domingo, 3 de dezembro de 2017

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 157/?

À Procura da VERDADE 
no livro das LAMENTAÇÕES - 02/02

- “Foi pelos erros dos profetas e pelos crimes dos sacerdotes
   que derramaram sangue inocente dentro da cidade.” (Lm 4,13)
- Atribuindo-se o castigo de Javé aos erros dos profetas e aos crimes 
dos sacerdotes, pergunta-se: Que culpa tinha o povo desses erros e 
desses crimes? Porque não apenas eles a receberem o castigo, 
Javé exercendo a verdadeira justiça? Já sabíamos que havia 
falsos profetas; agora, sabemos que há outros que erram. Afinal, 
em quais devemos confiar? Como distingui-los? Quais os inspirados 
com visões de Javé e quais os que se aventuravam a fazer 
prognósticos sem aquele carácter divino? E os sacerdotes que 
derramaram sangue inocente, como puderam chegar e manter-se em
tal cargo “sagrado”?
- “Os nossos pais pecaram e já morreram,
   e nós é que pagamos pelas suas culpas.” (Lm 5,7)
- Também Javé comete tal injustiça? Que culpa têm os filhos dos 
pecados dos pais? Ao menos Deus poderia - deveria! – evitar tal 
injustiça!… 
Mas este é um tema recorrente na Bíblia, desde o início, com a 
humanidade a estar sujeita ao sofrimento e à dor, devido ao pecado 
original cometido pelos nossos supostos primeiros pais Adão e Eva. 
Ora, como todos sabemos, pela Ciência, não houve nem Adão nem 
Eva, e muito menos qualquer pecado original ou outro, tendo o 
Homem aparecido por evolução das espécies, e apenas há uns 
quatro milhões de anos, quando os dinossauros reinaram na Terra mais 
de duzentos milhões de anos e se extinguiram há cerca de sessenta e 
cinco milhões. É tempo de a catequese deixar de ensinar esta 
barbaridade – barbaridade que só descredibiliza a religião! – às nossas 
crianças.
- “Mas Tu, Javé, permaneces para sempre, (…)
   Então porque haverias de esquecer-nos para sempre (…)?
   Faz-nos voltar para Ti, Javé, e voltaremos; (…)
   Ou será que nos rejeitaste de uma vez;
   será que a tua cólera não tem limites?” (Lm 5,19-22)
- A esperança é a última coisa a morrer, não é? Ontem como hoje. Para 
nós também!
No começo e… no fim das lamentações!…

Neste final do livro das Lamentações, concluiríamos, mais uma 
vez, que fazer depender da intervenção de Javé a História do 
Homem, nada abona em favor do mesmo. Torna-se demasiado humano 
para que possa ser Deus…

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