À Procura da
VERDADE
no livro das LAMENTAÇÕES - 02/02
- “Foi pelos erros dos profetas e pelos crimes dos
sacerdotes
que
derramaram sangue inocente dentro da cidade.” (Lm 4,13)
- Atribuindo-se o castigo de Javé aos erros dos
profetas e aos crimes
dos sacerdotes, pergunta-se: Que culpa tinha o povo
desses erros e
desses crimes? Porque não apenas eles a receberem o castigo,
Javé exercendo a verdadeira justiça? Já sabíamos que havia
falsos
profetas; agora, sabemos que há outros que erram. Afinal,
em quais devemos
confiar? Como distingui-los? Quais os inspirados
com visões de Javé e quais os
que se aventuravam a fazer
prognósticos sem aquele carácter divino? E os
sacerdotes que
derramaram sangue inocente, como puderam chegar e manter-se em
tal cargo “sagrado”?
- “Os nossos pais pecaram e já morreram,
e nós é que
pagamos pelas suas culpas.” (Lm 5,7)
- Também Javé comete tal injustiça? Que culpa têm os
filhos dos
pecados dos pais? Ao menos Deus poderia - deveria! – evitar tal
injustiça!…
Mas este é um tema recorrente na Bíblia, desde o início, com a
humanidade a estar sujeita ao sofrimento e à dor, devido ao pecado
original
cometido pelos nossos supostos primeiros pais Adão e Eva.
Ora, como todos
sabemos, pela Ciência, não houve nem Adão nem
Eva, e muito menos qualquer
pecado original ou outro, tendo o
Homem aparecido por evolução das espécies, e
apenas há uns
quatro milhões de anos, quando os dinossauros reinaram na Terra
mais
de duzentos milhões de anos e se extinguiram há cerca de sessenta e
cinco
milhões. É tempo de a catequese deixar de ensinar esta
barbaridade – barbaridade
que só descredibiliza a religião! – às nossas
crianças.
- “Mas Tu, Javé, permaneces para sempre, (…)
Então
porque haverias de esquecer-nos para sempre (…)?
Faz-nos
voltar para Ti, Javé, e voltaremos; (…)
Ou será que
nos rejeitaste de uma vez;
será que a
tua cólera não tem limites?” (Lm 5,19-22)
- A esperança é a última coisa a morrer, não é?
Ontem como hoje. Para
nós também!
No começo e… no fim das lamentações!…
Neste final do livro das Lamentações, concluiríamos,
mais uma
vez, que fazer depender da intervenção de Javé a História do
Homem,
nada abona em favor do mesmo. Torna-se demasiado humano
para que possa ser Deus…
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