ainda se comenta: “O Templo virá a ocupar um lugar insubstituível no 
novo arranjo institucional.” (ibidem). Constata-se, portanto, mais uma 
vez, a importância religioso-política de um símbolo aglutinador do povo 
bem “trabalhado” pelos seus dirigentes, aqui o profeta ajudando, ao 
motivar o povo para o trabalho de reconstrução, em nome de Javé. Teria 
sido certamente compensado por isso… Na Terra, claro!
- “Vou sacudir todas as nações e, então, as riquezas das nações hão-de 
vir para cá e assim encherei este Templo com a minha glória, diz Javé 
dos exércitos.” (Ag 2,7)
- Porque há-de Javé querer um Templo cheio de riquezas? E riquezas 
roubadas? E o que é a “glória” de Javé? E quem traz as riquezas 
roubadas das outras nações? Ah, que abominável classe sacerdotal 
aquela, a viver à custa do Templo e dos impostos cobrados ao povo!... 
E que palavras tolas postas pelo profeta na boca deste Javé que, sem 
qualquer pejo, apela ao roubo e à injustiça.
A designação de “Javé dos exércitos” não será a mais feliz. Mas, está 
na lógica de uma Bíblia toda ela guerreira, com Javé ao serviço do 
seu povo eleito. Grande Javé! Mas tão apoucado pelos que lhe chamam 
Deus…

Este é um livro pequeníssimo! A mensagem de VERDADE – 
procurada e não encontrada ao longo de toda a Bíblia – também não 
parece, aqui, ser grande!

E já nos estamos aproximando do fim…

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