À procura da
VERDADE nos livros Proféticos
JEREMIAS 12/15
- “Assim diz Javé dos exércitos, o Deus de Israel:
Mandarei
buscar o meu servo Nabucodonosor, rei da Babilónia (…) Ele
virá para
atacar o Egipto: quem está destinado para morrer, morrerá
(...) Ele deitará
fogo aos templos dos deuses do Egipto (…) Castigarei
os que moram no Egipto
como castiguei Jerusalém (…)” (Jr 43-44)
- É espantoso! Nabucodonosor - o assassino, o cruel,
o devastador,
o incendiário que foi o braço de Javé para castigar Judá e
destruir
Jerusalém – ser o “servo de Javé”! Pôr Javé a chamar “seu servo”
Nabucodonosor, é o resultado de ter a Bíblia feito Javé o motor da
História que
afinal não passa de uma História de Homens feita pelos
Homens, com os Homens e
para os Homens, com os seus momentos
de glória e, infelizmente, não menos
momentos de loucuras, guerras,
atrocidades de toda a ordem, pondo a sua
brilhante inteligência ao
serviço dos mais baixos e cruéis instintos de
destruição e malvadez.
Nabucodonosor arrasa o Egipto e passa a fio da espada
egípcios e
judeus que ali se haviam refugiado. Ao profeta - ou a Javé?! -
apenas
interessa castigar os judeus que não ouviram o profeta que os
mandara
ficar na sua terra e obedecer ao rei da Babilónia. Mas os
outros? Os egípcios
que morreram? Que mal fizeram eles para
merecerem tamanho castigo? Por seguirem
outros deuses? Por não
“obedecerem” às leis de Javé? Como obedecer se O não
conheciam?
Aliás, que pecado cometeram os judeus que fugiram para o Egipto
para
escaparem à espada de Nabucodonosor que já matava em Judá?
Acaso estas perguntas são sem sentido? Como
quiséramos que fossem!
Por isso, esperamos que não haja qualquer cristão -
realmente
cristão! – que invoque sobre nós a ira divina, à boa - boa?! -
maneira
bíblica, por tanto questionamos esta Bíblia onde assenta a sua Fé! Sua,
porque a nossa já a perdemos, logo que começámos a questionar as
(in)verdades
ditas eternas por aqueles que as inventaram…
Por outro lado, questionar nunca foi, é ou será
pecado. Talvez seja
mesmo a única maneira de termos uma Fé esclarecida e não
uma
Fé de “carneiros”, acreditando porque os outros nos dizem que é
assim, sem…
o provarem com argumentos que não deixem dúvidas à
nossa razão. É que nós somos
pessoas e não autómatos ou bonecos
articulados! Para que a Fé seja válida, tem
de abarcar toda a
pessoa - alma e sentimentos, emoção e razão - e não ser
apenas
uma “obediência cega” a uma tradição javista, bíblica, evangélica,
eclesiástica ou outra, em que o magister-dixitismo
é tudo.
Não é verdade?
Depois, e ainda, repetimos que não viemos aqui à
Bíblia para
questioná-la de má fé ou por motivos escusos de um ateísmo
primário, não! Viemos exactamente à procura da VERDADE que
nos pudesse abrir as
portas do céu que tanto desejamos, sem, no
entanto, conseguirmos vislumbrar como
lá chegar. Haverá alguém
que no-lo possa mostrar sem que para isso tenhamos de
“enterrar-nos” numa Fé cega e sem razão que lhe valha? – Talvez
Jesus Cristo.
Mas o bom e inefável Jesus, iremos questioná-Lo
mais tarde…
Tenho seguido atentamente as suas opiniões. Até porque procuro explicações sobre muitas das atitudes da Igreja. Mas gostaria de perguntar se não está a pensar opinar tb sobre o novo testamento?. Obrigado
ResponderEliminarObrigado, Henrique, pelo seu comentário. Claro: depois de escalpelizar o AT, numa análise crítica objectiva, como estamos fazendo, iremos analisar também o NT e ver até que ponto os documentos (Evangelhos e Cartas) que o compõem merecem credibilidade, tanto histórica como teológica. Ali, questionaremos a grande (in)verdade dos milagres realizados (ou não!) por aquela figura fantástica que foi Jesus e a quem os fundadores do cristianismo chamaram de Cristo, o Filho de Deus.
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