À procura da
VERDADE no livro de JONAS – 1/2
- Lê-se na Introdução: “A obra nasceu certamente no
pós-exílio para
contrariar o nacionalismo exagerado e exclusivista
(cf. Esd
4,1-3; Ne 13,3), em que se afundava o povo judeu. O autor foi
corajoso: a única
personagem mesquinha é o profeta israelita (…) O
universalismo da salvação (…)
é marco saliente no percurso
temporal da revelação. (…) O “caso Jonas”
preanuncia que os pagãos
acolheriam Jesus com mais espontaneidade do que os
membros do
povo de Deus (cf. Lc 11,29-32). O “sinal de Jonas” representa de
algum
modo a morte e ressurreição de Jesus: três dias no ventre do peixe,
três
dias no seio da terra, para reganhar vida e luz (cf. Mt 13,29-41 e
paralelos).”
(ibidem)
- Não se percebe: é que Israel sempre se considerou povo
exclusivo
eleito de Javé; depois, é essa a imagem que dele faz toda a Bíblia,
Bíblia que a Igreja tem como sagrada e como palavra da
salvação, de revelação
divina. Nacionalismos à parte, o que é certo é
que foi deste povo que nasceu o
inefável Jesus a quem chamaram de
Cristo e os judeus continuam a dar à
humanidade os maiores
cérebros de todos os tempos, cérebros que estão na base
do grande
evoluir científico… A ressurreição de Cristo parece ser tão
misteriosa
quão simbólica e o número três apelará para a simbologia do tempo.
Afinal, porque não poderiam ter sido dois ou quatro ou cinco? Não
esteve Lázaro
morto quatro dias? E não disse Jesus que ele dormia,
antes de o ressuscitar?
Enfim, descobrir a Verdade não é possível no
meio de tanto simbolismo, de tanta
confusão…
oferecendo-Lhe sacrifícios e fazendo-Lhe votos.” (Jn 1,16)
- Sempre o temor de Deus! Sempre os sacrifícios! E
agora os…
votos, certamente nome dado antigamente às promessas de hoje. Ora,
é
óbvio que Deus não precisa de temor, de sacrifícios, ou de votos.
São os Homens
que precisam de ser auxiliados em situações difíceis.
Chamar o divino para
resolver situações humanas é mesmo… próprio
do Homem, mas um Homem inculto,
ignorante e supersticioso! É
que Deus não pode “andar” a preocupar-se com estas
mesquinhices
de um Homem necessitado, habitante da Terra, há apenas uns quatro
milhões de anos…, uma Terra perdida num Universo onde toda a
grandeza de Deus
se manifestará em tantos outros seres certamente
inteligentes e que não
precisaram de inventar um Deus
humanizado para colmatar as suas necessidades…,
um Homem que
devia ser solidário, não pelo temor de Deus, nem pelo medo de um
castigo no Céu ou no Inferno, por toda a eternidade, mas pelo dever
sentido de
criar, na Terra, a grande Fraternidade Universal…
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