"O Homem, esse desconhecido"
é o título, sem a interrogação,
de um livro famoso para a época, anos 30
do século passado, do biólogo francês, Alexis Carrel.
Não vamos referir-nos ao livro. Vamos analisar,
racionalmente, a problemática da nossa existência, não
sendo já o Homem “esse desconhecido”. Ou, se quisermos,
responder às perguntas que, mais cedo ou mais tarde,
todos nos faremos um dia:
é o título, sem a interrogação,
de um livro famoso para a época, anos 30
do século passado, do biólogo francês, Alexis Carrel.
Não vamos referir-nos ao livro. Vamos analisar,
racionalmente, a problemática da nossa existência, não
sendo já o Homem “esse desconhecido”. Ou, se quisermos,
responder às perguntas que, mais cedo ou mais tarde,
todos nos faremos um dia:
“Donde viemos? O que fazemos aqui? Para onde vamos?”
Para tanto, temos duas concepções diametralmente opostas:
uma das religiões, outra da Ciência ou, mais prosaicamente,
da razão.
da razão.
As religiões, criaram a Fé e convidam o Homem a acreditar
em respostas, como: “Viemos de Deus Criador, estamos aqui,
na Terra, de passagem para a outra vida, a vida verdadeira,
a vida eterna e, quando morrermos, teremos o Céu se tivermos
sido bons, o Inferno, se tivermos sido maus.
Por toda a eternidade!”
Tal perspectiva não deixa de ser interessante e até agradável às
emoções humanas, sobretudo à ideia de justiça, já que, na Terra,
justiça é “coisa” que não existe, sendo os maus compensados
com benesses e os bons com sofrimentos e privações…
em respostas, como: “Viemos de Deus Criador, estamos aqui,
na Terra, de passagem para a outra vida, a vida verdadeira,
a vida eterna e, quando morrermos, teremos o Céu se tivermos
sido bons, o Inferno, se tivermos sido maus.
Por toda a eternidade!”
Tal perspectiva não deixa de ser interessante e até agradável às
emoções humanas, sobretudo à ideia de justiça, já que, na Terra,
justiça é “coisa” que não existe, sendo os maus compensados
com benesses e os bons com sofrimentos e privações…
No entanto, o Homem, como ser inteligente e com capacidade
crítica, olha para esta proposta com as reservas que lhe são
próprias, não podendo deixar de questionar: “Que fundamento
têm as religiões? Como apareceram e que credibilidade merecem
para que possamos ter Fé na Fé para a qual nos convidam?”
crítica, olha para esta proposta com as reservas que lhe são
próprias, não podendo deixar de questionar: “Que fundamento
têm as religiões? Como apareceram e que credibilidade merecem
para que possamos ter Fé na Fé para a qual nos convidam?”
Infelizmente, a resposta é completamente decepcionante.
As religiões, quer as arcaicas politeístas (egípcias, fenícias,
caldaicas, mesopotâmicas) quer as antigas, também politeístas
(hindus, gregas e romanas), quer as monoteístas (judaica, cristã,
muçulmana), aparecem aos olhos dos analistas críticos, como
tendo sido criadas em dados contextos históricos, por gurus
político-religiosos que se disseram inspirados por Deus e, como tal,
impuseram aos povos da época – povos quanto mais ignorantes,
mais crentes! - essas suas criações. Tal como hoje…
Depois, a História – uma curtíssima História: cerca de dez mil
As religiões, quer as arcaicas politeístas (egípcias, fenícias,
caldaicas, mesopotâmicas) quer as antigas, também politeístas
(hindus, gregas e romanas), quer as monoteístas (judaica, cristã,
muçulmana), aparecem aos olhos dos analistas críticos, como
tendo sido criadas em dados contextos históricos, por gurus
político-religiosos que se disseram inspirados por Deus e, como tal,
impuseram aos povos da época – povos quanto mais ignorantes,
mais crentes! - essas suas criações. Tal como hoje…
Depois, a História – uma curtíssima História: cerca de dez mil
anos para os politeísmos, entre três mil e mil e quatrocentos
anos,
para os monoteísmos - com outros seguidores não menos criativos
do que os primeiros gurus, encarregou-se de exarar em livros os
do que os primeiros gurus, encarregou-se de exarar em livros os
conteúdos da Fé, livros a
que chamaram de “sagrados” ou
“inspirados por Deus”, com alindamentos próprios de outros
crentes imaginativos.
“inspirados por Deus”, com alindamentos próprios de outros
crentes imaginativos.
E, assim, nasceram virgens, olimpos, deuses
disto e daquilo,
anjos, santos, céus com os deuses em seus tronos, infernos com
os diabos a divertirem-se com as almas dos condenados, pecados
e ofensas aos deuses - deuses a quem era preciso orar para
acalmar a sua ira ou pedir o seu auxílio..., milagres inexplicáveis,
ressurreições, encarnações e reencarnações, juízes finais,
aparições por aqui e por ali de seres celestes ou alados, paraísos
com mil virgens para os mancebos terrestres (sendo omissos
quanto à compensação para o sexo feminino…), purgatórios
anjos, santos, céus com os deuses em seus tronos, infernos com
os diabos a divertirem-se com as almas dos condenados, pecados
e ofensas aos deuses - deuses a quem era preciso orar para
acalmar a sua ira ou pedir o seu auxílio..., milagres inexplicáveis,
ressurreições, encarnações e reencarnações, juízes finais,
aparições por aqui e por ali de seres celestes ou alados, paraísos
com mil virgens para os mancebos terrestres (sendo omissos
quanto à compensação para o sexo feminino…), purgatórios
para as almas penarem até ficarem purificadas... e muitas
outras fantasias que foram – e têm sido! - bem
aproveitadas
pelos descendentes dos primeiros gurus para explorarem os
crentes que se deixam levar sem se interrogarem, sem
questionarem. Enfim, uma farsa que, quer queiramos ou não,
domina o mundo actual. Incompreensível, mas verdade!
pelos descendentes dos primeiros gurus para explorarem os
crentes que se deixam levar sem se interrogarem, sem
questionarem. Enfim, uma farsa que, quer queiramos ou não,
domina o mundo actual. Incompreensível, mas verdade!
