sábado, 15 de abril de 2017

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 132/?


À procura da VERDADE nos livros Proféticos 


ISAÍAS – 9/17

 - “Naquele dia, cantar-se-á este cântico na Terra de Judá: 
Nós temos uma cidade forte. Para a defender, Javé 
construiu muralhas e baluartes. (...) Confiai sempre em 
Javé, pois Javé é uma rocha para sempre. (…) Por ti suspira 
a minha alma a noite toda (…) Javé tu nos governarás na 
paz pois és Tu que realizas tudo o que fazemos. (…) Fizeste 
crescer a nação, Javé, (…) e manifestaste a tua glória (…).” 
(Is 26,1-15)
- Como entender que é Javé que realiza tudo o que fazemos? 
Depois, o mundo é comandado por homens e, infelizmente, 
bem mal comandado, como nos dá testemunho toda a História, 
tanto a antiga como a quotidiana. Mas… há mais oráculos 
para ler!
- “Ai da coroa soberba dos bêbedos de Efraim! (…) Sacerdotes e 
profetas estão confusos pela bebida, andam confusos nas suas 
visões, divagam nas suas sentenças. (…)” (Is 28,1 e 7)
- Que sacerdotes? Que profetas? É difícil de entender que o 
todo-poderoso Javé não estivesse com eles!…
- “Ai de Ariel, Ariel, cidade onde David acampou! (…) E Eu, 
então, vou apertar Ariel e só haverá choro e lágrimas. (…) O 
Senhor disse: Este povo aproxima-se de Mim só com 
palavras e só com os lábios Me glorifica, enquanto o seu 
coração está longe de Mim. (…) Por isso, continuarei a realizar 
maravilhas e prodígios; a sabedoria dos seus sábios fracassará 
e a inteligência dos seus inteligentes apagar-se-á. (…)” 
(Is 29,1 e 13-14)
- Socorramo-nos do comentário acerca deste oráculo: “Ariel é 
um antigo nome poético de Jerusalém. A cidade conhecerá a 
visita de Deus através das tropas assírias no ano 701 a.C., 
quando estas a sitiaram completamente. A situação era 
humilhante, sem saída, mas Deus libertou-a, enviando uma 
peste que obrigou o exército assírio a bater em retirada. Isaías 
vê nesse facto a intervenção do próprio Javé que arranca a 
cidade santa das mãos do inimigo.” (ibidem) Nós diríamos 
apenas que “confundir” visita de Deus com visita das tropas 
assírias é… é absurdo embora aceitável dentro da linha bíblica.
- “Ai de vós filhos rebeldes! - oráculo de Javé. Fazeis planos 
que não nascem de Mim, fazeis acordos sem a minha 
inspiração (…) Olhai: Javé em pessoa vem de longe! A sua ira 
é ardente e o seu furor é intolerável. (…)” (Is 30,1 e 27)
- Comenta-se: “Em 702 a.C., Ezequias, rei de Judá, envia 
embaixadores ao Egipto para pedir apoio contra a Assíria. O 
profeta critica violentamente essa atitude (pois) o Egipto, 
nessa época, era uma potência decadente (…)” (ibidem) 
Nós retorquiríamos: Tudo bem, profeta Isaías! Mas, porquê 
afirmas ser Javé que desaprova tal pedido de apoio? Não é 
apenas a tua “democrática” opinião, tão válida certamente 
como a contrária?
- “Ai daqueles que vão até ao Egipto em busca de ajuda e 
confiam nos cavalos. (…) Como ave que abre as asas para 
proteger os filhotes assim Javé dos exércitos protegerá Jerusalém. 
(…)” (Is 31,1 e 5)

- E Isaías não desiste, tal era a sua descrença na ajuda egípcia! 
Mas que o faça abusivamente em nome Javé, é inaceitável. A 
imagem da ave de asas abertas é… bonita!

2 comentários:

  1. Páscoa! Ressurreição! Crentes ou não crentes, não percamos a festa! A Primavera convida à vida que se renova! Votos de que sejamos capazes de rejuvenescer, sorrindo, cantando e dançando, deliciando-nos com os suaves manjares com que pudermos enfeitar a nossa mesa familiar! BOAS FESTAS!

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  2. Até que enfim, houve um eclesiástico que teve a frontalidade de dizer que em Fátima não houve aparição da Virgem, houve sim uma visão mais ou menos sentida por aquelas três crianças, da Virgem que veriam na Igreja ou na sua imaginação, supostamente recebendo uma mensagem de acordo com os cânones fundamentalistas católicos da época, tais como a existência do inferno, o sacrifício pela conversão dos pecadores, a conversão da Rússia, etc., etc. Foi o Pe Anselmo Borges no Expresso da semana passada. Assim, estarei de acordo com a verdade de Fátima: uma visão. Mas, num próximo texto, na 1ª semana de Maio, referir-me-ei mais profundamente sobre o assunto. BOM REGRESSO AO TRABALHO!

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