À procura da
VERDADE no livro de BARUC
01/02
- Diz-se na Introdução: “ O certo é que estes textos
não são de
Baruc, o secretário de Jeremias, mas foram escritos provavelmente
no século II a.C. O livro tem o mérito de nos dar uma ideia
aproximada do sentimento religioso dos israelitas dispersos pelo
mundo após a ruína de Jerusalém (…) pois acreditam que Deus não
abandona o seu povo e continua fiel às suas promessas. Se houver
arrependimento e conversão, poderão confiar no perdão divino:
serão reunidos de novo em Jerusalém, que é para sempre a cidade
de Deus.” (ibidem)
Baruc, o secretário de Jeremias, mas foram escritos provavelmente
no século II a.C. O livro tem o mérito de nos dar uma ideia
aproximada do sentimento religioso dos israelitas dispersos pelo
mundo após a ruína de Jerusalém (…) pois acreditam que Deus não
abandona o seu povo e continua fiel às suas promessas. Se houver
arrependimento e conversão, poderão confiar no perdão divino:
serão reunidos de novo em Jerusalém, que é para sempre a cidade
de Deus.” (ibidem)
- Não se percebe a primeira afirmação porque o livro
diz
expressamente: “Livro escrito por Baruc (…) quando estava na
Babilónia, no sétimo dia do mês, no quinto ano da época em que os
caldeus tomaram Jerusalém e a incendiaram (…)” (Br 1,1-2)
expressamente: “Livro escrito por Baruc (…) quando estava na
Babilónia, no sétimo dia do mês, no quinto ano da época em que os
caldeus tomaram Jerusalém e a incendiaram (…)” (Br 1,1-2)
Mas também é assunto que não é relevante para a
nossa análise, já
que o que importa é ver se há, por ali, algo de divino, de divinamente
universal, onde possamos ir buscar respostas para as nossas angústias
existenciais. Mas, neste início, tudo parece confinado aos judeus e à
sua cidade, Jerusalém, chamada, com total arbitrariedade, “cidade de
Deus”; e até aos dias de hoje, “Cidade santa”!
que o que importa é ver se há, por ali, algo de divino, de divinamente
universal, onde possamos ir buscar respostas para as nossas angústias
existenciais. Mas, neste início, tudo parece confinado aos judeus e à
sua cidade, Jerusalém, chamada, com total arbitrariedade, “cidade de
Deus”; e até aos dias de hoje, “Cidade santa”!
- “Desde o dia em que o Senhor tirou os nossos
antepassados do
Egipto até hoje, nós só desobedecemos (…): cada um de nós
seguia
as más inclinações, prestando culto aos deuses estrangeiros e
praticando o que é mau (…) Por isso, o Senhor cumpriu as ameaças
feitas contra (…) todos os cidadãos de Israel e Judá. O Senhor nosso
Deus é justo (…) Ouve, Senhor, a nossa prece e a nossa súplica (...) é
uma alma angustiada e um espírito aflito que clama por Ti. Ouve,
Senhor, tem piedade, pois pecámos contra Ti. Tu reinas para sempre
e nós morremos para sempre. (…)” (Br 1-3)
as más inclinações, prestando culto aos deuses estrangeiros e
praticando o que é mau (…) Por isso, o Senhor cumpriu as ameaças
feitas contra (…) todos os cidadãos de Israel e Judá. O Senhor nosso
Deus é justo (…) Ouve, Senhor, a nossa prece e a nossa súplica (...) é
uma alma angustiada e um espírito aflito que clama por Ti. Ouve,
Senhor, tem piedade, pois pecámos contra Ti. Tu reinas para sempre
e nós morremos para sempre. (…)” (Br 1-3)
- A ideia de pecado é avassaladora. A do castigo de
Deus também.
Mas… que outra coisa poderiam os israelitas fazer senão rezar a Javé
e dizer que tinham pecado e que mereciam o castigo, já que não
podiam evitar o poder babilónico que pesava sobre as suas cabeças?
Tanta é a dependência de Deus, santo Deus! A frase “nós morremos
para sempre” revelará que o autor não acreditava na vida eterna
post-mortem?
Mas… que outra coisa poderiam os israelitas fazer senão rezar a Javé
e dizer que tinham pecado e que mereciam o castigo, já que não
podiam evitar o poder babilónico que pesava sobre as suas cabeças?
Tanta é a dependência de Deus, santo Deus! A frase “nós morremos
para sempre” revelará que o autor não acreditava na vida eterna
post-mortem?
No entanto, meter Deus, no meio destas vidas tão limitadas, que
são
as nossas, nada esclarece, pelo contrário, tudo se confunde cada vez
mais... É que há os maus - e ele há tantos! - que não sofrem castigo
nenhum; e há os bons - e também há um bom número deles! - que
sofrem até aos limites das suas capacidades de sofrimento!
as nossas, nada esclarece, pelo contrário, tudo se confunde cada vez
mais... É que há os maus - e ele há tantos! - que não sofrem castigo
nenhum; e há os bons - e também há um bom número deles! - que
sofrem até aos limites das suas capacidades de sofrimento!
E podíamos interpelar Deus: «Se realmente existis -
e nós quiséramos
tanto que sim! - porque não Vos manifestais sem subterfúgios,
sem
profetas, sem bíblias obscuras, sem mesmo um Jesus Cristo que teve
tanto de maravilhoso como de mistério, com palavras de vida eterna,
mas sem nos mostrar o Pai que apregoava, não nos convencendo com
o seu: “Quem Me vê a Mim, vê o Pai” ou “Ninguém vai ao Pai senão
através de Mim.”? Porquê não é tudo mais simples, tudo mais fácil se
este TUDO é o essencial das nossas vidas?»
Mas do inefável Jesus, ocupar-nos-emos mais tarde.profetas, sem bíblias obscuras, sem mesmo um Jesus Cristo que teve
tanto de maravilhoso como de mistério, com palavras de vida eterna,
mas sem nos mostrar o Pai que apregoava, não nos convencendo com
o seu: “Quem Me vê a Mim, vê o Pai” ou “Ninguém vai ao Pai senão
através de Mim.”? Porquê não é tudo mais simples, tudo mais fácil se
este TUDO é o essencial das nossas vidas?»
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