À procura da
VERDADE nos livros Proféticos
ISAÍAS – 4/17
- “Povos, armai-vos quanto quiserdes, que sereis
derrotados (…)
porque Deus está connosco. (…) Assim me disse Javé,
enquanto me
segurava pela mão e me proibia de seguir o
caminho deste povo (…) Chamai Santo
somente a Javé dos
exércitos; só dele tende temor e terror. Ele será uma
armadilha
(…) para os habitantes de Jerusalém. Muitos tropeçarão nela,
cairão,
serão despedaçados, serão presos e capturados.”
(Is 8,9-15)
- Mais uma vez, Javé do terror que castiga, faz
cair, despedaça…
Que tristeza de Javé, Santo Deus! Depois, Javé a derrotar os
exércitos…, quem pode acreditar tal coisa? É que derrotas ou
vitórias são
devidas ou à inépcia de comandantes militares ou à
superioridade do exército
contrário. E haverá livro no mundo que
de tantas guerras seja testemunho, como
a Bíblia? E com Deus,
sempre de permeio? Que insensatez! Que divino tão
humano-selvagem-primitivo!…
- “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz
(…) Porque
nasceu para nós um menino (…) e chama-se “Conselheiro
maravilhoso”,
“Deus forte”, “Pai para sempre”, “Príncipe da paz.
(…) e a paz não terá fim
sobre o trono de David. (…) O zelo de
Javé dos exércitos é que realizará tudo
isto.” (Is 9,1-6)
- Comenta-se: “Em 732 a.C., o rei da Assíria toma os
territórios da
Galileia (…) O povo (…) teme o avanço assírio mas o profeta
mostra que Javé libertará os oprimidos e trará a paz. Na base
desta esperança
(…), está o filho herdeiro de Acaz (…) Mateus
reinterpreta este oráculo, vendo
a sua realização na vinda de Jesus
à Galileia (Mt 4,13-16)”. (ibidem)
- Constata-se, pois, que mais uma vez, a história
anda de
permeio com a suposta profecia de inspiração divina, sem se saber
qual delas existiu primeiro… Ora a realidade é
esta: tudo se joga
no concreto das pessoas, na sua ganância ou perversidade e
os
oprimidos têm que se libertar pelas suas próprias forças se não
quiserem ser
sempre escravizados pelo mais forte. Ontem… como
hoje! Depois, que paz não teve
fim - e tantas vezes! - no trono de
David? Finalmente, a interpretação de
Mateus parece um tanto
descabida, mas o apelo a este oráculo foi certamente uma boa
forma encontrada para convencer os judeus indecisos a aderir
ao
cristianismo nascente e para os quais as Escrituras eram sagradas
e… incontestáveis!
- “Javé, porém, fortalecerá contra esse povo o seu
adversário
Rason e incitará contra ele os seus inimigos: os arameus pelo
Oriente e os filisteus pelo Ocidente e devorarão Israel. (…) Javé
cortará a
cabeça e a cauda de Israel (…). O notável ancião é a cabeça;
e o profeta,
mestre de mentiras, é a cauda. (…) Por isso, Javé não
terá piedade dos jovens
nem se compadecerá dos órfãos e das viúvas
(…)” (Is 9,10-16)
- Bastante incompreensível tal oráculo. Parece que
Israel estava
orgulhoso demais e não nos caminhos de Javé. Por isso, Isaías não
perdoa!… E os ataques a Israel sempre foram ao longo da Bíblia
interpretados
como sendo uma espécie de exercício/divertimento
de castigo aplicado por Javé…,
o que continua sendo um
completo nonsense
da atitude de Deus! Enfim, que profeta
mentiroso seria aquele? Alguém com quem
Isaías se
incompatibilizara?… Ou que não partilhava das mesmas
ideias…
políticas?!
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