À procura da VERDADE
nos livros Proféticos
ISAÍAS – 5/17
- “Ai daqueles que fazem decretos iníquos (…) Ai de
ti,
Assíria, vara da minha ira, bastão do meu furor posto em
tuas mãos (…) Pois
bem, quando o Senhor terminar tudo
o que está a fazer (…) em Jerusalém, vai
castigar o rei da
Assíria (…) Por isso, assim diz o Senhor Javé dos
exércitos: Povo meu que moras em Sião, não tenhas medo
da Assíria. (…) Só mais um pouco de tempo e o meu furor
chegará ao fim; a minha
ira vai destruí-los. (…)” (Is 10,1-25)
- Comenta-se: “Estamos no ano 701 a.C. O Reino do
Norte
(Israel) caíra em 722 nas mãos dos Assírios (…). Em 701, os
exércitos
assírios são derrotados não por Israel mas por uma
peste que os dizima aos
milhares.” (ibidem)
- É isso: Javé é o grande castigador! Com derrotas,
pestes,
doenças, intempéries… E… “comem” todos: os eleitos e os
seus inimigos!
Grande Javé! Ou… apoucado Javé? E, mais do
que profecias, vemos aqui uma
história onde se quer introduzir -
de modo forçado, é claro! - um Javé que tão
mal tratado sai de
tanta guerra, tanta ira, tanto furor… Os textos podem ser
bonitos.
Até bem redigidos, por vezes! Mas duvidamos que Deus tenha
realmente
alguma coisa a ver com eles… É que se trata de um
Deus que nada “interessa” a…
Deus!
- “Do tronco de Jessé sairá um ramo (…) Sobre ele
pousará o
espírito de Javé: espírito de sabedoria e inteligência, espírito
de
conselho e fortaleza, espírito de conhecimento e temor de
Javé. (…) Ele julgará
os fracos com justiça (…) O lobo será
hóspede do cordeiro, a pantera deitar-se-á
ao lado do cabrito; o
bezerro e o leãozinho pastarão juntos e um menino os
guiará;
pastarão juntos o urso e a vaca (…) e o leão comerá feno como
o boi. O
bebé brincará no buraco da cobra venenosa e a
criancinha enfiará a mão no
esconderijo da serpente. Ninguém
agirá mal nem provocará destruição no meu
monte santo, pois a
Terra estará cheia do conhecimento de Javé, tal como as
águas
enchem o mar.” (Is 11,1-9)
- O texto é belo e comovente, mas… utópico. Também
aqui se
vive de sonhos? É um certo regressar ao paraíso perdido mas
nunca
esquecido do Génesis. Quem não sonha com um paraíso
assim, onde claramente não
há lugar para o sofrimento?
Porém,… apenas sonhos! Nada de profético…
- “Ele erguerá um estandarte para as nações, a fim
de reunir
os israelitas exilados, para juntar os judeus dispersos dos quatro
cantos da Terra.” (Is 11,12)
- Já nesta época, os judeus estavam dispersos pelos
quatro cantos
da Terra. Hoje, não haverá grande diferença, embora já tenham
conseguido fundar um estado independente. Pergunta-se: foi J
avé ou o dinheiro
dos judeus americanos que possibilitaram tal
nação com o seu estandarte?
- Também se comenta: “Trata-se de um aditamento
feito no tempo
do exílio na Babilónia ou logo depois. Deus, através de um novo
êxodo, reúne os exilados de todas as deportações e refaz a identidade
do seu
povo. (…) As divisões internas serão todas sanadas e o
povo terá a vitória
contra todos os inimigos.” (ibidem)
- Fantástico, simplesmente! Primeiro - e
repetindo-nos - como se
entende um livro inspirado por Deus com… aditamentos?!
Depois,
Deus - como se não “tivesse mais que fazer” do que apaparicar os
judeus! - reúne todos os exilados e refaz a identidade do seu povo…
“Seu
povo”!… Que presunção - deixem-nos repetir também - que
presunção auto-intitular-se
“povo de Deus”!… E nós todos a
aprender isto na catequese e a aceitar tal facto
como revelado, como
divino, como de Fé! É… demais!
A Fé, um dom de Deus?
ResponderEliminarÉ isso que afirmam, senhores da verdade, os eclesiásticos, nas igrejas. Mas é mais uma falsidade ou um non-sense de ordem religiosa. É que, por Fé, eles entendem a crença nos dogmas cristãos ou católicos, a começar pelo da Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, o da virgem ter sido fecundada por esse Santo Espírito, tendo de tal acto nascido JC redentor, céus e infernos, etc., etc., tudo invenções dos criadores do cristianismo, nada se podendo provar ou confirmar, por isso, tudo remetendo para o mistério: o mistério da Trindade, o da redenção, o da eucaristia, etc. Aliás, se Deus desse a uns, o dom da Fé e a todos os outros o negasse, seria acto impróprio da divindade, por eivado de injustiça; logo, falso! Daí que seja também falsa a afirmação de que “A Fé é que nos salva”, bem como é falsa a afirmação atribuída a Jesus, depois de o terem feito Cristo: “Quem crê em mim tem a vida eterna; quem não acreditar, terá a eterna condenação.”
Se a virgem foi fecundada pelo Espírito Santo, Jesus é filho dele e não do Pai (aliás não percebo por que é que chamam Pai ao outro). Ou será que o Espírito Santo só transportou o espermatozóide do Pai, tendo nesse caso uma função subalterna?
ResponderEliminar(quando não se tem fé fazem-se perguntas destas)
A pergunta até tem cabimento. O problema é que na Fé não há lógica, sendo a grande arma das religiões e seus gurus, para anestesiarem os crentes: não percebes, não tem lógica, mas tens de acreditar porque foi a verdade divinamente revelada... E, logo de seguida, apala-se para o mistério: o da Santíssima Trindade, o da Fecundação da Virgem, etc. Quando todo o Homem for capaz de análise crítica, deixará de acreditar em supostos fenómenos deste tipo e, logicamente, as religiões, tal como existem, deixarão de ter adeptos.
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