À procura da
VERDADE em EZEQUIEL
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- “Darás aos sacerdotes levitas, aos da família de
Sadoc, que se
aproximam de Mim para Me servirem - oráculo do Senhor Javé -
um
novilho para o sacrifício pelo pecado. (…) Queimá-lo-ás no
lugar do Templo que
foi destinado para isso (…). Oferecerás um
bode perfeito como oferta pelo
pecado (…). Oferecerás um
novilho perfeito e um carneiro perfeito (…) Durante
sete dias,
diariamente, sacrificarás um bode pelo pecado e, além disso,
sacrificareis também um novilho e um carneiro do rebanho,
todos perfeitos (…).
Do oitavo dia em diante, os sacerdotes
oferecerão sobre o altar os seus
holocaustos e sacrifícios de
comunhão e Eu ser-vos-ei favorável (…). Nenhum
estrangeiro (…)
incircunciso (…) entrará no meu santuário (…). Os sacerdotes
levitas,
filhos de Sadoc (…) poderão aproximar-se de Mim para exercer o meu
ministério e poderão estar de pé na minha presença para Me oferecer
a gordura e
o sangue (…). Os sacerdotes não se casarão com
nenhuma viúva ou repudiada, mas
somente com virgens da
descendência de Israel. Contudo poderão casar-se com a
viúva de
um sacerdote. (…) Não se aproximarão de um morto para não se
tornarem
impuros. (…) Eles não terão herança em Israel: Eu é que
serei a sua herança.
Eles comerão a oblação, o sacrifício pelo pecado
e o sacrifício de expiação. A
eles pertence tudo o que se consagra (…):
a primeira porção de todas as
primícias, bem como de todas as vossas
ofertas sejam elas quais forem (…)” (Ez
43-44)
- Tantas ofertas a Javé – melhor, ao Templo e aos
sacerdotes! – para
que Javé fosse favorável, santo Deus! Tantas ofertas para
expiar o
pecado, um pecado inexistente… E que dizer da exclusão dos
incircuncisos? E onde estava Javé realmente para que os sacerdotes
estivessem
de pé na frente dele para O servirem de gordura e sangue?
É isto simbólico ou
real? Sem dúvida real era o considerarem-se uma
casta, uma casta à parte! Uma
classe que, privando com Deus, não
poderia “misturar-se” com o povo a quem
exigia as oblações. Tudo em
nome de Javé. E é assim que este Santo Javé é
desacreditado pelos
próprios que O elevam a Deus dos exércitos, ao Senhor dos
senhores,
ao Santo dos Santos…
- “E durante os sete dias da festa, ele oferecerá
diariamente sete
novilhos e sete carneiros perfeitos como holocausto a Javé e
também
um bode como sacrifício pelo pecado. Ele oferecerá também, como
oblação,
quarenta e cinco litros de farinha por cada novilho, quarenta
e cinco por cada
carneiro e sete litros e meio de azeite por cada
quarenta e cinco litros de
farinha.” (Ez 45,23-24)
- Trata-se da festa da Páscoa. Fazendo as contas,
isto dará: quarenta e
nove novilhos, quarenta e nove carneiros, um bode,
seiscentos e trinta
litros de farinha e cento e cinco litros de azeite. Isto
não são ofertas,
são verdadeiros holocaustos, sugando ao povo sangue, suor e
lágrimas!
E, não satisfeito, ainda outras ofertas, e todas de
animais perfeitos - que
Javé não se contenta com coxos ou manetas! - são “pretendidas”
por
Javé – melhor, pelos sacerdotes! - nos derradeiros capítulos de
Ezequiel.
Um descrédito total da classe sacerdotal que vivia e se
alimentava do Templo.
E com todo este aparato de “suaves” odores a gordura
e sangue
dos animais supostamente sacrificados a Javé – enganando-se o povo
ignorante e crente – chegámos finalmente ao termo da leitura de mais
um livro
bíblico em que procurámos a VERDADE da vida eterna
prometida pelos que nos
dizem que a Bíblia é “Palavra de Deus”.
Valerá a pena perguntar se a
encontrámos?
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