À procura da VERDADE nos Evangelhos
Evangelho segundo S. JOÃO – 64/?
– Vêm, em seguida, as idas de
Anás para Caifás, depois para Pilatos. Vale a pena lembrar algumas das palavras
de Jesus a Pilatos: «O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste
mundo, os meus guardas lutariam para que Eu não fosse entregue às autoridades
dos judeus. Mas o meu reino não é daqui. (…) És tu que dizes que Eu sou rei. Eu
nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade. Todo aquele que está com a
verdade ouve a minha voz.» (Jo 18,36-37)
– Certamente Pilatos nada
percebeu do que Jesus lhe disse. Nós percebemos e… não percebemos. Sobretudo,
não percebemos claramente! E era claramente que tínhamos o direito de perceber
para alcançarmos o tal Reino que não é deste mundo…
Ora, se não é deste mundo é do
outro, mas não vemos como, nem onde, nem quando… Afinal, que é isso do “outro mundo”?
Jesus nunca soube/quis, pôde explicar. Deduzimos que não podia, embora
quisesse, porque simplesmente não sabia. Pelo menos este Jesus construído pelo
velho João.
– É fantástica a pergunta de
Pilatos: «O que é a verdade?» (Jo 18,38)
– Ah, se pudéssemos, se soubéssemos responder!… Mas como, se Jesus também não soube? Se conseguíssemos entender onde realmente está a verdade, através das explicações de Jesus, a nossa ideia dele seria totalmente outra. Ora tudo o que temos não passam de interpretações, ninguém conseguindo dizer que a verdade é esta ou aquela, está aqui ou acolá…
Por muita
pena que tenhamos de o dizer, é nesta frustração que o inefável Jesus nos deixa
na hora da sua partida…
Sem comentários:
Enviar um comentário