À procura da VERDADE
nos LIVROS
SAPIENCIAIS e POÉTICOS
O livro dos SALMOS 6/6
- “Javé, o meu coração não é ambicioso (…) Não ando atrás das
grandezas
(…) (Sl 131,1) Realmente, se o Homem não fosse
ambicioso… demais…, outro mundo
teríamos, pois é a demasiada
ambição que cria todas as injustiças, ódios e
guerras. Mas também
é a ambição do Conhecimento que faz avançar o mundo. Somos
mesmo contradição!
- “(…) Como é bom os irmãos viverem juntos!” (Sl 133,1) Claro!
- “Ó devastadora (…) Babilónia, feliz quem te retribui o mal que nos
fizeste!” (Sl 137,8) O ódio num povo em cativeiro é compreensível.
Mas rezá-lo
é muito pouco… divino!
- “Se subo ao céu, Tu lá estás. Se desço ao abismo, lá Te encontro. (…)
Aqueles que se rebelam contra Ti, eu odeio-os com ódio implacável!”
(Sl
139,8-21 e 22) Não é possível tal ódio ser do agrado do Deus
verdadeiro, pois não?!
- “Bendito seja Javé, o meu rochedo, o meu escudo (…) que me
submete os
povos (…)” (Sl 144,1 e 2) É pertinente perguntar: que oração
seria a destes
povos submetidos?!
- “Grande é Javé! (…) Javé é piedade e compaixão, lento para a cólera
e
cheio de amor, (…) é bom (…), compassivo (…), fiel (…), amoroso
(…), ampara
(...), endireita (…), sacia (…), é justo (…), ouve (…),
guarda (…), vai destruir
todos os injustos (…) (Sl 145,3-20) O final
contradiz o começo. É pena!
- “Louvai a Deus pelas suas façanhas!” (Sl 150,2) Este Deus de
façanhas
não é o que mais convém a um Deus, pois não?!
- Enfim, acabámos! E… não contentes! É que o Deus dos Salmos é um
Deus
bélico, guerreiro, partidário não dos realmente justos mas de um
povo
auto-intitulado de eleito de Javé. Pois não são as vitórias de Israel,
vitórias
de Javé? Não são as suas derrotas fruto da ira de Javé por desmandos
em
adoração a ídolos ou deuses estrangeiros esquecendo a Javé?
Os salmos são
petições, louvores, classificações de Javé que descem da
sua imensa sabedoria,
bondade, amor, fidelidade… à mais tremenda
ira, cólera, vingança, ódio, na
permanente dicotomia justos-injustos
ou - que vaidade! - povo de
Israel-inimigos de Israel. E… desiludidos,
frustrados, concluímos: mais uma
vez, não encontrámos a VERDADE
num livro da Bíblia que, de certeza, não é de inspiração
divina!
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