À procura da
VERDADE nos livros Proféticos
ISAÍAS – 6/17
- “Oráculo contra Babilónia, recebido em visão por
Isaías (…)
Gritai porque o dia de Javé está a chegar; Ele vem com a
violência
do Omnipotente (…) Estão apavorados, cheios de dores
e aflições (…)” (Is
13,1-8)
- Comenta-se a propósito dos capítulos 13 a 23:
“Estes capítulos
agrupam uma série de oráculos (…) Pertencem a circunstâncias
históricas bastante diversas e alguns são feitos por discípulos de
Isaías.
Apresentam uma visão da História a partir da fé: a História é
governada por
Javé que dirige os acontecimentos e age através
das nações.” O oráculo contra
Babilónia, “trata-se de um oráculo do
final do exílio (560-540 a.C.)” (ibidem).
- Apenas duas perguntas: 1 – Havendo, pelo menos,
dois Isaías, um
dos meados do séc. VIII a.C. e outro – os discípulos? – dos
meados
do séc. VI a.C., em qual deles esteve a inspiração divina?
2 - História é governada por Javé? Que provas palpáveis, racionais,
que não de fé,
existem? E, nestas questões históricas, a Fé é tão
frágil e tão pouco
consistente… É: com a Fé, a VERDADE
desaparece na penumbra dos horizontes sem
respostas…
- “Assim jurou Javé dos exércitos: Como planeei,
assim se cumprirá;
aquilo que decidi, realizar-se-á: liquidarei a Assíria
dentro da
minha Terra; no alto da minha montanha, espezinharei a sua
cabeça
(…)” (Is 14,24-25)
- Volta-se a comentar: “Em 701 a.C., o exército de
Senaquerib
invade o Reino de Judá e cerca Jerusalém. Uma epidemia, porém,
faz
com que as tropas assírias se retirem.” (ibidem). Mais uma vez
constatamos: 1 -
não saber se as profecias são anteriores ou
posteriores aos factos; 2 – que explicar
os acontecimentos
históricos, profetizados ou não, com a vontade de Javé, não
nos
merece qualquer credibilidade. Mas há mais oráculos:
- “Oráculo contra Moab: numa só noite, foi (…)
destruída (…);
contra Damasco: deixará de ser cidade e transformar-se-á num
montão de ruínas. (…); contra o Egipto (…): atiçarei egípcios
contra egípcios
(…); contra Babilónia (…): o traidor foi traído e o
devastador devastado. (…); contra
Duma (…), contra a Arábia (…),
contra Tiro (…). (Is 15,1 - 23,1)
- O nosso comentador explica (ibidem) estes oráculos
com vários
factos ocorridos à época: guerras entre a Assíria e Judá, Damasco,
Egipto, etc... Mas, como para Isaías, a História é comandada
por Javé que
determina os acontecimentos, os oráculos
parecem-nos mais imaginosas obras de
exercício literário, figurativas,
simbólicas, belas umas, outras nem tanto, do
que profecias de
inspiração divina. Por isso, nem nos servem a nós, nem muito
menos a… Deus! Aliás, mesmo que houvesse qualquer tipo de
profeta neste Isaías,
porque apelar para a inspiração divina? Divina,
porquê? Mais contundente: para
quê?!
Pensamento da semana:
ResponderEliminar"Não eduques o teu filho para ser rico,
educa-o para ser feliz. Assim ele saberá o VALOR das coisas
e não o seu PREÇO."
Max Gehringer