Ora a razão, baseada na Ciência e no Conhecimento, vê
claramente que nada do que as religiões afirmam ou
apregoam é ou pode ser verdade, muito menos, A VERDADE!
claramente que nada do que as religiões afirmam ou
apregoam é ou pode ser verdade, muito menos, A VERDADE!
A Verdade é tão simples quanto isto:
“O HOMEM é fruto da evolução do aparecimento da VIDA
na Terra, há cerca de 3.500 milhões de anos, tendo conseguido
uma inteligência superior à dos outros animais, embora
superior apenas na capacidade de raciocínios abstractos, o que
o leva a ter uma noção mais exacta do que qualquer outro
animal, do sentido da vida e da morte, da compreensão do
Universo e da realidade que o rodeia, exprimindo-se em
linguagem articulada. Como tal, cada ser humano não é mais
do que algo que aparece e desaparece, na quadrilogia do nasce,
cresce, vive e morre, realidade igual à de qualquer outro ser
vivo ou não vivo, tal como o micróbio, tal como as estrelas.”
Assim – e ao contrário do que falsamente dizem todas as
religiões – o HOMEM, como indivíduo, está condenado ao
eterno desaparecimento, restando dele apenas átomos e
moléculas que irão integrar-se na Natureza, para fazerem
na Terra, há cerca de 3.500 milhões de anos, tendo conseguido
uma inteligência superior à dos outros animais, embora
superior apenas na capacidade de raciocínios abstractos, o que
o leva a ter uma noção mais exacta do que qualquer outro
animal, do sentido da vida e da morte, da compreensão do
Universo e da realidade que o rodeia, exprimindo-se em
linguagem articulada. Como tal, cada ser humano não é mais
do que algo que aparece e desaparece, na quadrilogia do nasce,
cresce, vive e morre, realidade igual à de qualquer outro ser
vivo ou não vivo, tal como o micróbio, tal como as estrelas.”
Assim – e ao contrário do que falsamente dizem todas as
religiões – o HOMEM, como indivíduo, está condenado ao
eterno desaparecimento, restando dele apenas átomos e
moléculas que irão integrar-se na Natureza, para fazerem
parte de outros seres, seres que seguirão o mesmo
ciclo que
nós seguimos, no eterno retorno do mesmo ao mesmo através
do diverso.
nós seguimos, no eterno retorno do mesmo ao mesmo através
do diverso.
(Conclusão na próxima
semana. Não perca!)
Cristina Ferreira escreveu:
ResponderEliminarSerá que Cristo quis fundar uma religião?! Eu tenho duvidas se seria esse o seu objectivo Maior, pois a sua mensagem vai para além disso…uma praxis que demonstra que estamos todos interligados.
“Mas também é a ambição do Conhecimento que faz avançar o mundo” – Exacto!!! Mas temos que ressuscitar a consciência dos indígenas - Ligação à Terra e aí esse conhecimento pode e deve ser usado na preservação da Casa Comum onde o respeito por toda a Criação tem que imperar.
Cristina Ferreira
A minha resposta:
EliminarDe acordo. Também creio que Jesus não quis formar nenhuma religião. Foram os seus seguidores que tudo arquitectaram, assistindo-se depois a toda a história conhecida de papas, cismas, guerras. O que ele pregou foi apenas a Fraternidade Universal, sendo todos os seres vivos irmãos porque todos filhos do mesmo Deus a quem ele chamou de Pai.
"Para tanto, temos duas concepções diametralmente opostas:
ResponderEliminaruma das religiões, outra da Ciência ou, mais prosaicamente,
da razão."
Mas como vamos ler e debater contigo já demonstras logo de saída que defendes uma ideologia... Você não tem provas cientificas de que a ciência humana ate' este seculo seja a voz da razão. O que pode ser razão senão a imagem real da natureza real projetada dentro de um cérebro... ou seja, a razão humana como espelho da natureza real. E esta ciência tendenciosa que elegeu apenas um dos muitos aspectos da natureza e continua perseguindo-o sem dar chance aos outros blocos paralelos de informações naturais, não e' a razão naturalista. E o fato desta ciência ter sido e continuar sendo financiada e usada como poder apenas por uma classe social minoritário para subjugar a grande maioria dos humanos não pode representar a razão comum humana. Entre a analisar o mundo com o espirito desarmado sem ideologias, por favor.
"Para tanto, temos duas concepções diametralmente opostas:
ResponderEliminaruma das religiões, outra da Ciência ou, mais prosaicamente,
da razão."
Mas como vamos ler e debater contigo já demonstras logo de saída que defendes uma ideologia... Você não tem provas cientificas de que a ciência humana ate' este seculo seja a voz da razão. O que pode ser razão senão a imagem real da natureza real projetada dentro de um cérebro... ou seja, a razão humana como espelho da natureza real. E esta ciência tendenciosa que elegeu apenas um dos muitos aspectos da natureza e continua perseguindo-o sem dar chance aos outros blocos paralelos de informações naturais, não e' a razão naturalista. E o fato desta ciência ter sido e continuar sendo financiada e usada como poder apenas por uma classe social minoritário para subjugar a grande maioria dos humanos não pode representar a razão comum humana. Entre a analisar o mundo com o espirito desarmado sem ideologias, por favor.