À procura da
VERDADE no livro de AMÓS 4/4
- “Naquele dia - oráculo do Senhor Javé - farei com
que o Sol se
esconda ao meio dia (…) Vou mandar a fome sobre o país: não será
fome de pão nem sede de água, mas fome de ouvir a Palavra de Javé.”
(Am 8,9-11)
- Comenta-se: “O fim é iminente: (…) Javé recusará
falar a essa gente
que não quis ouvi-lo. Será a fome da Palavra. Os fenómenos
cósmicos,
esboçados no v. 9 e ampliados depois por outros autores (cf. Jl
2,10-11)
e evangelistas, não são para tomar à letra.” (ibidem)
- É “interessante” esta anotação. Afinal, o que há
na Bíblia que se
possa tomar à letra? O que é que em toda a Bíblia do Antigo
Testamento é realmente real e não simbólico? E que fim iminente
é aquele? O
cativeiro, cerca de duzentos anos depois das visões de
Amós? A queda de
Jerusalém? A destruição do Templo? Que
destruição, se foram várias ao longo dos
tempos?
- “No céu, Deus fez a sua alta morada (…)” Am 9,6)
- Que céu? Que morada? Que significado? Que Deus é
este que está
tão localizado no espaço, como qualquer humano? Há pouco, era em
Jerusalém, agora, no céu… E… toma-se à letra ou é simbólico? É que
a VERDADE
divina - só pelo facto de sê-lo - não pode estar
escondida ou camuflada entre
nuvens de palavras, símbolos ou
parábolas, enevoeirando as nossas mentes, mas
tem de se apresentar
clara e inequívoca a toda a gente, pois é para toda a gente que Ela
existe e não apenas para alguns ditos iluminados que afinal passam
a vida a tentar encontrar explicações, interpretações,
contradizendo-se uns com os outros que têm opinião contrária. Muito
mais interessante será considerar a VERDADE o próprio Deus, mas
o DEUS realmente existente, que não pode ser o da Bíblia, pelo menos
tal como nos é apresentado, como um Deus escondido e que apenas se
manifesta nas “artes” da guerra e da ira, do castigo e da espada para
matar, ou para se queixar da infidelidade do “seu povo”…
clara e inequívoca a toda a gente, pois é para toda a gente que Ela
existe e não apenas para alguns ditos iluminados que afinal passam
a vida a tentar encontrar explicações, interpretações,
contradizendo-se uns com os outros que têm opinião contrária. Muito
mais interessante será considerar a VERDADE o próprio Deus, mas
o DEUS realmente existente, que não pode ser o da Bíblia, pelo menos
tal como nos é apresentado, como um Deus escondido e que apenas se
manifesta nas “artes” da guerra e da ira, do castigo e da espada para
matar, ou para se queixar da infidelidade do “seu povo”…
- E… acabámos mais um livro. Este, mais pequenino!
Embora termine com palavras de esperança na
restauração de
Israel – palavras que alguns comentadores consideram um
acrescento feito pelos exilados na Babilónia, duzentos anos mais
tarde – nada de novo nos trouxe. Por isso, continuamos, procurando…
Mas parece que, por
muito que procuremos, não encontramos, neste
como em outros autores bíblicos,
mais nada além de um estilo
literário que se pode apelidar de “profético” sem
que isso represente
qualquer ligação ao divino como os teólogos cristãos
pretendem.
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