À procura da
VERDADE nos Evangelhos
Evangelho segundo
S. LUCAS – 16/?
E
nós que somos seres racionais e não de Fé… ficámos sem nada de Céu, nada de
Pai, nada do Além, nada de… NADA!!!
Mais
verdade ainda é que tudo isto nos parece exíguo de significado, sabendo nós
como sabemos que esta Terra também ali se acaba e que este Universo conhecido
teve um princípio e, inexoravelmente, terá de ter um fim, pois só não tem fim
quem não teve princípio e que Deus tem de estar fora de tudo e de todos, o mesmo
é dizer, tem de estar em tudo e em todos, se é que Ele não é exactamente esse
TUDO e esse TODOS, de que nós seremos uma qualquer partícula perdida, por acaso
num tempo e num espaço determinados, sem qualquer outro significado que não
seja esse mesmo: Partícula perdida… Quem nos encontrará para além da vida?
Quem?…
Não
sabemos se Jesus, em toda a sua sabedoria que espantava os doutores no Templo
aos doze anos, já disto se teria apercebido, tendo lido ensinamentos antigos
egípcios e mesopotâmicos. Como homem, claro, porque, a acreditar na sua
filiação divina, para Ele, não tinham segredos nem a matéria, nem o Universo,
nem o Homem, nem a Terra, nem nada do que é visível ou invisível, do que
pertence ao tempo, seja passado, presente ou futuro, mas também do que pertence
à eternidade…
Realmente
faltou a Jesus completar de forma diversa aquela belíssima história do rico e
do pobre. Bastaria que deixasse Abraão enviar Lázaro a casa do homem rico para
avisar os seus irmãos… E, enviando naquele tempo Lázaro, teria aberto as portas
a que todos os mortos viessem cá dizer-nos o que se passa no Céu ou no Inferno
e então, sim, então só se condenaria quem realmente quisesse, pois não seria
preciso Fé em palavras de outros, mas veria ali com os seus próprios olhos e
saberia exactamente com que linhas coseria a sua salvação ou condenação
eternas…
E
assim, não teria a “nossa” desculpa de ser castigado com uma pena eterna por
crimes cometidos no Tempo… Saberia as regras do jogo e jogaria conforme
quisesse. Assim, sim, seríamos livres de escolher o Inferno ou o Céu… Mas…
Jesus não quis ou… não pôde, e lá começamos a duvidar da sua realidade
divina, dizendo-nos Ele que veio salvar a humanidade e levá-la para o Céu… Não
saberia que “ver para crer” era a melhor forma de ter quase todos os Homens
eleitos no Céu? Porque não o fez? Porque nos deixou sem respostas? - repetimos
em grito de frustração!
Esta
manifesta incapacidade de Jesus é, no mínimo, muito estranha…
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