À procura da
VERDADE nos livros Proféticos
ISAÍAS – 7/17
- “Vou varrer Babilónia com a vassoura da destruição
- oráculo de
Javé dos exércitos. (…) “O clamor espalhou-se por todo o
território
de Moab e os seus gritos chegam até Eglaim e Beer-Elim, pois a água
de Dimon está cheia de sangue. (…) O alarido das nações ecoa como
estrondo de
muitas águas. No entanto, Javé ameaça-as e elas fogem
para longe; voam sobre os
montes como palhas dispersas pelo vento,
como cisco no redemoinho. (…) A terra
de Judá será um terror para
os egípcios (…) que oferecerão sacrifícios e
oferendas e até farão
promessas a Javé e hão-de cumpri-las. Javé ferirá os
egípcios. Ele
vai ferir e depois curar. (…)” (Is 14-19)
- Aqui, afirma-se: “Trecho em prosa acrescentado ao
livro original
de Isaías, em época posterior depois que muitos judeus se
refugiaram no Egipto e formaram comunidades em vários lugares.”
(ibidem) E nós
voltamos a perguntar: Um livro inspirado não fica
desacreditado com
acrescentos? Acaso poderíamos nós acrescentar
agora alguma coisa, um oráculo,
por exemplo, para reclamar a ira
do Senhor sobre Israel ou sobre o Egipto ou
outro país árabe da
zona do eterno conflito que é o Médio Oriente, quando estes
se
interdevoram em guerras? E seria também de inspiração divina? E
não faria de
fé bíblica como nos ensinaram que o de Isaías fazia? De
cada vez que nos
interrogamos seriamente sobre a inspiração divina
da Bíblia, ficamos sem
respostas. Melhor: concluímos que não há
inspiração divina nenhuma… E nós bem
quiséramos que fossem de
uma vez banidos os mistérios que nos angustiam, que
Deus realmente
se revelasse! Não em sonhos ou visões, como diz Isaías de si
próprio,
mas aqui e agora a cada ser humano, em cada tempo e em cada
lugar,
para que não andássemos enganados por outros homens que se
dizem iluminados e
que nos exploram sentimentos e alma,
vendendo-nos o produto das suas
imaginações… Mas… a realidade
nua e crua é esta: NENHUMA CERTEZA!
- “Então Javé falou por intermédio de Isaías, filho
de Amós, como já
lhe havia dito antes:
Vai, despe esse pano de saco e tira as sandálias
dos pés. Assim fez Isaías,
que começou a andar nu e descalço. Depois,
Javé disse: Assim como Isaías meu servo, andou nu e descalço durante
três anos,
esse facto será um sinal e um exemplo para o Egipto e a
Etiópia. Pois é assim
que o rei da Assíria vai levar os captivos do
Egipto, os exilados da Etiópia,
jovens ou velhos: estarão nus
e descalços com as nádegas descobertas (a
vergonha do Egipto)”
(Is 20,2-4)
- Esta Bíblia é realmente um poço de
encenações/contradições… Então,
é simbólico ou foi mesmo verdade que Isaías
andou por ali três anos
mostrando as… “vergonhas” a quem não quis desviar os
olhos? É
simbólico ou foi mesmo verdade que os egípcios e os etíopes foram
levados pelos assírios, mostrando as nádegas? Acreditamos ou não
acreditamos?
Vamo-nos rir com tal brejeirice ou vamos ficar perplexos,
porque não viemos
aqui – isto é, analisar criticamente a Bíblia – para
rir, já que a “coisa” – a nossa
salvação ou condenação eterna – é muito
séria? Haja paciência de quem se
debruça sobre estes temas que, sem
qualquer pejo e numa total desonestidade
intelectual, a Igreja continua a
vender-nos como sendo de inspiração divina,
dizendo que a Bíblia é a
palavra de Deus, a palavra da salvação, como se reza
nas missas de
domingo…
A propósito de desonestidade intelectual...
ResponderEliminarO papa Francisco é realmente uma bênção mais para o mundo do que para a Igreja. Mas, como todos os eclesiásticos e teólogos, tem um problema: a Igreja e a religião católica em si. Todos eles sabem que a religião nasceu de um conjunto de falsidades apregoadas, desde o início, como verdades ou… a VERDADE! A verdade supostamente revelada e incarnada num suposto Cristo, suposto filho do Deus único, o DEUS VERDADEIRO. E, como não sabem explicar a maior parte das coisas que afirmam como VERDADE, remetem para a Fé e seus múltiplos mistérios. Ora, obviamente, trata-se de uma desonestidade intelectual inadmissível para qualquer ser pensante e racionalmente honesto. Mas – pergunto cheio de compreensão – o que hão-de eles fazer? É que, se forem intelectualmente honestos, começarão a negar tudo aquilo em que dizem acreditar, tudo aquilo a que durante dois milénios chamaram a… VERDADE, a VERDADE REVELADA! E isso seria o desmoronar de todo o edifício que herdaram dos seus antepassados e à sombra do qual vivem e para o qual vivem…