À procura da VERDADE
nos LIVROS
SAPIENCIAIS e POÉTICOS
O livro dos SALMOS 4/6
- “Aniquila-os, Javé, pela tua fidelidade! Eu Te oferecerei um sacrifício
(…)”
(Sl 54,7-8). Então, ainda não ouvimos, ainda há pouco, dizer que Javé não
quer holocaustos nem sacrifícios? (Sl 40, 6-7) É este um Javé mutante?
- “Caia sobre eles a morte (…) Quanto a mim, eu confio em Ti!”
(Sl 55,16
e 24) “Ó Deus, derruba com a tua ira os povos!” (Sl 56,8) O
ódio sempre
presente…
- “Do céu, Ele me enviará a salvação, confundindo os que me atormentam!”
(Sl 57,4) “Ó Deus, quebra-lhes os dentes na boca! (…) Que o justo se
alegre ao
ver a vingança e lave os seus pés no sangue do injusto.”
(Sl 58,7-11) Desta
vez, ultrapassaste-te, ó salmista, em… inspiração
diabólica, não foi?! Que Deus
será este que tal súplica ouve? Se é que
ouve, calro!...
- “(…) A Ti, Senhor, pertence o amor, porque Tu pagas a cada um
conforme
as suas obras.” (Sl 62,13) Obviamente que esta afirmação é
falsa. Job que o
diga!
- “Ó Deus, (…) a minha alma tem sede de Ti, a minha carne
deseja-Te com
ardor (…) Os inimigos serão entregues à espada (…)”
(Sl 63,2 e 11) Aqui, é o
místico, o sensual e… o ódio ao inimigo: bela
trindade!…
- Agora, três salmos, com cinco toadas: 1 – de Louvor: “Ó Deus, Tu
mereces (…) Tu és a esperança (…) Acalmas
(...), fazes gritar de alegria (…).
Cuidas da Terra (…)” (Sl 65,2-10) “Aclama a
Deus, Terra inteira! (…)”
2 – de Castigo:
(…) “Deixaste que os homens cavalgassem o nosso
pescoço (…)” 3 – de Holocausto: “Vou oferecer-Te (…) imolar
bois e
cabritos.” 4 – de Atendimento:
“A minha boca gritou (…) Deus
escutou-me.” (Sl 66,2-19) 5 – de Súplica: “Deus tenha piedade de nós (…)
Que todos os povos Te louvem, ó Deus (…) Que Deus nos abençoe e
todos (…)” (Sl
67,2-8) Interessante, mas…
- “Salva-me, ó Deus! (…) Mais que os cabelos da minha cabeça são
aqueles
que me odeiam (…), me atacam (…), riem-se de mim (…)
Liberta-me dos meus
inimigos (…) derrama sobre eles o teu furor e o
ardor da tua ira os atinja (…)
Risca-os do livro dos vivos! (…) Que a tua
salvação, ó Deus, me proteja.” (Sl
69,2-30) Nada de novo: o mesmo
ódio ao inimigo.
- “Vede! Para eles não há tormentos e o seu corpo é sadio e robusto.
(…)
E dizem: Como pode Deus saber? Existe
conhecimento no
Altíssimo? Aí está! Os injustos são assim e, tranquilos,
acumulam
riquezas! De facto, (…) Tu desprezas a imagem deles” (Sl 73,4-18)
Uma
conclusão totalmente gratuita e contraditória com o antecedente.
- “Tu és terrível! Quem pode resistir à tua frente, quando ficas irado?”
(Sl 76,8) Mais uma vez – que saturação! – aparece o Deus terrível e…
irado! Que
Deus tão apoucado, este Deus da Bíblia!
- “(…) Javé,…) ficarás irado até ao fim? O teu ciúme vai arder como
fogo?
(…) Aos nossos vizinhos, devolve sete vezes a afronta com que Te
afrontaram,
Senhor!” (Sl 79,5-12) Ira! Ciúme! Vingança! Como, ó
Javé, Te fizeram tão humano
e… vingativo!
- “Ah, se o meu povo me escutasse (…) Eu derrotaria os seus inimigos
(…)!”
(Sl 81,14) Desde sempre que as derrotas de Israel são atribuídas aos seus
pecados, à sua adoração aos ídolos.
- “Deus levanta-se (…): Até quando
julgareis injustamente sustentando a
causa dos injustos? (…) Embora vós sejais
deuses, e todos filhos do
Altíssimo, morrereis como qualquer homem. Vós,
príncipes, caireis
como qualquer outro.”
(Sl 82,1-7) Deuses e filhos do Altíssimo, reis
e príncipes? Enfim, não dá para
entender…
- “Inclina o teu ouvido, Javé, (…) tem piedade (…) és bom (…), perdoas
(…), és cheio de amor (…), sem igual (…), fazes maravilhas (…) lento
para a
cólera, cheio de amor e fidelidade (…)” (Sl 86,1-15) Bonito, mas
continua tão
humano este Deus que faz maravilhas!
- “E de Sião se dirá: Ela foi
fundada pelo Altíssimo em pessoa.” (Sl 87,5) Que
imodéstia! E… que
falsidade!
- “De entre os seres divinos, quem é como Javé? Deus é terrível no
conselho
dos anjos, grande e terrível com toda a sua corte. Javé dos exércitos,
quem é
igual a Ti? (…) Javé, até quando Te esconderás? Até quando arderá o fogo
da tua cólera?” (Sl 89,7-8 e 47) O mesmo Javé terrível de sempre…
Que tristeza!
- “Mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que já passou (…) A
tua
ira consumiu-nos e o teu furor transtornou-nos (…) Setenta anos é o tempo
da nossa vida, oitenta anos se ela for vigorosa (…) Alegra-nos pelos dias em
que nos castigaste.” (Sl 90,4-15) Já se vivia tanto naquela época?...
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