À procura da
VERDADE nos livros Proféticos
JEREMIAS 10/15
- “Ao fim de cada sete anos, todos darão liberdade
ao seu irmão
hebreu, que haviam comprado e que já lhes havia servido durante
seis anos. Devem dar-lhe então a liberdade.” (Jr 34,14)
- Porque é que a Bíblia sanciona a escravatura?
Falta de coragem
de Javé? Porque não apregoou, defendeu a igualdade entre todos
os
Homens perante Deus - o Criador - e os outros Homens? Seria uma
revolução
ou… uma reposição da verdade? Ou havia - há? - Homens
que são mais Homens do
que outros? O que é certo é que a escravatura
proliferou pelos tempos fora,
encheu de dinheiro os bolsos de reis e
senhores, semeou o sofrimento em muitas
gerações… Onde estava
Javé? Onde esteve Javé para condenar? É que isto não é um
problema
menor! Bule com a dignidade humana. E foi apenas há dois mil e
quinhentos anos! E é a actuação de um Deus eterno, omnipotente,
omnisciente!
Tais factos não deixam de causar perplexidade às nossas
mentes inquisidoras mas
não rebeldes.
- “Quando a gente de Judá tomar conhecimento de
todas as desgraças
que estou a planear fazer contra eles, talvez cada um se
converta
da sua má conduta e Eu possa perdoar as suas faltas e pecados.”
(Jr
36,3)
- Se o castigo dos pecados era a invasão pelo rei da
Babilónia,
desejoso de glória e poder, acaso tal invasão não se teria dado se a
gente de Judá tivesse mudado de conduta? - voltamos a perguntar.
- “No nono mês do quinto ano de Joaquim (…) foi
convocado um
jejum em honra de Javé a todo o povo de Jerusalém (…)” (Jr 36,9)
- Que jejum? E porque “precisava” Javé de um… jejum?
Porquê se
“diverte” a Bíblia a “inventar” mais sacrifícios ou sofrimentos ou
privações para a vida quando esta se encarrega de no-los apresentar
na rotina
do dia-a-dia? A Bíblia e a Igreja que se lhe seguiu, pois
até há pouco tempo, o
jejum e a abstinência eram imposições da
Igreja aos seus fiéis. Não em sentido
metafórico de conversão, mas
real no não comer carne ou no se abster dos
prazeres da “outra”
carne…, glorificando o sacrifício como penhor da salvação
eterna.
- “(…) O rei mandou (…) prender o escrivão Baruc e o
profeta
Jeremias. Javé, porém, escondeu-os.” (Jr 36,26)
- Foi Javé que os escondeu ou foram eles que
conseguiram
ludibriar os seus perseguidores? Não é intrometer demasiado
Javé em
tudo o que é ou são questiúnculas de humanos? Se eu
fosse Javé não permitiria
que abusassem assim do meu Nome!
Será que Javé permitiu? Melhor: não será Javé simplesmente uma
figura gerada na imaginação dos patriarcas daquele tempo…?!
- “Sedecias, filho de Josias, sucedeu no trono…” (Jr
37)
- Aqui, comenta-se: “O texto refere acontecimentos
de 587 a.C.:
o exército babilónico cerca Jerusalém mas é obrigado a retirar-se
diante de uma investida do exército egípcio comandado pelo faraó
Hofra.
Jeremias fora preso por um grupo nacionalista; este não
aceitava o realismo
político do profeta, que via a submissão a
Nabucodonosor como única saída.
Interrogado pelo rei, Jeremias
desafia os falsos profetas e confirma a sua
própria convicção:
Jerusalém não escapará à dominação babilónica.” (ibidem)
- E nós, sem qualquer maldade, perguntamos: O
realismo político
era de Javé ou de Jeremias? A convicção de que Jerusalém não
escaparia à dominação babilónica era de Javé ou de Jeremias?
Ou este estava de
tal modo impregnado do espírito de Javé que
quando emitia uma opinião era a
“opinião” de Javé que emitia
e… vice-versa? Como poderemos aceitar tal situação
sem
contestarmos? Como? Enfim, porque é que as opiniões
contrárias às de
Jeremias eram tidas por provindas de falsos
profetas?… Não há dúvidas: estes
profetas e estes exegetas
levam-nos a uma total descrença na Bíblia..
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