À procura da
VERDADE nos livros Proféticos
JEREMIAS 11/15
- “Então Jeremias disse a Sedecias: Assim diz Javé
dos exércitos,
o Deus de Israel: Se saíres da cidade para te entregares aos
generais do rei da Babilónia, conservarás a vida. Se não te entregares…
(…) No
décimo mês do nono ano de Sedecias, rei de Judá, chegou a
Jerusalém
Nabucodonosor, rei da Babilónia (…) Sedecias, (…) e
os seus soldados (…)
tentaram fugir. (…) Mas o exército dos caldeus
perseguiu-os (…) Prenderam o rei
Sedecias (…) O rei da Babilónia
mandou matar os filhos de Sedecias ali mesmo em
Rebla, diante
dos olhos de Sedecias; e mandou matar também os nobres de Judá.
Em seguida, furou os olhos de Sedecias e algemou-o a fim de o levar
para a
Babilónia. “ (Jr 38-39)
- A crueldade é muita. Naqueles tempos, nestes
tempos! Aquilo que
um Homem é capaz de fazer a outro Homem que domina, ultrapassa
tudo o que uma besta fera faz a outra que domina, quase sempre - ou
sempre? -
para dela apenas se alimentar. No Homem – oh que
tristeza! – não: é apenas a fome de satisfazer a raiva, o furor, a vingança.
Mas… não foi esta raiva, este furor, esta vingança alimentados pelo
próprio
Javé ao longo da Bíblia? Será necessário referir mais
exemplos do que os inúmeros
que fomos apresentando e
dissecando e repudiando…, negando-nos a aceitar que
tais
sentimentos se possam atribuir a um Javé-Deus, sem um total
abuso do seu
Nome? É! Tudo se põe na boca de Javé: as tábuas
da Lei e o ódio contra os
inimigos; o perdão dos pecados e a terrível
vingança, sequiosa de sangue; o
repúdio pelos sacrifícios
desnecessários e o saborear o suave odor dos
holocaustos…
Seria descabido afirmar que se Javé-Deus realmente existisse não
teria permitido tal abuso? Não será este abusar de Javé por uma
Bíblia que para
cúmulo é a base da nossa Fé, uma prova de que
Javé-Deus - Deus me perdoe!- não
existiu, tendo sido pura
invenção dos judeus da época, por conveniências
essencialmente
políticas?! Aliás, não foi por puras razões políticas que Maomé
inventou o seu Alá e escreveu o Corão?
(Disso, falaremos mais tarde).
- “Nós te suplicamos: intercede junto de Javé, teu
Deus, por nós (…)
Que Javé, teu Deus, nos
mostre o caminho que devemos seguir e o
que devemos fazer. O profeta Jeremias
respondeu: De acordo.
Vou interceder
junto de Javé (…) Passados dez dias, a palavra de Javé
foi dirigida a
Jeremias (…): Se decidirdes ir para o Egipto (…) a
espada que vos amedronta
aqui irá alcançar-vos na terra do Egipto;
a fome que vos assusta aqui seguirá
os vossos passos no Egipto.
Todos os homens que decidirem partir (…) morrerão
pela espada,
pela fome e pela peste, sem que seja possível escapar ou fugir da
desgraça que Eu farei vir sobre eles.” (Jr 42)
- Também se comenta: “Devido aos acontecimentos em
Judá, (…) os
chefes temem represálias dos babilónicos e planeiam fugir para o
Egipto. Antes disso consultam Jeremias (…) Jeremias é claro: o povo
deve
permanecer na sua terra, servindo o rei da Babilónia. Apesar do
seu realismo
político, mais uma vez o profeta não é ouvido.” (ibidem).
Concluímos, pois, que
o “nosso” exegeta parte do princípio de que não
é Javé que fala mas Jeremias
que expõe as suas ideias e convicções
políticas. Mas…afinal, quando é que Javé
falou realmente? Nunca?
Foram sempre Homens que colocaram as suas palavras,
ideias,
convicções na sua boca, dizendo-se, no entanto, inspirados por Ele?
Realmente,
só quem tem fé – uma fé cega! – é que acredita que foi
Javé-Deus que falou
pelos profetas; os que a não têm - porque não
vêem quaisquer motivos para a ter
– ficam, honestamente,
dessacralizando a Bíblia sagrada, bíblia que, aliás, de
sagrado pouco ou
nada tem, como se constata.
E nós que queríamos tanto que a Bíblia fosse
realmente sagrada, que
tudo fosse realmente obra do divino, que o divino realmente
existisse
e descesse à Terra para nos levar a todos para o céu! Enfim,
contentêmo-nos com o sonho, sempre sorrindo, porque tivemos o
privilégio de ter
vindo à VIDA!…
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