À procura da
VERDADE no livro de DANIEL
3/4
A deliciosa história da “Casta Susana”:
- “(…) Joaquim (…) tinha casado com uma mulher de nome Susana
- “(…) Joaquim (…) tinha casado com uma mulher de nome Susana
(…) que era muito
bonita (…). Joaquim era muito rico e tinha um
grande jardim ao lado da sua
casa. Os judeus costumavam reunir-se
ali (…). Nesse ano, tinham sido nomeados
dois juízes, chefes de
família conselheiros do povo (…). Eles frequentavam a
casa de
Joaquim.
(…) Depois de o povo se ter ido embora (…), Susana saía para
passear no jardim (…). Os dois anciãos (…) começaram a
cobiçá-la. (…) Estavam
totalmente apaixonados por ela (…)
(com) desejos de manter relações sexuais com
ela. (…) Ambos
esperavam uma ocasião oportuna, quando um dia ela (…) teve
vontade de tomar banho no jardim (…) Não havia mais ninguém
a não ser os dois
anciãos que estavam escondidos, a observar Susana.
(…) As empregadas fecharam
os portões do jardim e saíram (…)
Os dois homens (…) foram ao encontro de
Susana e disseram-lhe:
(…) Nós desejamos-te.
Aceita e entrega-te a nós. Se não aceitares,
vamos acusar-te, dizendo que um
jovem estava aqui contigo e que foi
por isso que mandaste embora as empregadas.
Susana deu um
suspiro e disse: A coisa
está complicada para mim de todos os
lados: se eu fizer isso, estou condenada à
morte; se o não fizer, sei
que não conseguirei escapar das vossas mãos. Mas eu
prefiro
dizer “Não!” (...) Então, os dois anciãos contaram a sua história.
(…)
No outro dia, quando o povo se reuniu na casa de Joaquim, (…)
disseram: Chamai Susana (…). Aqueles malvados
mandaram
tirar-lhe o véu (…) só para poderem inebriar-se com a sua beleza
(…),
puseram as mãos sobre a cabeça de Susana (…) e disseram: Nós
andávamos a sós pelo jardim, quando chegou Susana com duas
empregadas. Depois ela fechou os portões do jardim e mandou as
empregadas
embora. Então um jovem foi ao seu encontro e
deitou-se com ela. (…) Ao ver essa
imoralidade, corremos para junto
deles. Vimos os dois agarrados um ao outro,
mas não pudemos
segurar o jovem, que (…) fugiu. Segurámos Susana e
perguntámos-lhe
quem era o jovem mas ela não quis dizer-nos. (…) A
assembleia
(…) condenou Susana à morte. Então Susana disse em alta voz: Deus
eterno, (…) Tu sabes muito bem que eles
deram falso testemunho contra
mim (…) Ao ser conduzida para a morte, o
Senhor despertou o santo
espírito de um jovem de nome Daniel. Ele gritou forte: Eu não tenho
nada a ver com a morte dessa
mulher. Estou inocente.” (…) Todo o
povo se apressou a voltar para trás.
(…) Daniel disse: Afastai-os um
do outro
que eu vou interrogá-los. (…) (E) disse a um deles: Homem
envelhecido, (…) se realmente os viste, diz-me: debaixo de que
árvore os viste abraçados? Ele respondeu: Debaixo de um lentisco. (…)
Depois de o mandar embora, Daniel pediu
para trazerem o outro. (…)
Diz-me:
debaixo de que árvore os viste abraçados? Ele respondeu:
Debaixo de um carvalho. (…) Depois,
todos se ergueram contra os
dois anciãos, pois pelas suas próprias bocas,
Daniel tinha provado que
eles estavam a mentir. (…) E foi assim que (…) os condenaram
à
morte e salvaram uma pessoa inocente. (…)” (Dn 13)
- O conto é… perfeito! O relato é sóbrio de meios,
sem artifícios, claro.
Uma pequeníssima novela com intriga bastante, que valeu
a pena ler
na íntegra. E comenta-se: “O objectivo da narrativa é mostrar que
Deus não abandona os inocentes que clamam por Ele.” (ibidem).
De acordo, claro.
Mas… que fazemos com esta bela história exemplar
da suposta protecção divina?
Aliás, porque apelar para uma protecção
divina e não referir apenas um Daniel
inspirado que soube usar uma
artimanha para condenar quem deveria ser
condenado, fazendo-se
justiça? Tal interpretação é muito mais humana e muito
mais credível.
Sem comentários:
Enviar um comentário