sábado, 25 de março de 2017

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 129/?

À procura da VERDADE nos livros Proféticos

ISAÍAS – 6/17

- “Oráculo contra Babilónia, recebido em visão por Isaías (…) 
Gritai porque o dia de Javé está a chegar; Ele vem com a 
violência do Omnipotente (…) Estão apavorados, cheios de dores 
e aflições (…)” (Is 13,1-8)
- Comenta-se a propósito dos capítulos 13 a 23: “Estes capítulos 
agrupam uma série de oráculos (…) Pertencem a circunstâncias 
históricas bastante diversas e alguns são feitos por discípulos de 
Isaías. Apresentam uma visão da História a partir da fé: a História é 
governada por Javé que dirige os acontecimentos e age através 
das nações.” O oráculo contra Babilónia, “trata-se de um oráculo do 
final do exílio (560-540 a.C.)” (ibidem).
- Apenas duas perguntas: 1 – Havendo, pelo menos, dois Isaías, um 
dos meados do séc. VIII a.C. e outro – os discípulos? – dos meados 
do séc. VI a.C., em qual deles esteve a inspiração divina? 
2 -  História é governada por Javé? Que provas palpáveis, racionais, 
que não de fé, existem? E, nestas questões históricas, a Fé é tão 
frágil e tão pouco consistente… É: com a Fé, a VERDADE 
desaparece na penumbra dos horizontes sem respostas…
- “Assim jurou Javé dos exércitos: Como planeei, assim se cumprirá; 
aquilo que decidi, realizar-se-á: liquidarei a Assíria dentro da 
minha Terra; no alto da minha montanha, espezinharei a sua 
cabeça (…)” (Is 14,24-25)
- Volta-se a comentar: “Em 701 a.C., o exército de Senaquerib 
invade o Reino de Judá e cerca Jerusalém. Uma epidemia, porém, 
faz com que as tropas assírias se retirem.” (ibidem). Mais uma vez 
constatamos: 1 - não saber se as profecias são anteriores ou 
posteriores aos factos; 2 – que explicar os acontecimentos 
históricos, profetizados ou não, com a vontade de Javé, não nos 
merece qualquer credibilidade. Mas há mais oráculos:
- “Oráculo contra Moab: numa só noite, foi (…) destruída (…); 
contra Damasco: deixará de ser cidade e transformar-se-á num 
montão de ruínas. (…); contra o Egipto (…): atiçarei egípcios 
contra egípcios (…); contra Babilónia (…): o traidor foi traído e o 
devastador devastado. (…); contra Duma (…), contra a Arábia (…), 
contra Tiro (…). (Is 15,1 - 23,1)

- O nosso comentador explica (ibidem) estes oráculos com vários 
factos ocorridos à época: guerras entre a Assíria e Judá, Damasco, 
Egipto, etc... Mas, como para Isaías, a História é comandada 
por Javé que determina os acontecimentos, os oráculos 
parecem-nos mais imaginosas obras de exercício literário, figurativas, 
simbólicas, belas umas, outras nem tanto, do que profecias de 
inspiração divina. Por isso, nem nos servem a nós, nem muito 
menos a… Deus! Aliás, mesmo que houvesse qualquer tipo de 
profeta neste Isaías, porque apelar para a inspiração divina? Divina, 
porquê? Mais contundente: para quê?!

1 comentário:

  1. Pensamento da semana:
    "Não eduques o teu filho para ser rico,
    educa-o para ser feliz. Assim ele saberá o VALOR das coisas
    e não o seu PREÇO."
    Max Gehringer

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