À procura da
VERDADE no livro de DANIEL
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- “(…) Eu, Daniel, tive uma visão (…): Ouvi dois
santos que conversavam
(…) ouvi uma voz que gritava: Gabriel, explica-lhe a visão. (…) Ele disse:
Homem, fica a saber que esta visão se refere ao tempo final (…) Eu vou
explicar-te o que acontecerá no tempo final da ira (…)” (Dn 8)
- Comenta-se: “Mais uma visão simbólica da História (vv
2-14) explicada
por um anjo…” (ibidem)
- Estamos perante o fantástico ou a fantasia: visão,
santos, anjo, tempo
final da ira… que, obviamente, não merece qualquer
credibilidade, pois
tudo fazendo parte do imaginário religioso, desde a antiguidade.
- “Não obedecemos a Javé, nosso Deus (…) Então,
caíram sobre nós as
maldições (…) Ouve, Senhor! Perdoa, Senhor! (…) Eu ainda
estava a
fazer a minha súplica, quando Gabriel, o homem que eu tinha visto no
começo da visão, veio em voo rápido para perto de mim.” (Dn 9)
fazer a minha súplica, quando Gabriel, o homem que eu tinha visto no
começo da visão, veio em voo rápido para perto de mim.” (Dn 9)
- A fantasia continua… E que dizer desta trilogia
sempre presente em
toda a Bíblia: pecado-castigo-súplica? Aparatoso é o voo rápido do anjo
Gabriel! Aliás, voou donde? Veio de que céu?… É o imaginário do
autor, na sua plenitude. Aliás, inventar anjos é como inventar uma
qualquer personagem para um qualquer romance.
toda a Bíblia: pecado-castigo-súplica? Aparatoso é o voo rápido do anjo
Gabriel! Aliás, voou donde? Veio de que céu?… É o imaginário do
autor, na sua plenitude. Aliás, inventar anjos é como inventar uma
qualquer personagem para um qualquer romance.
- “(…) Certa mensagem foi revelada a Daniel (…).
Levantei os olhos e
vi: era um homem vestido de linho e que tinha à cintura um cinturão de
ouro puro; o seu corpo era como uma pedra preciosa e o seu rosto como
um relâmpago; os seus olhos eram como lâmpadas acesas e os seus
braços e pernas tinham o brilho do bronze polido; a sua voz parecia o
clamor de grande multidão. (…) Ele disse-me: Daniel, homem querido,
(…) fica de pé pois foi Deus que me enviou a ti.” (Dn 10)
vi: era um homem vestido de linho e que tinha à cintura um cinturão de
ouro puro; o seu corpo era como uma pedra preciosa e o seu rosto como
um relâmpago; os seus olhos eram como lâmpadas acesas e os seus
braços e pernas tinham o brilho do bronze polido; a sua voz parecia o
clamor de grande multidão. (…) Ele disse-me: Daniel, homem querido,
(…) fica de pé pois foi Deus que me enviou a ti.” (Dn 10)
- A fantasia não tem limites: tudo pode ser
inventado. A designação de
“homem querido” um tanto comprometedora... E,
obviamente, é do
puro imaginário que faz parte este anjo enviado por Deus.
puro imaginário que faz parte este anjo enviado por Deus.
- “Agora, vou contar-te a verdade (…) Então, chegará
o fim. Naquele
tempo, (…) muitos que dormem no pó despertarão: uns para a vida
eterna, outros para a vergonha e infâmia eternas.” (Dn 11 e 12,1-5)
eterna, outros para a vergonha e infâmia eternas.” (Dn 11 e 12,1-5)
- Ora, aí temos a… eternidade! E, com ela, a
ressurreição dos mortos e
um céu ou um inferno… eternos! Diz-se, em comentário:
“Este é um
dos grandes textos do Antigo Testamento sobre a esperança na
ressurreição da carne.” (ibidem) No entanto, vemos apenas afirmações,
apenas palavras, apenas a expressão de um desejo final de justiça com
um céu para os bons e um inferno para os maus. Provas concretas,
nenhumas. Por isso, nada valem! E será intelectualmente desonesto
afirmar tal como verdade ou a VERDADE do nosso fim último.
Resta-nos alimentar o desejo de nos prolongarmos para além da
morte…
dos grandes textos do Antigo Testamento sobre a esperança na
ressurreição da carne.” (ibidem) No entanto, vemos apenas afirmações,
apenas palavras, apenas a expressão de um desejo final de justiça com
um céu para os bons e um inferno para os maus. Provas concretas,
nenhumas. Por isso, nada valem! E será intelectualmente desonesto
afirmar tal como verdade ou a VERDADE do nosso fim último.
Resta-nos alimentar o desejo de nos prolongarmos para além da
morte…
Mas, regressando ao real humano, debruçar-nos-emos, na próxima
dissertação, sobre uma das mais belas histórias da Bíblia,
deliciosamente edificante, a da casta Susana.
deliciosamente edificante, a da casta Susana.
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