À procura da VERDADE
nos LIVROS
SAPIENCIAIS e POÉTICOS
O livro dos SALMOS 3/6
- “Quantas maravilhas realizaste, Javé, meu Deus, quantos projectos
em
nosso favor! (…) Não queres sacrifícios, nem ofertas (…) Tu não pedes
holocaustos pelo pecado.” (Sl 40 6-7). Como? Acabou-se o gosto de Javé
pelos
“suaves” odores dos animais imolados em sua honra? Esta Bíblia é
mesmo
incongruente!
- “Nisto reconhecerei que me amas: se o inimigo não triunfar sobre mim.”
(Sl 41,12) É assim, Javé: ou me livras do meu inimigo ou já não acredito
no teu
amor!...
- “Como a corça suspira pelas águas correntes, assim a minha alma anseia
por Ti, ó meu Deus! (…) A minha alma tem sede de Deus (…) Vou
dizer a Deus: Meu
rochedo, porque Te esqueces de mim? Porque devo
andar pesaroso sobre a opressão
do inimigo?” (Sl 42, 2-10) Belo! Bucólico!
Mas… o eterno inimigo!
- O salmo 44 é uma “oração” em três tempos: vitória, derrota, súplica:
“Tu mesmo maltrataste nações, para estabeleceres os nossos pais. (…)
Não foi
com espada que eles conquistaram a Terra nem foi o braço deles
que lhes trouxe
a vitória e sim a tua direita e o teu braço (…) porque os
amavas.” Isto é, no
mínimo, cínico: pôr Javé a roubar a Terra aos
cananeus para a dar aos
Israelitas, “abençoando” todos os crimes
cometidos, é inconcebível! Obviamente,
Javé foi um subterfúgio dos israelitas
para justificarem todas aquelas
atrocidades quando se apoderaram da
chamada “Terra prometida”. “Agora,
rejeitas-nos e envergonhas-nos
e já não acompanhas os nossos exércitos. Tu
fazes-nos recuar frente ao
opressor (…), entregas-nos (…), vendes o teu povo
(…), fazes de nós o
ultraje (…).” “Desperta, Senhor! Porque dormes?”
- “O meu coração transborda em belo poema, eu dedico a minha obra a um
rei. (…) Tu és o mais belo dos homens (…) O teu trono é de Deus e
permanece
para sempre!” (Sl 45 2-7) Bonito, mas…
- “(…) Aclamai a Deus com gritos de alegria! Porque Javé Altíssimo é
terrível
(…)! Ele submete as nações ao nosso poder e coloca os povos debaixo
dos
nossos pés!” (Sl 47,2-4) Quem se atreve a considerar “sagrado” ou “de
inspiração divina” tal texto, quando a escravidão de um povo por outro povo
está
bem patente?!
-“ (…) Os sábios morrem, perecem juntamente com o imbecil e o insensato,
deixando a sua fortuna para outros. (…) Este é o caminho dos que confiam
em si
(…) Quanto a mim, ó Deus, tira-me das garras da morte e toma-me
contigo.” (Sl
49,11-16) É um prenúncio do mito da ressurreição do justo.
No entanto, a haver
ressurreição para um humano, teria de haver para
todos igualmente. Mas como é
um mito…
- “Javé, o Deus dos deuses, fala, convocando a Terra, do nascente ao
poente. (…) À sua frente, vem um fogo devorador (…) (Sl 50, 1-29) A
expressão
“Deus dos deuses” remete-nos para um Júpiter romano ou um
Zeus grego! O resto
faz-nos lembrar o juízo final anunciado por Jesus Cristo
em Mt 24,29-30. Mas… que
juízo final será esse? Um dia, veremos ou, mais
sensatamente, não veremos!…
- “Eis que nasci na culpa e minha mãe já me concebeu pecador.” (Sl 51,7)
Como? Que obsessão pelo pecado, santo Deus! Como é possível “ver”
pecado no
acto criador da VIDA ! Como é
possível?!… Sagrado tal livro?
De inspiração do mesmo Deus que é dado como
criador do ser humano?
- “Preferes o mal e não o bem, a mentira e não a franqueza. (…) Por isso,
Deus te destruirá para sempre.”(Sl 52,5-7) Infelizmente, se o maldoso e
mentiroso não sofrerem castigo durante a sua vida terrena, não será na outra
que irá ser punido, simplesmente porque a outra não existe…
- “Diz o insensato no seu coração: Deus
não existe!” (Sl 53,2) Mas
que Deus? O deus das religiões – nitidamente
inventado pelo Homem à sua
imagem e semelhança, tal como esse Javé – não
existe. Existe o Deus que
é o TODO EXISTENTE E NÃO EXISTENTE, INFINITO E
ETERNO,
TUDO CONTENDO NO TEMPO E NO ESPAÇO EXACTAMENTE
PORQUE ETERNO E INFINITO.
Este é o verdadeiro e único Deus
possível que tem tudo de divino e nada de
humano como os deuses que os
Homens foram criando ao longo da História.
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