À procura da VERDADE nos Evangelhos
Evangelho segundo S. JOÃO – 67/?
João que é o único a dizer:
“E aquele que viu, dá testemunho e o seu testemunho é verdadeiro. E ele sabe
que diz a verdade, para que também vós acrediteis.” (Jo 19,35)…
Ora se ele viu, estava lá no
momento em que todos aqueles mortos saíram dos túmulos, como narra Mateus, e não relata nada daquele fantástico
“divino”, “divino” que deve ter fascinado todos os que o presenciaram,
ficando-lhes gravado na memória para o resto das suas vidas, deduzimos que João nada viu porque, simplesmente, nada aconteceu… E são mais uma enorme quantidade
de milagres falsos… Ora, se estes são claramente falsos, que poderemos dizer dos
muitos outros narrados pelos evangelistas? Cada um que tire as suas conclusões…
– O encontro de Jesus
ressuscitado com Maria Madalena faz-nos lembrar o seu encontro romântico,
enquanto vivo, com a samaritana… “Jesus: «Mulher, porque choras? Quem
procuras?» Maria: «Se foste tu que O levaste, diz-me onde O puseste para eu ir
buscá-Lo.» Jesus: «Maria!» Maria: «Rabuni!» (que em hebraico quer dizer
“Mestre”). Jesus: «Não Me segures porque ainda não voltei para o Pai. Mas vai
dizer aos meus irmãos: ‘Subo para junto de meu Pai, que é o vosso Pai, para
junto do meu Deus que é o vosso Deus.’» (Jo 20,15-17)
– O que quer Jesus dizer com
“Ainda não fui para o Pai”? O que seria ir para o Pai? E, afinal, é Deus com Ele
ou o Pai é o seu Deus?
E mais uma vez, aquele
“Subo…”… Bem, evidentemente, era a única linguagem que poderia utilizar para
ser minimamente entendido pelos do seu tempo que não sabiam que não há lá em
cima nem cá em baixo, pois a Terra está rodeada apenas de atmosfera e vagueia pelo
Universo acoplada ao Sol que lhe dá VIDA…
A relação de Jesus com Maria
Madalena parece situar-se ao nível da predilecção pelo discípulo amado ou o
amor pela família de Lázaro… Continua-se estranhando é a ausência de Maria, sua
Mãe…
No entanto, é sintomático – e
uma certa luta contra o machismo reinante na época bíblica – ser uma mulher a
primeira contemplada com a suposta aparição de Jesus depois da sua suposta
ressurreição e ser incumbida de ir dar a boa nova aos irmãos, termo que talvez,
aqui, fosse mais apropriado ser substituído por discípulos.
Louvor a João que assim
dignificou a mulher!
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