sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 184/?



À procura da VERDADE no livro de JONAS – 1/2

- Lê-se na Introdução: “A obra nasceu certamente no pós-exílio para 
contrariar o nacionalismo exagerado e exclusivista 
(cf. Esd 4,1-3; Ne 13,3), em que se afundava o povo judeu. O autor foi 
corajoso: a única personagem mesquinha é o profeta israelita (…) O 
universalismo da salvação (…) é marco saliente no percurso 
temporal da revelação. (…) O “caso Jonas” preanuncia que os pagãos 
acolheriam Jesus com mais espontaneidade do que os membros do 
povo de Deus (cf. Lc 11,29-32). O “sinal de Jonas” representa de algum 
modo a morte e ressurreição de Jesus: três dias no ventre do peixe, 
três dias no seio da terra, para reganhar vida e luz (cf. Mt 13,29-41 e 
paralelos).” (ibidem)
- Não se percebe: é que Israel sempre se considerou povo exclusivo 
eleito de Javé; depois, é essa a imagem que dele faz toda a Bíblia, 
Bíblia que a Igreja tem como sagrada e como palavra da 
salvação, de revelação divina. Nacionalismos à parte, o que é certo é 
que foi deste povo que nasceu o inefável Jesus a quem chamaram de 
Cristo e os judeus continuam a dar à humanidade os maiores 
cérebros de todos os tempos, cérebros que estão na base do grande 
evoluir científico… A ressurreição de Cristo parece ser tão misteriosa 
quão simbólica e o número três apelará para a simbologia do tempo. 
Afinal, porque não poderiam ter sido dois ou quatro ou cinco? Não 
esteve Lázaro morto quatro dias? E não disse Jesus que ele dormia, 
antes de o ressuscitar? Enfim, descobrir a Verdade não é possível no 
meio de tanto simbolismo, de tanta confusão…

 - “Daí em diante, aqueles homens começaram a temer muito a Javé, 
oferecendo-Lhe sacrifícios e fazendo-Lhe votos.” (Jn 1,16)
- Sempre o temor de Deus! Sempre os sacrifícios! E agora os… 
votos, certamente nome dado antigamente às promessas de hoje. Ora, 
é óbvio que Deus não precisa de temor, de sacrifícios, ou de votos. 
São os Homens que precisam de ser auxiliados em situações difíceis. 
Chamar o divino para resolver situações humanas é mesmo… próprio 
do Homem, mas um Homem inculto, ignorante e supersticioso! É 
que Deus não pode “andar” a preocupar-se com estas mesquinhices 
de um Homem necessitado, habitante da Terra, há apenas uns quatro 
milhões de anos…, uma Terra perdida num Universo onde toda a 
grandeza de Deus se manifestará em tantos outros seres certamente 
inteligentes e que não precisaram de inventar um Deus 
humanizado para colmatar as suas necessidades…, um Homem que 
devia ser solidário, não pelo temor de Deus, nem pelo medo de um 
castigo no Céu ou no Inferno, por toda a eternidade, mas pelo dever 
sentido de criar, na Terra, a grande Fraternidade Universal…

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