À procura da VERDADE nos
Evangelhos
Evangelho segundo S. MATEUS
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– João Baptista é preso e Jesus retira-Se. (Mt 4,12)
Mateus vai tentando provar com as Escrituras, tudo o que vai
acontecendo a Jesus. (Mt1,23;2,6 e 18;3,3; 4,15-16) É uma preocupação
compreensível, na persecução dos seus objectivos. Mas, não deveria Jesus
impor-Se por Si só, sem ter de ser para cumprir tais Escrituras? Até parece um
“joguete” de uma qualquer força que Lhe é exterior! Aliás, será exactamente
isso que Lhe será imposto, sobretudo na hora da morte que ele obviamente não
queria, como veremos…
– “Pregava a Boa Nova do Reino, dizendo: «Convertei-vos,
porque o Reino do Céus está próximo.» (…) Traziam-Lhe todos os que sofriam de
várias doenças e males: endemoninhados, epilépticos e paralíticos. E Jesus
curava-os a todos.” (Mt 4,17 e 23-24) E os pescadores Simão e André, Tiago e
João foram atrás dele, obedecendo imediatamente ao seu chamamento. (Mt 4,18-22)
Mas quem não seguiria Jesus, ao ver tantos milagres ali assim realizados com o
à-vontade de quem supera todas as forças, todas as leis da Natureza? (Só não sabemos o que aconteceu às mulheres e filhos dos que
seguiram Jesus, ficando sem o ganha-pão de pais e maridos…)
Também Jesus repete, sem nada explicitar, o “Reino dos Céus”
de João Baptista. Assim como o seu famoso apelo “Convertei-vos!” É de supor que
fosse de fácil entendimento para os da época.
– “A multidão que O seguia era enorme. Vinha gente da
Galileia, das Dez Cidades, de Jerusalém, da Judeia e de além do Jordão.” (Mt
4,25)
– Imaginemos Jesus hoje a curar todos os doentes que lhe
apresentavam. Quem que tal visse não o seguiria? Não viriam povos de todo o
Planeta para O verem, O ouvirem, O seguirem, serem curados?
E assim todos se salvariam, atingindo Deus-Pai totalmente os
objectivos do envio do seu Amado Filho à Terra… Então, três perguntas se impõem:
1 – Porque é que perante
tantos e tais milagres, as multidões não O aceitaram e vieram a condená-Lo à
morte?
2 – Sendo Deus omnisciente e sabendo do impacto a nível salvífico, que
teria, com os actuais meios de comunicação social a nível mundial, a vinda do seu Filho à Terra,
porque O enviou naquele tempo e não O envia agora?
3 – Como é possível que a fama dos milagres não tivesse ultrapassado as fronteiras da Palestina e viesse gente de todos os cantos do mundo conhecido de então para os presenciar?
3 – Como é possível que a fama dos milagres não tivesse ultrapassado as fronteiras da Palestina e viesse gente de todos os cantos do mundo conhecido de então para os presenciar?
Sem respostas do “Céu”, continuemos em busca, aqui, na
Terra!
– Cada felicidade apregoada no chamado “Sermão da montanha”,
tem o seu quê de ternura e… de mistério. É talvez a primeira grande ligação da
Terra ao Reino dos Céus ou… a Deus. E então..., felizes serão os pobres de
espírito (isto é, os que têm espírito de pobres), os que choram, os humildes,
os que obedecem a Deus, os misericordiosos, os sinceros, os pacíficos, os que
sofrerem perseguições por causa de obedecerem a Deus… (Mt 5)
– Mas felizes… onde? Na Terra ou no tal enigmático Reino
dos Céus?
Adivinhando a pergunta, Jesus responde: “Alegrem-se e
encham-se de satisfação porque é grande a recompensa que os espera no Céu.” (Mt
5,12)
Infelizmente, ninguém lhe perguntou onde é esse Céu. É que, conhecedores de tal mistério, toda a gente tentaria saber como alcança-lo. Como
nada disse a respeito, o resto do sermão em pouco entusiasmou as gentes que o ouviam…
E faltam os outros. Os que não têm espírito de pobreza, os
que se divertem e riem, os que se orgulham dos seus feitos heróicos mas à custa
do sofrimento de tantos inocentes, os que não obedecem a Deus porque não sabem
bem o que isso é, os que não usam de misericórdia, os que mentem, os que
promovem a guerra, os que fogem às perseguições… Esses todos - e serão tantos!
- vão para onde? – Certamente para o inferno. Se é que o Inferno com os seus
“divertidos” diabos também existe… Mas talvez mais tarde tenhamos respostas,
pois irem assim todos para um inferno eterno, tanto o assassino como aquele que
apenas não usou de misericórdia, é injustiça não aceitável aos olhos dos Homens
quanto mais aos olhos de Deus…
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